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Música

O trio paraibano Augustine Azul mantém acesa a chama do rock instrumental brasileiro

Ouça com exclusividade o primeiro full-lenght da banda de João Pessoa, ‘Lombramorfose’, que mistura stoner e progressivo sem frescura.

Foi-se o tempo em que a música instrumental era recebida como algo inusitado no rock pesado brasileiro. Hoje, existe um monte de gente explorando essa praia. Desde que nomes como o Macaco Bong abriram o horizonte há pouco mais de uma década, o instrumental que tem principalmente o stoner como ponto de partida virou um atraente laboratório de pesquisas para as novas gerações. Sem precisar construir músicas com a estrutura pautada pelos vocais, muitas bandas expressivas continuam surgindo.

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E uma boa novidade do cenário do rock instrumental brasileiro vem de João Pessoa, a Augustine Azul. O trio, que dá para enquadrar sem forçar a barra como rock progressivo, foi formado em 2014 pelos músicos João Yor (guitarra), Jonathan Beltrão (baixo) e Edgard Júnior (bateria).

Nesta terça (9), a banda lança com exclusividade no Noisey o Lombramorfose, sucessor do primeiro EP homônimo da banda lançado em 2015. O novo trabalho foi gravado e produzido pelo próprio trio em parceria com Marcelinho Macedo, no Estúdio Peixe Boi, tradicional espaço da cena Paraibana, e sustenta a química do trabalho anterior, porém com aquele toque de letra a mais nas composições/produções, graças à um bem vindo aporte técnico. O disco sai mundialmente pela More Fuzz Records — selo da More Fuzz, um dos mais respeitados sites da cena de stoner-sludge global.

É como o João Yor (guitarra) explica: "As composições foram tomando forma naturalmente, basicamente no mesmo processo em que estávamos compondo na época do EP. A maior diferença entre os dois materiais foi o tempo disponível que a gente tinha e a qualidade dos recursos."

Com uma estrutura bem montada, composições com espaço para mais experimentos e improvisações, doses de hard rock, funk e blues embebidos em timbragens stoner, a Augustine Azul promove uma mescla de sons cheia de sentimento, versatilidade e criatividade, algo que sabemos ser difícil de alcançar, mas que após escutarmos o disco, parece fácil e óbvio, talvez por que o grupo não se deixou deslumbrar com equipamento foda e a possibilidade de infinitos retoques e artificializações.

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"Nós, especialmente no Lombramorfose, gravamos ao vivo na maior parte do material. Acho que isso contribui para que essa energia seja passada. Também prezamos muito em tocar exatamente o que podemos fazer ao vivo, sem nos apoiarmos tanto nas possibilidades que o registro multipista nos oferece", explicou o guitarra.

Saque o Lombramorfose em primeira mão e prepare-se para o baque:

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