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Música

O Primeiro Disco da Sara Não Tem Nome É uma Crise Existencial Indie Folk Adolescente

E foi masterizado pelo cara responsável pelas masters dos álbuns do Tame Impala.

Solidão, desilusões amorosas e conflito com os pais. Essas questões que (quase) todo adolescente passa são o mote do primeiro álbum da cantora mineira Sara Não Tem Nome, Ômega III, que você ouve com exclusividade aqui no Noisey.

A menina de 22 anos começou a compor quando tinha apenas 15, em Contagem, no interior de Minas Gerais. E ela quis exatamente fazer um resgate das suas primeiras canções, por isso o tema da adolescência se desenrola pelo disco inteiro. Mas não pense que isso faz dele um trabalho bobo. Muito pelo contrário. A Sara cresceu, teve bastante contato com arte (ela estuda Artes Visuais e começou sua residência artística no Red Bull Station, onde gravou o álbum) e conseguiu transformar todas suas inquietações juvenis em música boa.

Se tem uma coisa que ela conseguiu no Ômega III foi apresentar o cotidiano jovem de maneira irônica, non sense e bem niilista. Você vai se deparar com faixas inspiradas no Sérgio Sampaio, como Carne Vermelha, e também naquela dificuldade que todo mundo enfrenta de diferenciar "fome" de "vontade de comer", como Dias Difíceis. Tudo embalado pela sua voz fininha e batidas de indie folk à la Angel Olsen e Sharon Van Etten.

Dê aquela primeira conferida no álbum, masterizado por Rob Grant (que também fez as masters do Tame Impala e do Death Cab for Cutie), abaixo: