Afrika Bambaataa. Crédito: Wiki CommonsAntigo executivo da indústria musical e ativista do Partido Democrático no Bronx, Ronald Savage publicou recentemente uma biografia em que afirma ter sido molestado em diveras ocasiões pelo fundador da Universal Zulu Nation e pioneiro do hip-hop Afrika Bambaataa. Nesta segunda (11), Savage deu mais detalhes da história que começou com a publicação do livro Impulse, Urges and Fantasies (Life Is a Bag of Mixed Emotions): The True Untold Story of Pioneer Hip Hop Artists Liaison Bee-Stinger numa longa entrevista concedida ao The New York Daily News. De acordo com Savage, Bambaataa abusou sexualmente dele nos anos 80, quando tinha 15 anos de idade, comentando que o evento lhe deixou como sequelas problemas com intimidade e pensamentos suicidas ao longo das últimas três décadas.“Quero que ele saiba o mal que me fez enquanto eu crescia”, disse Savages em uma das passagens da entrevista.Savage, que usava o nome artístico Bee-Stinger, se envolveu com a Zulu Nation de Bambaataa na adolescência. Ele vivia no Bronx e ajudou em muitos dos primeiros eventos de hip-hop – começou trabalhando como “caixoteiro”, que ajudava a carregar discos para diferentes locais – ao passo em que se tornava um dos membros mais proeminentes da cena. Savage diz que resolveu romper o silêncio agora porque espera que com a denúncia mude o prazo prescricional de crime em Nova York. Atualmente, se um abuso sexual ocorre com vítima menor de 18 anos, a mesma tem cinco anos após completar 18 anos para prestar queixa às autoridades. Savage crê que isto é injusto. “Demorei todos estes anos para falar sobre isso”, declara. “Me sentia constrangido, envergonhado”.A entrevista em vídeo postado abaixo é dureza. Savage afirma que Bambaataa abusou dele em cinco ocasiões diferentes, mas não havia contado a história para ninguém além de amigos e familiares próximos.Bambaataa não comentou publicamente a denúncia, mas sua advogada Vivian Kimi Tozaki divulgou nota sobre o livro de Savage na semana passada.“Declarações difamatórias foram publicadas de forma a ferir a reputação de meu cliente, diminuindo-o na estima da comunidade ao passo em que impede outros de associarem-se ou tratarem diretamente com ele. Tais declarações mostram desprezo pela verdade, publicadas com conhecimento de sua falsidade, por uma pessoa menos conhecida em busca de publicidade.”O caso está em andamento e atualizaremos a situação com a chegada de mais detalhes. Por enquanto, leia a matéria completa do The New York Daily News aqui.Tradução: Thiago “Índio” SilvaSiga o Noisey nas redes Facebook | Soundcloud | Twitter
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