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Gravadoras derrubaram o maior site que convertia vídeos do YouTube em mp3

A indústria fonográfica não está feliz com as páginas que ajudam a baixar músicas de vídeos da internet. A mais popular delas acaba de rodar.

Se tem uma coisa que a indústria fonográfica já provou mais de uma vez é que ela tem advogados e não tem medo de usá-los se alguém ameaçar seus lucros. Foi o que se repetiu agora, em pleno 2017, na batalha judicial de gigantes do setor contra o alemão Philip Matesanz, criador do site YouTube to mp3 Converter, bastante popular por converter vídeos de streaming em arquivos de música. Na sentença dada há poucos dias, a Corte da Califórnia, nos EUA, determinou que Matesanz terá de entregar o domínio do site a uma das gravadoras e pagar multa não especificada.

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Entre os responsáveis pela ação movida em setembro de 2016, estão empresas como Sony e Warner. Ambas indicaram mais de 300 faixas que foram convertidas e baixadas pela plataforma. Conforme noticiado pelo site Torrent Freak, as principais acusações enfrentadas pelo autor do site eram várias formas de violação de direitos autorais por facilitar a praticar o que é chamado de "streamripping": basicamente, baixar o arquivo de áudio ou vídeo de uma mídia reproduzida via streaming.

As empresas também apontavam que o YouTube to MP3 era responsável por cerca de 40% de todo o volume de downloads feitos a partir de conteúdo exibido via streaming e que o site possuía por volta de 60 milhões de usuários únicos. Inicialmente a acusação pedia 150 mil dólares de multa, para cada uma das violações de direitos autorais. Em nota a RIAA (Recording Industry Association of America), acusou o site de lucrar milhões em propagandas expostas no site. Para a IFPI (International Federation of the Phonographic Industry), o download de via streaming forma de infração aos direitos autorais que mais cresceu no ano de 2016, e hoje preocupa mais do que sites que distribuem conteúdo pirata.

Alguns conversores, como o ClipConverter, para evitar este tipo de briga já identificam vídeos que contêm músicas e bloqueiam o download de seu arquivo de áudio. Crédito: Captura de tela

Não é a primeira vez que o YouTube to mp3 enfrenta pressões da indústria fonográfica, Matesanz e seu site foram ameaçados pela Google em 2012. Na época o dono do site moveu uma campanha na plataforma Change.org, que chegou a contar com mais de 4 milhões de assinaturas, cobrando uma posição da empresa a favor de terceiros utilizarem o conteúdo de seu site.

Embora a gigante da tecnologia não tenha saído da ameaça, o site perdeu outra batalha judicial em 2013 na corte de Hamburgo, na Alemanha. Na época, o site mantinha, além das conversões, os arquivos em um servidor para downloads futuros. Com a derrota e pagamento de multa, o site parou de manter os arquivos, mas continuou em operação. Até a conclusão deste texto o site ainda estava no ar, mas deve deixar de existir a qualquer momento.

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