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Música

Um Papo Sobre Amor, Cena, Deus e Filmes com Jair Naves

O cantor e compositor lança o segundo álbum solo, 'Trovões a Me Atingir', com exclusividade no Noisey.

O cantor e compositor Jair Naves está lançando nesta terça (3) o segundo disco da sua carreira solo, Trovões a Me Atingir, com exclusividade pelo Noisey. Você pode clicar no player abaixo e começar a ouvir mais uma leva das canções intensas e sinceras do Jair, que também estarão disponíveis para download gratuito no site oficial dele na quarta (4), como contrapartida do financiamento coletivo do trabalho. O álbum é cheio de participações especiais e esse tipo de coisa, mas o que fomos fazer na casa dele no sábado foi bater um longo papo sobre inspirações, relacionamentos, questões pessoais, impressões, religião e memórias que vão até a época do Ludovic.

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Noisey: Jair, você é uma espécie de seresteiro. Sua música está o tempo todo agindo em nome de uma letra, de uma poesia, digamos assim. É difícil ter um momento na música em que você não está cantando, falando algo. Você concorda com isso? Acha que faz sentido?
Jair Naves: Seresteiro é ótimo [risos]. Concordo plenamente. Minha motivação pra começar a fazer música foi essa. Eu gostava do que escrevia, só que achava que a forma mais eficaz de texto é letra de música, que tem um alcance mais rápido e que mais tempo permanece na memória das pessoas. Foi o que me fez começar a tocar, mas confesso que há muito tempo perdi essa sensação, e só quando ouvi esse disco durante a mixagem eu percebi que ele realmente tem poucos intervalos instrumentais, geralmente é uma introdução ou o fim da música. Tem poucos solos no meio das canções, enfim. É curioso que as letras sempre acabam vindo no fim [do processo de composição]. Eu sinto que não é tanto por dificuldade em escrevê-las, mas muito pela responsabilidade: se eu me arrepender de um timbre de guitarra, de uma nota ou construção de acorde, eu não vou me lamentar tanto quanto se eu me arrepender de um verso, que vai ficar gravado ali pra sempre. Faz todo o sentido mesmo.

Você costuma escrever as letras separadamente e depois colocar a música? Como é o processo geralmente?
Geralmente é o oposto. A gente fecha as músicas, eu vou cantando num embromation, numa língua que só existe na minha cabeça, pra saber a métrica, e encaixo as letras depois. Porque é também como se eu precisasse da atmosfera sonora que a canção dá pra saber o que eu vou falar, a abordagem que vou dar ao tema que eu quero retratar ali.

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A questão da métrica das palavras em português é bem difícil, as palavras são longas, com acentuação. Me preocupo muito também em não mudar a tônica da sílaba, isso acaba dando um trabalhinho. Certo, é exatamente o contrário. Mas, ainda assim, existe uma independência entre música e letra, elas não vêm juntas.
De fato, nunca vêm juntas. Eu tento fazer elas dialogarem, mas nunca aconteceu de virem juntas pra mim. É um desafio que eu até quero vencer no futuro, conseguir fazer isso, fazer uma ligação mais espontânea entre as duas partes. Mas ainda tenho uma dificuldade, pra mim são coisas bem diferentes mesmo.

Fotos por Anna Mascarenhas

Não só no conteúdo das letras, mas também na forma de cantar, nas entonações, você mostra sempre angústia. É uma angústia que você vive, experimenta de fato, ou em alguma medida isso é fruto de uma técnica que você dominou e opera mais livremente como um esteta?
Acho que tem um pouco da segunda coisa. Eu faço isso há tanto tempo que já tenho meio que, não uma persona, mas enfim, uma forma de composição e interpretação. Esse disco foi feito em um período bem angustiante, foi tudo meio tenso, desde o processo de captação de recursos, que foi algo que a gente não sabia se daria certo ou não. O disco teve muitos atrasos… Mas bem, eu posso encaixar só esse disco nisso aí. De fato é uma coisa que vem de sempre. Acho que talvez os cantores que eu gosto cantem assim. Eu cresci ouvindo esse tipo de cantor, desde o rock até um Lupicínio Rodrigues, que tem uma angústia ao cantar - muito diferente da minha, claro -, mas tem uma coisa na voz, um sofrimento, uma coisa ressaqueada, e eu gosto disso.

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Citaria alguém além do Lupicínio Rodrigues?
Toda essa coisa do pós-punk que eu ouvi. Pra ficar em cantores brasileiros: a Dolores Duran, a Maísa. Essas divas da fossa tinham essa voz angustiada. Mas eu acho que a escola do punk rock tem muito isso, de você expressar uma espécie de expurgo mesmo, de exorcismo.

Nas suas músicas você fala bastante sobre sentimentos de relação de casal, talvez haja algo ali sobre relacionamentos de amigo ou família, mas eu sinto mais a presença dos de casal.
Sim, de fato. De intempéries de relacionamento especialmente. Você costuma viver relações conturbadas?
Ah sim, cara [risos], é meio que a história da minha vida. Não sei, eu sou muito reservado com esse tipo de assunto no cotidiano, não falo muito, então acho que acaba indo pras músicas mesmo, volta naquela coisa do exorcismo de sentimentos muito reprimidos, que não enxergam uma luz. Exorcismo de sentimentos?
É. Esse disco foi até um pouco mais feliz quanto a isso [risos]. Eu costumo falar que acho que esse é o aspecto da vida cotidiana que mais me inspira, porque falar do meu relacionamento com, sei lá, meu chefe, ou mesmo minha família, é uma coisa mais opaca, sabe? Não tem o mesmo brilho, o mesmo encanto.

Você acredita que viver um relacionamento estável, sereno, sem grandes brigas, sem um constante embate, poderia dificultar seu processo de composição?
Acho que não, cara. Vai me forçar a falar sobre isso de uma nova maneira, mas não que vá dificultar. Sem dúvida eu vou falar sobre coisas novas, aí talvez comece a falar do meu chefe ou da falta de água [risos] ou de qualquer coisa assim.

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E você já viveu ou vive algum relacionamento estável que te fez sentir “opa, não estou conseguindo fazer minha arte como eu fazia”?
Hm não, isso nunca aconteceu, mesmo porque um relacionamento estável nunca é completamente linear, sempre tem os momentos em que a maré está mais cheia ou mais baixa. Eu também não sou um compositor compulsivo. Por exemplo, agora eu fiz esse disco e acho que só daqui um ano mais ou menos vou querer escrever de novo, porque é um processo lento e também de muita insatisfação com o que você faz. Foram 20 músicas feitas pra esse disco e a gente escolheu nove.

Um processo doloroso, digamos assim?
Isso, doloroso. E você vai ficando mais criterioso com o que faz também. Então acho que se eu compusesse todo dia, toda semana, talvez isso me afetasse mais.

Ainda sobre relacionamentos. Que tipo de coisa, de atitude, você acredita que faz bem para um relacionamento, que faz ele se fortificar? E o contrário, que tipo de coisa faz mal e te destrói?
Acho que cumplicidade é uma coisa que fortalece. Acho que… é, eu acredito que uma relação amorosa é como uma parceria mesmo, é a pessoa com quem você mais convive, e inevitavelmente pra quem você mostra suas maiores fragilidades e tudo o mais. Acho que o sucesso de uma relação depende muito de como essa pessoa vai lidar com essas informações e de como ela vai respeitar os momentos em que você vai estar mais fraco ou mais forte. E o que eu acho que pode minar é a sensação de competição entre o casal, é uma coisa muito pouco saudável e realmente tende a levar ao fracasso.

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Sobre liberdade. Como você pensa a liberdade? No sentido de que a liberdade completa resultaria em uma completa ausência de sentimentos, já que os sentimentos reais, profundos, só podem ser vividos quando você se deixa tomar, se coloca diante de algo que é maior do que você e te tira ao menos parte do controle sobre si mesmo, te tira uma parte da sua liberdade.
É, eu acho que qualquer relação é baseada um pouco em concessão. Mesmo em relações familiares ou com amigos. Você tem que ceder e ter presente essa condição. Liberdade é um conceito muito discutível mesmo, especialmente pra quem mora em uma cidade como a nossa. Você tem que ter dinheiro para fazer as coisas e… enfim. É uma coisa na qual penso muito e pra qual sinceramente não achei uma resposta satisfatória. Nesse aspecto de como um cidadão pode ser livre, como um adulto pode ser livre.

Certo, mas eu pensava mais sobre as relações pessoais (especialmente as de casal). Por exemplo: atualmente existe muito uma vontade de liberdade entre a juventude, de não comprometimento, e me parece que esse tipo de ânsia por liberdade é uma atração pelo nada, você não vive nada se quiser manter as opções sempre em aberto.
Ah sim. Pra quem já passou dos 30 é engraçado ver como essa geração mais nova lida com as relações amorosas: a geração Tinder, as relações abertas. Eu conheço muita gente com relações abertas hoje. Não sei, eu até queria ser talvez elevado espiritualmente o bastante pra conseguir tentar isso, mas não é assim [risos]. A grande questão seria se isso é um elevar-se ou um rebaixar-se espiritualmente, não?
[risos] É, pois é. Agora, eu não sei, acho que eu fui criado tendo como relação ideal algo monogâmico e duradouro. Achar liberdade nesse modelo talvez seja mais difícil. Seria outra liberdade, dois conceitos diferentes de liberdade, precisa de uma paz interior maior… Essa é uma questão bem difícil, o que eu posso falar é desse choque que eu sinto ao observar essas coisas que são super instantâneas, até objetificadoras e de imediatismo e pouca durabilidade. Isso me causa muito estranhamento.

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Em alguns trechos desse disco novo, como “Dentro de mim, um incêndio, uma guerra em que ninguém pode intervir” (em “Incêndios”) e “Mas há um bloqueio intransponível em mim. Que eu não posso ignorar, que eu não posso ocultar” (“Prece Atendida”), você parece falar sobre um guerra interna, uma guerra espiritual. Você é religioso? Crê em alguma religião? Acredita em Deus?
Engraçado, Stan, eu tenho uma visão eu diria… muito peculiar de religião. Infelizmente não achei nenhuma doutrina ou, sei lá, uma vertente que responda as minhas perguntas por completo ou que cesse minhas angústias. Isso fez com que por um tempo eu não acreditasse em nada mesmo. Porém essa visão de que não existe nada além, de que as coisas realmente não têm um motivo, de que a finitude é certa, de que as pessoas se vão mesmo, isso me incomoda demais, então eu ainda tento achar alguma explicação que me traga um pouco de alento nesse sentido. E e daí que eu acho que vem essa angústia toda que acaba se refletindo nas músicas.
É, é uma guerra espiritual. É engraçado que no outro disco também tinha muitos trechos que falavam de coisas parecidas, mesmo da figura de Deus, sem saber exatamente o que é isso. Mas eu tenho esperança de que exista alguma justiça maior, uma ordem maior e, sim, é uma coisa bem viva isso em mim.

Você pensa sobre política? Considera ter alguma posição política?
Sim, eu penso bastante sobre isso e uma das idéias que permeou o processo de composição desse disco foi algo quase apocalíptico que a gente está vivendo, dos recursos naturais e do ceticismo político que está envolvendo as pessoas, especialmente a geração mais nova, e a minha geração também se deixa contagiar um pouco por isso. Eu penso muito mas também me desespera, me angustia não saber muito pra onde correr ou a quem recorrer. Você pensa mas, digamos assim, não consegue fechar uma posição?
Não, não consigo. Bom, eu acho que tenho uma tendência mais esquerdista como todos ou ao menos boa parte dos artistas. Mas até aí é uma definição que está em constante mutação, o que é ser esquerdista ou direitista ou, sei lá, eu confesso que atualmente me sinto muito confuso quanto a isso. Só espero que as coisas terminem bem de alguma forma, porque as perspectivas que se tem, tanto em termos econômicos como sociais e naturais, são as mais desanimadoras que, acho eu, a nossa geração e as dos nossos pais e avós já viveu.
Bem, talvez seja exagero, eles passaram por guerras e tudo o mais. Mas as mais desanimadoras que a minha geração já viveu ao menos.

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Na época do Ludovic você costumava viajar muito por aí pra tocar, rodava pelo interior, tocava em qualquer canto que tivesse. Você sente saudades disso? Dessa forma, vamos dizer assim, mais irresponsável de fazer as coisas?
Ah cara, sinto demais, mas não sei também se hoje em dia eu teria a mesma disposição. Aquilo foi a minha escola, quem passou aquela época - a primeira metade dos anos 2000 - foi uma coisa muito romântica, a forma como a coisa estava se desenhando ali. E o que veio a partir disso foi um pouco amargo, houve uma série de acontecimentos que fizeram com que a coisa não fosse mais daquele jeito. Não tem mais espaços no interior como tinha antigamente pra tocar, os espaços que a gente conheceu acho que não existem mais, o que eu sei é de uma cena dominada por bandas cover e é isso.

Bandas cover e o surgimento do Fora do Eixo.
É, esse é um capítulo à parte, as consequências do Fora do Eixo. Essa pretensa profissionalização deu também uma esterilizada na coisa, meio que acabou com a alma da molecada.
É, e mesmo dos organizadores de show. Da forma como a coisa se desenhou depois eu vi muita gente desiludida, se sentindo lesada de alguma maneira. Essa esterilizada: eu me lembro por exemplo de quando a gente tocava pelo interior. Em Araraquara tinha aquele pessoal do Bernardo, em Franca a turma do Studio11, enfim. Eles faziam as coisas com uma paixão que me parece não ter mais como existir.
É, eu também acho que não, não observo mais, mas essa paixão que a gente via nos olhos, bem… eu não sei ao que se atribui exatamente, mas mesmo em São Paulo, tinha um espaço onde existia esse brilho e as pessoas achavam que podia nascer alguma coisa dali. E me preocupa pensar nos discos que a gente lançou naquela época, as bandas como o Ludovic e aquelas todas, o Telepatas mesmo [banda em que o Stan tocava]. Aquilo vai ser lembrado por alguém daqui a dez anos? Felizmente agora continua sendo, mas às vezes dá um certo medo de que todo aquele esforço seja apagado pelo vento.

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Tem alguma boa história de viagem pra contar?
Tem muitas, o Ludovic proporcionou muitas histórias boas. Eu me lembro de um show em Cosmópolis, no interior de São Paulo: a gente chegou lá e era um boteco dos tiozinhos do interior, trabalhadores da roça mesmo. A gente tocou e, nessa época, eu tinha um gosto por fazer discursos no palco, aí eu falei qualquer coisa sobre como era bom tocar ali e de como seria ruim voltar pra nossa cidade pra trabalhar no dia seguinte, citei um horário tipo das 9 às 6 e blá blá blá. Aí rolou o show, e era uma banda muito irresponsável né, um show meio bagunçado.

Depois que acabou o show veio um senhorzinho com a esposa dele e falou: “Ó, eu queria começar falando que eu não gosto desse tipo de música de vocês”, eu já pensei: “putz, fudeu, a gente vai apanhar aqui”, mas ele continuou: “mas eu gostei muito do que você falou sobre o trabalho, mas ó meu filho, eu sou mais vivido e vou te dizer que trabalho não é tudo na vida não, continua com a sua banda, continua com a sua música, eu vejo que tem verdade nisso pra vocês” e disse uma coisa bonita, algo assim: “O que você disse entrou pelos ouvidos, ficou no coração e daqui não sai mais, viu? Deus te abençõe.”

Isso na época me fez pensar muito sobre o que seria o rock brasileiro, se é só importar, só fazer uma coisa que é meio pastiche do que é feito lá fora, ou se a gente tem que adequá-lo à realidade de um país de terceiro mundo, enfim.

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Esse dia meio que mudou a minha vida. As outras histórias foram muito mais de molecada inconsequente, mas essa foi uma que guardo comigo e da qual eu acho que nunca falei antes.

O que você acha da cena musical de uma forma geral? Das relações pessoais, dos eventos e das pessoas em geral, do espírito do coisa?
Essa é uma boa questão. Eu ainda gosto de ir em shows de banda iniciantes. Eu sinto falta daquela época em que a gente ia pra Rua Augusta só por ir, qualquer banda que tivesse tocando a gente assistia, e me parece que hoje não existe mais tanto isso. Eu sinto uma certa falta do amadorismo mesmo - estamos batendo muito nessa tecla, mas é uma coisa que faz diferença - e das relações pessoais que se construíram.

Eu fico pensando em como a profissionalização fez as relações pessoais se tornarem muito um networking.
É muito isso. E eu nunca fui bom nisso, nunca fui uma pessoa muito sociável. Assim, meu interesse não é fazer networking, é ver banda, sabe? Sempre se aprende indo a shows e eu ainda aprendo muito vendo bandas tocando. Mas eu acho que o lado humano da coisa realmente foi pra esse lado de “onde fulano pode me levar?”, “que parceria eu posso fazer?” Eu sei que você gosta muito de cinema. Poderia dizer um filme que acha ótimo e um que acha péssimo?
Hmm (pensando)… O Whiplash é um filme que me decepcionou bastante. Eles abordam a questão musical de um jeito muito… é muito histérico, muito irreal, as mãos do baterista ficam sangrando o tempo todo e alguns músicos que eu conheço que passaram por esse tipo de educação musical falaram que até chega a ser real em alguns pontos, mas é um filme que tem um tom muito volumoso o tempo todo, é muito grito. É um filme que eu realmente não gostei. Um que eu acho ótimo, deixa eu ver. Ah, tem um que muita gente pode considerar cafona e que também é sobre música: A Família Bélier. É uma comédia francesa sobre uma família de deficientes auditivos em que a única pessoa que fala e escuta normalmente é a filha, e ela passa a integrar o coral da escola, é considerada um talento e vai cantar na rádio em Paris, e a família ficava acompanhando. É um filme bem cafona, cara, mas eu fui ver com a minha mãe, depois ela levou minhas sobrinhas e a gente passou pelo constrangimento de sair com o rosto todo inchado de choro e, eu não sei, eu não fazia isso há tanto tempo e estou nessa há 10, 15 anos. Esses momentos em que a música me emociona de fato, seja por uma comédia cafona ou por um disco do Fugazi ou qualquer coisa que seja, ainda são muito preciosos pra mim. Então eu valorizo muito isso, tento me agarrar nesse tipo de relação com a música enquanto eu ainda posso.

Pra finalizar, tem algo que você queira dizer pra quem está lendo? Tema livre. Qualquer coisa.
Ahhn, deixa eu pensar um pouco. Bom, a gente tá falando muito dessa coisa de embate de gerações. Eu percebo um cinismo hoje em dia, nas declarações, nas posturas, como se fosse um escudo, de não se mostrar real, de não ser ferido. Eu gostaria que as pessoas fossem mais reais e menos meme de internet talvez. Acho que é isso que eu tenho a falar, ou a pedir.

Jair Naves no Auditório Ibirapuera
Show de lançamento de Trovões a Me Atingir
Participações especiais de Bárbara Eugenia, Beto Bejia, Camila Zamith, Caio e Igor Bologna, Guizado, Helio Flanders e Raphael Evangelista
Sexta, 27 de fevereiro, às 21h
Avenida Pedro Álvares Cabral, Portão 2, Parque Ibirapuera
Ingressos: R$ 20/R$ 10 (compre aqui)

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O Stan continua batendo um papo sobre Deus no Twitter - @cloudchapel