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O homem que salvou seu iPhone de hackers foi preso pelos Emirados Árabes

Ahmed Mansoor salvou milhões de usuários do iPhone de um perigoso spyware. Se você se preocupa com sua privacidade e segurança, é hora de lutar para que ele seja solto.
Crédito: Martin Ennals Foundation

Esse artigo foi escrito pela Anistia Internacional e publicado pelo Motherboard.

Quando seu nome começou a circular pelo mundo tecnológico, o ativista Ahmed Mansoor já havia dedicado mais de uma década de sua vida à defesa dos direitos humanos em seu país natal, os Emirados Árabes Unidos (EAU).

Ano passado, uma série de mensagens suspeitas fizeram com que Mansoor, um poeta, blogueiro e ativista pelo direito à liberdade de expressão, chamasse a atenção da comunidade tecnológica. As mensagens, enviadas para seu iPhone 6 nos dias 10 e 11 de agosto de 2016, ofereciam "novas informações" sobre prisioneiros torturados em prisões dos Emirados Árabes, seguido de um link para um site desconhecido.

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Qualquer um poderia ter caído nessa armadilha. No entanto, Mansoor estava em constante estado de alerta — afinal, sua vida dependia disso. Ele já havia sido hackeado duas vezes pelo governo dos Emirados Árabes, e a vigilância sufocante a qual ele estava submetido já havia lhe rendido uma surra, um período na prisão e a proibição de deixar o país.

Desconfiado, Ahmed encaminhou as mensagens a especialistas em segurança, que em seguida enviaram à Apple uma lista de vulnerabilidades presentes no software do iPhone. A Apple corrigiu essas falhas imediatamente, e Ahmed ficou conhecido como o homem que ajudou a garantir a segurança de milhões de usuários do smartphone da companhia americana.

Nas palavras de Ronald Deibert, diretor do Citizen Lab, "sempre que você atualizar seu software, aproveite para agradecer ao ativista Ahmed Mansoor".

O spyware descoberto por Mansoor era tão elaborado e dispendioso que os pesquisadores do Citizen Lab apelidaram o ativista como "o dissidente de um milhão de dólares".

Leia o resto da reportagem em Motherboard.