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Música

Seu Jorge: "O Rock Não É um Gênero pro Negro"

O cantor e ator lança 'Músicas Para Churrasco Volume II' e fala sobre Pelé, Bill Murray, a dificuldade em interpretar Mané Galinha e por que ele acha que o rock não chegou no subúrbio.

Todas as fotos por Guilherme Santana. Confortavelmente sentado no encosto de um sofá de couro, Seu Jorge recebe jornalistas em seu bar nos Jardins, em São Paulo, na noite de terça (31), para falar do disco que lançava naquele dia. Músicas Para Churrasco Volume II não só dá continuidade ao disco anterior, como também segue o esquema samba-black-music cheio de hits que consagrou o músico carioca.

Além de comentar sobre as dez faixas do sétimo álbum da carreira, Seu Jorge falou sobre a capa idealizada pelo artista plástico Vik Muniz, sobre o show que terá a direção musical de Marcelo D2 e até sobre o release assinado pelo Caetano Veloso. Saindo um pouco pela tangente, resolvemos discutir sua carreira no cinema, seu bróder Bill Murray e as dificuldades em interpretar Mané Galinha em Cidade de Deus. Mas não vivemos só de passado: o carioca também comenta sobre seu próximo filme, em que interpreta o pai de Pelé, e as próximas empreitadas com o western O Matador e no papel de Simonal.

Noisey: Como você concilia as duas carreiras?
Seu Jorge: Eu me jogo mesmo, cara. Eu me dedico. Tô há três meses ou mais sem ver minha família. Minha mulher e filhos, sabe. Tá todo mundo nos Estados Unidos e eu tô aqui direto. Só FaceTime mesmo. Aí é duro, só essa parte que é ruim, que não tá dando pra conciliar.

E este ano você ainda vai filmar mais dois longas, certo?
Sim, esses filmes que já estão rolando pra esse ano já vinham rolando. Entendo que na música a gente controla um pouco mais, no cinema não. No cinema sou mais um operário. Agradeço muito quando me convidam pra fazer um filme. É uma complexidade tão grande. Quando sou chamado, eu me sinto honrado demais e tento não perder a oportunidade.

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