O niLL, rapper de Jundiaí e membro da SoundFoodGang, engana o primeiro que passar com seu jeitinho de garoto do interior. O MC subiu ao palco nesse sábado (14) para apresentar pela primeira vez sua "Regina Tour" com uma camiseta estampada com o nome do álbum lançado em julho, uma jardineira metade desabotoada e um tênis que ele diz ter ganhado do Ogi; mas o semblante de menino tímido sumiu assim que ele pegou o microfone pra cantar "Wifi", uma das faixas que abrem Regina.
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O rolê foi organizado pela Cérebro Surdo Produções e pela festa Drop D' Bone e o pico escolhido foi um pouco inusitado: o show rolou na Associação Cultural Cecília, em geral casa pra apresentações do circuito indie ou experimental. Dá pra entender, porém, porque o niLL se encaixaria também com essa galera — alguns instrumentais de Regina, como "Minha Mulher Acha que Eu Sou o Brad Pitt" e "Atari Level 2" poderiam estar num disco de alguma banda pop brasileira dos anos 80, ou de algum entusiasta da década nos tempos atuais como Serge Erege e Jonnata Doll. Pode-se dizer, talvez, que o rapper tenha um certo apelo indie.Precedido pela rapper Larinu e o companheiro de coletivo ChinV, niLL deu um show de carisma ao tocar a versão completa de Regina, acompanhado pelo DJ Buck e reforçado pelo MC Mano Will. Ogi também subiu ao palco, na segunda metade do show, pra apresentar seu verso em "Loopers".Ao contrário dos eventos dramáticos que inspiraram o disco — como a morte da mãe do rapper e a obsessão por tecnologia e smartphones da qual fala em várias faixas —, niLL conduziu a apresentação com energia e humor, como quando comparou a participação de Ogi a "uma cena de Naruto" e pediu desculpas ao Mano Brown depois de tocar "Negro Drama Pt. II". E o público respondeu a altura, cantando todas as letras do disco recém-lançado. Veja fotos do rolê abaixo:
niLL, Mano Will e DJ Buck. Foto: Larissa Zaidan
niLL e Ogi. Foto: Larissa Zaidan
