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Música

Quando Você Morrer, uma Empresa Vai Usar Suas Cinzas Para Prensar um Vinil

Tem também um caixão com caixas de som que podem tocar sua playlist pessoal continuamente em um loop eterno.
Ryan Bassil
London, GB

Se você está lendo isto, então provavelmente a música é a coisa que mais te preocupa na vida. Você escuta música enquanto se arruma, enquanto enche a cara e enquanto faz basicamente tudo que não exija silêncio imediato. Mas se você está lendo isto, então provavelmente também é humano, e sem dúvida já pensou sobre o último fechar das cortinas da vida.

Todos nós vamos morrer – desculpa te contar isso – e quando esse dia chegar, o que vai acontecer com as nossas coleções de música meticulosamente catalogadas? Serão deixadas às traças, junto com os LPs do Simon and Garfunkel e do Herb Alpert & The Tijuana Brass em um bazar de igreja? Serão abandonadas no porão para juntar poeira ao lado da decoração de natal? Ou será que você vai poder levar sua cópia assinada do Beneath The Boardwalk do Arctic Monkeys para o túmulo?

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Existem duas opções:

Vinyly

A Vinyly quer te colocar na música, literalmente. Se você for cremado, a empresa combina seus restos com o processo de produção de um vinil, criando trinta cópias do disco. Se você estiver entediado ou quiser continuar uma investida narcisista contra a sua família também na vida após a morte, pode ser uma gravação da sua voz. Ou, se estiver com preguiça, a banda da empresa pode fazer uma música para você. Quer um trap feito em sua homenagem? Esses são os caras para isso.

Essa não é uma imagem aleatória da Morte, na verdade é o logo do site com o slogan da empresa (que faz um trocadilho com “grave”, cova, e “groove”)

A empresa foi fundada pelo chefe de uma gravadora de música techno, Jason Leach, que se inspirou depois de ver na TV americana as cinzas de alguém sendo atiradas de um canhão. Naturalmente, como canhões e música tem uma ligação, ele ficou pensando em como poderia incluir a música na equação da morte.

Mas o comércio de vinis mortos não é exatamente um negócio que está explondido, já que só quatro pessoas aceitaram a oferta. Incluindo um DJ cuja família queria que ele “tocasse mais algumas vezes na balada favorita dele”.

O preço também é um grande fator. O processo todo de gravação custa 2 mil libras (quase R$ 7 mil), e com apenas 24 minutos para gravar, é um investimento bem alto. Mas provavelmente valerá o preço quando sua família puder colocar uma agulha em você toda vez que quiser escutar a “sua” música.

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CataCoffin

A segunda opção é um caixão com caixas de som que podem tocar sua playlist pessoal continuamente em um loop eterno. Isso significa que você poderá escutar “Dreams” da Gabrielle sem medo do constrangimento público. Mas você também estará morto, gelado e sozinho.

Esse é o fundador, Frederik Hjelmquist, com a declaração da missão da empresa.

Mas o que acontece se você cansar de ouvir a Gabrielle no loop? Tem um aplicativo em touch screen embutido na lápide, por meio do qual seus entes queridos podem sincronizar o iPod com a sua playlist ou adicionar músicas remotamente no Spotify. O que significa que quando aquele álbum do Jay Electronica finalmente sair, você vai poder escutar. O caixão também vem com um subwoofer de 20 cm, e tenho certeza que toda pessoa de luto vai gostar de chegar no túmulo com um som do TNGHT vindo de baixo da terra.

O preço do CataCoffin é de 21 mil libras (mais de R$ 73 mil), o que, caso você não acompanhe o mercado de caixões, é muito, muito caro. Se bem que imagino que você não vá precisar de dinheiro quando estiver morto.

E aí, vai ser cremado e virar um pedaço de plástico? Ou quer ser enterrado, sabendo que seu irmão caçula pode te torturar com uma playlist de death metal?

Respostas abaixo, por favor.

Siga o Dan no Twitter: @keenDang