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Música

A Vladvostock voltou mais crescidinha em seu novo EP ‘Destudo’​

Com o novo lançamento, o trio de rock jovem paulistano se une aos selos Banana Records e Cosmoplano Records na ambição de conquistar cinco continentes à sua escolha.

Foto: Divulgação

Se você pira em geografia, deve saber que Vladivostok é a maior cidade portuária da Rússia no Oceano Pacífico. Que a cidade também é o ponto final da extensa Ferrovia Transiberiana, que liga a Rússia europeia à China, Mongólia e ao mar do Japão. Ah, também deve lembrar que tem um território no jogo War com esse nome. O que você provavelmente não tinha conhecimento até agora é que em São Paulo, Vladvostock também é o nome de uma banda de rock (a grafia muda, mas a pronúncia é a mesma).

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Seus três integrantes — Jopa, Rubens e Victor — se esforçam para condensar na música seus sentimentos mais agudos. E, se em 2015 o EP de estreia, Pompeia, não fez tanto barulho, agora, prestes a ouvir o apito final de 2016, eles prometem chamar mais atenção dos entusiastas do rock jovem com o lançamento do EP Destudo, que você pode ouvir com exclusividade no Noisey nesta quarta (14). Rubens Adati, guitarrista e vocalista da banda, explica que a sonoridade tem um lado mais emocional, de fácil assimilação, e as letras, mesmo falando bastante sobre introspecção, sempre impulsionam pra frente. Rubens faz questão de pontuar que "nossas letras não são das mais felizes, mesmo assim não considero 'rock triste' as músicas."

Isto porque eles se dedicam a um som que gostam de definir como "Morph Rock", ou rock metamorfo. "Eu tentei explicar pro meu pai que os estilos das músicas variavam e mudavam conforme íamos descobrindo bandas novas, e aí saiu esta definição" conta o vocalista. A real é que as influências dos meninos não são muito diferentes das bandas consolidadas da cena paulistana — Rancore e Hurtmold, por exemplo. Além disso, eles gostam da sonoridade do toe e EATNMPTD e são discípulos das gêmeas Ombu e Raça. Inclusive, há uma faixa em Destudo que é inteira cantada pelo Popoto Martins, vocalista da Raça.

Juntos desde 2011 e tocando desde os 17 aninhos, os meninos enxergam no segundo trabalho uma evolução em seu processo de maturidade. "A gente se empenhou mais em ensaiar pra gravação e também pra criação de arranjos e tudo mais. E somos jovens, esse momento dos 17 aos 20 é uma experiência muito intensa."

E foi justamente nos braços de outros grandes jovens da cena independente que eles foram buscar abrigo. Destudo foi disponibilizado pelos selos Cosmoplano Records e Banana Records, que geraram bastante burburinho esse ano, apresentando bandas novinhas como Def, Theuzitz e LVCASU. Por isso, Rubens acha que os selos de fora de São Paulo são mais acolhedores. "Isso é interessante. Talvez não tenhamos procurado direito também, mas sei lá, o Nordeste tem uma cena maravilhosa que merece mais valor do que recebe".

Ouça Destudo abaixo: