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Música

Entrevistando o Exhale The Sound: Futuro

Quando você pensa que já se experimentou de tudo no hardcore, surge algo como o Futuro, temperando o estilo com sonoridades incomuns peneiradas do garage e da psicodelia.

Foto por Mateus Mondini.

Futuro é um quarteto punk/HC paulistano que vem oxigenando o estilo com uma receita muito promissora. A banda, formada atualmente por Mila (voz), Pedro (guitarra), Bá (baixo) e Alemão (bateria), surgiu como consequência do B.U.S.H., que já rolava desde 2003 e contava com o Kalota (O Inimigo, I Shot Cyrus, Self Conviction, Point Of No Return) no vocal. A mudança de nome e a entrada da Mila no posto, em 2011, coincidiu com o firmamento de uma estética rica de sonoridades. No limiar entre cativantes melodias e bases eletrizantes, capazes de traduzir uma certa inquietude própria da vida urbana, a música que essa turma produz é resultado de uma ampla combinação de coisas que eles vão buscar entre o garage rock dos anos 60 e o hardcore dos anos 80. E, às vezes, até um pouco além.

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Enquanto os músicos se preparam para lançar o segundo álbum, que vai ganhar versões em cassete e vinil, a notícia é que o conjunto está certamente entre os destaques do festival Exhale The Sound, ao lado de 23 dos mais instigantes expoentes da cena torta e pesada nacional. A festa, você já sabe, rola em Belo Horizonte (MG) neste sábado, dia 11, no Espaço CentoeQuatro.

A entrevista abaixo foi respondida pelo guitarrista Pedro Carvalho. Pega essa:

Noisey: De onde veio essa ideia de montar uma banda de punk/hc com referências tão expansivas? Na página de vocês no Facebook são citados nomes como Violeta de Outono, Love, Joy Division, Inocentes, Hurker Du, Big Boys e Adverts. E sei que vocês também tiram lições de nomes tipo Bags, Left, Count Five…
Pedro Carvalho: Olha, nunca houve uma ideia consciente de montar uma banda "com muitas influências". A gente sempre foi muito ligado em música, correr atrás de som e isso meio que selou nossa amizade lá atrás. E nós escutamos muita coisa. Sempre foi assim na real.
Mas no começo da banda, quando ainda chamava B.U.S.H., eu comecei a pensar muito nessa relação entre o hardcore do começo dos anos 80 e o garage rock dos anos 60, tanto pela energia e sonoridade quanto pela história mesmo. E outras ideias vieram junto.
E na real isso nem é nada demais. Não é nada diferente das nossas bandas favoritas de punk e hardcore, principalmente o povo da SST. O Black Flag reciclou o Black Sabbath, o Dead Kennedys plagiou toda a discografia da surf music e do Morricone, o Hüsker Dü era folk rock distorcido, uma espécie de Byrds ou Beatles depois de fumar crack, o Meat Puppets era um hardcore de quem cresceu ouvindo Grateful Dead, o The Last era punk, da turma do Black Flag mas tocava pop baseado em Beatles, Byrds e Beach Boys, o Dicks era quase uma banda de blues, o Gun Club ERA uma banda de blues, o Big Boys era hardcore funk e pós punk texano de skatista artista plástico gay, o X era rockabilly/country urbano, o Wipers é uma espécie de Ramones psicodélico e mesmo o Minor Threat gravou dois covers de clássicos garageiros sessentistas.
Quero dizer, a ideia do punk/hardcore americano como uma ortodoxia, um conjunto de regras estéticas é ou engano ou revisionismo. A gente é fiel a essa base inicial do punk ameriano e por isso mesmo tem influências variadas. Se tem uma coisa boa que essas bandas todas nos ensinaram é que ouvir música, ter ouvidos e mente aberta é a melhor coisa. Você encontra sentimentos verdadeiros e legais em muita coisa e não é esse apego a uma ideia de ser ou não punk que deveria criar uma barreira.
Quero dizer, punk, hardcore e essas coisas são uma mentalidade, um sentimento que você bota na música e um modus operandi acima de tudo, não só um "estilo musical" fechado em si mesmo. Pelo menos punk bom, né? Garage punk de 1966, punk de 1977, pós-punk de 79, hardcore de 82, rock doidão de 86 e todos os anteriores na versão de 2014 fazem parte da mesma linhagem. Não é questão de ecletismo, mas de audição e de amor pela música.
E pensando aqui, essa síntese de punk e psicodelia está de maneiras diversas em muito do que foi feito de melhor desde os anos 60 até hoje, em vários estilos, incluindo o pós-punk e o melhor do rock dos anos 80, tipo Sonic Youth, My Bloody Valentine e tal. A mudança de nome, de B.U.S.H. para Futuro, se deu por alguma razão especial? Teria isso a ver com algum elemento divisor de águas na estética do som, na vibe ou discurso da banda?
A gente sempre quis mudar o nome. B.U.S.H. era um nome péssimo que foi inventado de brincadeira quando a banda era só um projeto para aproveitar o tempo livre, em 2003. A ideia era ser uma sigla tipo M.D.C. e explorar a figura do Bush e dar risada, nada muito elaborado. A gente ia gravar uma demo e acabar.
Daí resolvemos virar uma banda de verdade em 2004 e já começamos a falar em mudar. Mas rolaram os primeiros EPs, depois LP, turnê fora, enfim, cada vez era uma coisa que prendia ao nome velho. Até que por motivos diversos de força maior ficamos sem gravar nada entre 2007 e 2010 e aproveitamos. B.U.S.H. dava uma ideia meio engraçadinha que já não tinha mais a ver com a gente e muito menos com o clima da época.
O discurso da banda não mudou de uma hora para a outra, mas o som foi mudando aos poucos e as letras que o Kalota estava fazendo já estavam meio "pesadas" em comparação com as antigas também. A banda realmente estava com mais cara de Futuro, mas o motivo real foi a gente nunca ter gostado do nome antigo mesmo.

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Pedro, você que já teve várias bandas de punk/hc com sonoridades distintas, ora mais pesadas, ora mais melodiosas; ora mais rápidas, ora mais levadonas… Como funciona na sua cabeça o processo de composição e essa coisa de conseguir focar tão bem no "conceito" de cada projeto? Digo, ainda que o ponto de partida sempre seja o hardcore, cada iniciativa da qual você já participou até aqui tem uma identidade muito definida e eu acho isso muito interessante, conseguir soar diferente sem fugir a uma vertente do rock.

Putz, não sei te dizer se eu tenho um processo de composição específico. Procuro compôr o que eu gostaria de ouvir, acima de tudo. Talvez o que tenha em comum seja um pouco de chatice, de não querer fazer coisas muito previsíveis. Às vezes é ruim, tem gente que acha minhas bandas estranhas, talvez falte algum "apelo popular" que muita banda boa tem.

Mas eu sempre gostei de ser surpreendido, mesmo quando ouço bandas bem básicas. E é o que eu tento fazer, seja com hardcore mais despretensioso, seja em coisas mais aventureiras. Mesmo quando eu tento fazer algo mais genérico de propósito eu acabo bizarreando um pouco a coisa depois de um tempo, não consigo evitar.

E acho que tem a ver também com isso que a gente falou acima, de escutar de tudo. Uma influência alienígena acaba entrando e esse desvio cria uma identidade nova. Sempre achei bonito esse processo, foi algo que me inspirou tanto nas bandas que eu citei ali acima como em sei lá, Clash, Beatles, Smiths e outras que criavam um lance homogêneo a partir de estilos diversos, que viam traços comuns no que parecia ser diferente superficialmente.

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Não digo que a gente consiga fazer exatamente isso, mas é inspirador. E fico feliz de saber que você vê uma identidade própria nas minhas bandas, é o melhor elogio que eu posso esperar.

Em tanto tempo de banda - são 10 anos, né? -, o único álbum do Futuro é aquele de 2011 com o Kalota no vocal, o MMX? Por que isso? O Futuro era um projeto paralelo até então? Ou vocês são preciosistas com esse lance de composição/gravação?

Não é bem assim, é que temos essa coisa esquizofrênica de ter trocado de nome e não sabermos se somos a mesma banda ainda ou outra nova. Daí cria essa confusão mesmo.

O que tem dez anos (ou 11) é a sequência B.U.S.H./Futuro, a "série" toda. O Futuro, com esse nome, começou em 2010. Como B.U.S.H, entre 2004 e 2007 nós lançamos dois LPs, um EP só nosso, dois EP's split e umas participações em coletâneas. Daí, de 2010 para cá, como Futuro, nós lançamos um LP, um EP, dois sons numa coletânea e agora vamos lançar outro LP. Então esse na verdade seria nosso quarto álbum em dez anos ou o segundo em quatro anos, dependendo do critério.

Pra quando ficou o lançamento do segundo álbum do Futuro? O que esse trabalho traz de novidade em relação às coisas que já conhecemos da banda? A arte do cassete é a mesma do álbum? Tem selo no esquema?

A primeira versão física a sair vai ser o cassete, que vem em novembro. Quem está lançando é o nosso amigo Alexandre Cruz, o Sesper/Farofa, conhecido pelas artes plásticas e pelos vocais no Garage Fuzz. Ele tem lançado fitas ultimamente e o resultado tem sido bem legal, então convidou a gente.

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A arte é feita por ele e vai ser exclusiva para a fita, que vai ter de bônus um cover do Salvation Army que nós gravamos em 2012 e nunca saiu em lugar nenhum.

Também vai ter vinil, deve sair até o final do ano, mas não podemos garantir, hehehe… Quem vai lançar é o Mateus Mondini e sua gloriosa Nada Nada discos, que tem lançado várias bandas amigas nossas, como Rakta, Gattopardo, Cadáver Em Transe e O Inimigo, sem contar nas reedições de clássicos que ele faz muito bem feitinhas também. Talvez tenha parceria com selos gringos também, vamos ver.

Po cara, você descolou uma guita bem louca, né [preta]? Que guitarra é essa aí? Ela tem uma pegada essencial pra maneira como soam as bases do Futuro? Ou essa timbragem vem de pedal?

É uma Rickenbacker. Sempre quis ter uma e cheguei a ter uma falsificada baratinha (mas boa também) antes dessa preta. Quando fomos em turnê na Europa em 2007 eu aproveitei e comprei pela internet por um preço legal, porque aqui no Brasil é totalmente inviável. Aliás, comprar guitarra importada em loja aqui é uma roubada, independente da marca.

Essa guitarra não é a única que eu uso, mas é a principal. Ela não faz sozinha o som que está no disco, mas ajuda bastante. Eu gosto muito de usar acordes abertos e de fazer riffs em que uma mesma corda fica soando solta num drone, meio tipo música indiana. E essa guitarra é muito boa para esse tipo de coisa. Tem um timbre bem aberto, que você escuta nos Smiths, Beatles, Byrds, Nerves, The Who, mas que consegue sujar de um jeito bonito, é uma guitarra incrível.

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Também exploro bastante os pedais, principalmente os ecos e o fuzz, que é aquela distorção que parece uma revoada de marimbondos. É mais do que só um lance garage/psicodélico, é um som que eu identifico muito com o Brasil, aquela coisa tropicalista de Mutantes, primeiros discos do Gilberto Gil, Lanny Gordin e até umas paradas obscuras da Jovem Guarda. Algumas das distorções mais selvagens dos anos 60 são daqui, não sei se era intencional ou porque não sabiam como gravar direito, mas ficava incrível. No LP

São Paulo

(2007) a gente gravou um cover do Ronnie Von com uns fuzz que parecem umas cornetas de tão extremos, dá uma ouvida depois e você vai entender o que eu estou falando.

É verdade que quem sugeriu que vocês colocassem uma menina no vocal foi o próprio Kalota? Por que ele saiu, e como rolou a escolha da Mila para o posto? Ela vem de outras bandas?

É verdade que ele sugeriu uma vocalista mulher - e ele obviamente estava pensando na Mila, apesar de não ter sido tão explícito - , mas a iniciativa não veio só dele. Nós também já tínhamos pensado bastante nessa possibilidade, porque curtíamos muito o jeito dela cantar no Pushmongos e na Vítima, as bandas dela na época.

No Pushmongos ela fazia um vocal diferente, mais sujinho, meio Germs, mas que mostrava bem uma preocupação de criar um timbre, de encaixar legal as frases, enfim, uma maneira criativa de cantar. E fora isso sabíamos que era alguém com o mesmo amor pela música que nós e que conhecia profundamente as coisas que a gente escutava. A prova dos 9 foi ela ter cantado um cover da Siouxsie ao vivo conosco umas vezes e o resultado foi lindo, de arrepiar. Não tinha como ser outra pessoa.

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O Kalota saiu porque não aguentava mais ter mil bandas, ensaiar toda hora, perder o domingo fazendo show na casa do caralho para seis pessoas com som horrível, essas coisas que a gente faz com prazer mas entende quando o amigo não topa mais… Também por esse motivo (entre outros) a gente já tinha acabado o I Shot Cyrus uns anos antes.

Coitado dele, teve época que tinha quatro bandas ao mesmo tempo e eu ainda fiz o favor de ir deixando ele surdo de (pelo menos) um ouvido. Hoje em dia ele é DJ de soul por isso, os compactos são em mono e uma orelha só já basta… [risos] Só eu toquei 14 anos com ele, fizemos cinco turnês com três bandas diferentes, o homem merece um descanso.

E com o B.U.S.H./Futuro ele gravou uma porrada de disco e fez turnê, enquanto que O Inimigo sempre tinha sido, injustamente, uma banda meio secundária. Só tinham feito um álbum e um EP e nunca tinham viajado para fora. Daí resolveram botar a banda em primeiro plano para a poderem fazer tudo isso. Se era para ele ter uma banda só, nada mais justo do que ser O Inimigo.

Foi bom para os dois lados, a Mila deu uma revitalizada na banda e o Kalota ficou mais de boa como ele queria há anos.

Quem escreve as letras da banda e o que vocês têm a dizer pra rapaziada? O Futuro quer mudar o mundo, reclamar, fazer poesia, desabafar, discutir política? Qual é o lance?
Antes o Kalota fazia todas as letras, daí a Mila entrou e assumiu. Mas no disco novo até que está bem equilibrado, também tem letras minhas, letras do Bá e umas parcerias. A gente não tem nenhuma temática específica, nem uma agenda muito definida, mas eu acho muitas letras nossas políticas, sem ser de um jeito muito panfletário ou messiânico. Acho que das opções que você deu, "discutir" - não necessariamente política - seria a mais adequada.
Na real as letras são expressões, mais do que qualquer coisa. Mais comentários sobre a vida na cidade, na sociedade atual, alienação, angústias e observações sobre o mundo e o potencial de mudança, do que um proselitismo de uma ideia. E sei lá, uma letra é diferente da outra… Acho meio difícil e pouco proveitoso explicar isso, melhor cada um ler e entender.

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O disco novo foi gravado no El Rocha? Você tem uma relação antiga com o estúdio e o trabalho do Fernando Sanches, né? Quão importante é isso no resultado final da gravação?
Bota antiga nisso. Conheço ele faz quase 20 anos e minha banda adolescente, o Newspeak, gravou o primeiro álbum da história do Rocha, eu acho, em 1999. Vi o estúdio crescer, evoluir e o pouco que eu sei sobre gravação e produção eu aprendi quase tudo ali ajudando a gravar minhas bandas e algumas outras que às vezes me chamam para dar palpite.
Todo mundo daquela família tem uma visão muito legal de música e o Fernando em particular tem um bom gosto fodido e sempre entendeu perfeitamente o que a gente queria fazer. Ele sempre estimulou e vibrou com as loucuras que a gente inventava, principalmente coisas que outros engenheiros de som torceriam o nariz.
Sem falar que é um ambiente muito bom, que estimula muito a criatividade e não cria aquela pressão de outros estúdios. Gosto demais deles todos ali, cada sessão é como se eu tivesse passado um fim de semana com amigos num sítio, muito relaxante. Isso sem nem entrar na qualidade objetiva, tanto humana como de equipamentos. Coisa de louco o El Rocha, recomendo muito.

Foto por Ricardo Augusto. Depois de tanto tempo no rolê hardcore de SP, você já tocou para diferentes públicos e já deve ter visto a cena se reciclar mais de uma vez. Qual a avaliação você faz dos tempos do começo do Newspeak para como está o panorama agora na cidade? O que você percebe de mais curioso e que mudou de lá pra cá?
É completamente diferente e ao mesmo tempo é muito parecido. Quando o Newspeak começou eu tinha 15 para 16 anos. Hoje em tenho 36, então mesmo as coisas parecidas eu filtro de uma maneira bem diferente. Existe um fio condutor que é o mesmo, o que há de melhor nessa história toda, que é o lance das pessoas se reunirem para criar algo em conjunto sem esperar nada além de sangue, suor e uma meia dúzia de risadas.
E, claro, existem elementos do discurso que se repetem, às vezes no mesmo contexto, às vezes não. Aquela coisa da história que se repete primeiro como tragédia, depois como farsa. Já vi ciclos e mais ciclos de tragédia e farsa. Deixando claro que farsa nesse caso quer dizer comédia, mais do que "enganação", embora exista isso também.
De qualquer maneira, não me preocupo muito com "cena" no sentido que a maioria das pessoas utiliza, que é a "turma" ou qualquer coisa que o valha. Nada contra isso em si. A mitologia dos jovens unidos para o que der e vier é a base do rock. A própria banda de rock é uma espécie de metáfora de uma gangue. Mas, tendo dito isso, cena para mim tem a ver infinitamente mais com produção do que com "o rolê" ou como uma identidade coletiva qualquer. No final, o que é importante, o que fica e o que pode inspirar outras pessoas é o que foi produzido mesmo, não a dinâmica da "turma".
20 anos atrás existia todo um ímpeto e uma sensação indescritível de estar fazendo algo que era novidade e praticamente secreto para o resto do mundo (pelo menos por aqui). Hoje já não sei se existe isso, talvez para o pessoal que tem 16 anos, mas daí eles que teriam que dizer. Fora isso, hoje tem muito mais banda boa, mais gente que curte um som legal, é mais fácil fazer tudo e eu ainda não enjoei de ter tanta informação disponível na hora que eu quiser.

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Haverá futuro?
Sim, e é vortex!

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Entrevistando o Exhale The Sound: Expurgo

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Exhale The Sound 2014

Dia 10/10, a partir das 19h; 11/10, a partir das 15h.

Espaço CentoeQuatro. Pça Ruy Barbosa, 104, Centro, Belo Horizonte/MG.

Ingressos: R$ 20, para o dia 10; R$ 35, para o dia 11; R$ 45, para os dois dias.

À venda no Espaço Veg: R. Fernandes Tourinho, 441, Savassi, Belo Horizonte.

Pela internet: Sympla / Noise Stuff