FYI.

This story is over 5 years old.

Música

VICE Estreia: "Prostituto - Jaloo Remix"

Uma junção entre ficção científica, funk carioca e tecnobrega que você pode ver agora e começar a semana com bastante calor nas partes do corpo que interessam.

O videomaker Allyson Alapont nos enviou um cordial e-mail dia desses com um link para o seu belíssimo clipe novo. Ele criou um universo "2,5D" para o remix que o paraense Jaloo fez para a deliciosamente indecente "Prostituto" da funkeira Deize Tigrona. Ficamos tão encantados com tamanha festança visual, musical e emocional que fizemos uma entrevistinha com ele pra saber como se deu essa junção entre ficção científica, funk carioca e tecnobrega que você pode ver agora e começar a semana com bastante calor nas partes do corpo que interessam.

Publicidade

E, veja só, você também pode ouvir abaixo este fervido remix que embala o clipe, decorar a letra e conquistar corações com a nossa garantia de melhoria da sua vida sexual.

VICE: Como aconteceu a história com a Deize e o Jaloo? Qual dos dois te procurou?
Allyson Alapont: Após meu retorno da Austrália, em que pude realizar os videoclipes "I Believe in Love, Kid" - Oh Ye Denver Birds, "☮and ☉" - Brainbeau e "The Wasted Years" - The Frail Marys, cheguei em São Paulo e contatei a maquiadora Lucy Martinez para trabalharmos com algum artista nacional que admiramos. Através do Funk Na Caixa conseguimos o contato da Deize Tigrona e a chance de filmar "Prostituto", seu novo single, com o remix sci-fi tecnobrega do paraense Jaloo.

A escolha estética pro clipe tem a ver com esse lance do "sci-fi tecnobrega" remix do Jaloo? Já é algo que você costuma fazer?
Procurei retratar o universo da favela carioca unindo com minhas influencias artísticas: algo mais terceiro-mundista lo-fi psicodelico, com efeitos de glitch art, DIY e lisergia. A maioria das imagens foram captadas na favela do Morro do Cantagalo, no Rio de Janeiro, dentro e fora de casas de moradores de lá. Compus o cenário pensando em criar um ambiente 2,5D, ou seja, essa falsa impressão de tri-dimensionalidade que o clipe provoca.

E no âmbito íntimo, a letra da música, digamos, te inspirou?
Quis trazer imagens descompromissadas, sem apelo sexual explícito, de pura curtição do som, justamente pela letra pesada. A sonoridade de videogame da música, o feminismo da mensagem e a direção de arte acabam gerando certo humor. E se você conhece o trabalho da Deize Tigrona e do Jaloo, a aceitação da letra e da fusão musical é imediata.

Conta mais sobre o clipe, parece que rolaram umas histórias divertidas…
Uma das inúmeras histórias inusitadas que ocorreram durante esse clipe, destaco o encontro com o MC Hulk do Complexo do Alemão, após as filmagens da Deize no Rio. Ele, inclusive, ajudou a levar nossos equipamentos morro abaixo. Isso escancara nossas dificuldades de produção, que foi totalmente feito na raça [Risos].