2-0-1-6, um ano que para muitos parece não ter fim. Mas também foi mais um ano de luta LGBT. Na VICE Brasil publicamos matérias que mostram a um pouco da realidade da comunidade. Agora é hora de lembrar dos tombos e lacres de 2016, ano em que a discussão de identidade de gênero nunca esteve tão presente.Abre alas convidada da seleção olímpica brasileira na abertura dos jogos da Rio 2016, Lea T. nos conta como encara os desafios profissionais e como vive sua realidade sem deslumbre. A modelo transexual falou: "Parece repetitivo bater na mesma tecla das minorias, mas ainda morre muita gente pelo preconceito. Existe muita violência contra minorias! E a arte pode combater isso, ao tocar as pessoas."
Comunidade T: a vida, os direitos e a sociedade
Os tatuadores Lune Carvalho, Be Mosken e Jesse Rother. Foto: Felipe Larozza/ VICE.
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Sutiã, saia plissada e tênis surrado: assim se apresentam os três tatuadores transgêneros não-binários do Inkat Tattoo - o primeiro estúdio de tatuadores transgêneros não-binário brasileiro, que virou objeto de pauta da repórter Débora Lopes.Thaís de Azevedo, de 66 anos, é educadora socioeducativa do Centro de Referência da Diversidade, no centro de São Paulo. "A travesti é uma performance na cabeça das pessoas. Não há nada de estranho comigo. A única coisa estranha que há é o olhar ignorante das pessoas."A compositora trans norte-americana, Elysia Crampton falou abertamente para a repórter Amanda Nascimento do THUMP, o canal de música eletrônica da VICE, sobre como encara a indústria da música e encorajar a comunidade T através das suas experiências musicais.
O preconceito contra os LGBTT
Arte por Herbert Loureiro.A homofobia é apontada como uma das principais violências dentro do universo escolar. A editora Carla Castellotti foi atrás de pessoas - que se identificam como gays, lésbicas e de gênero fluído - que nos contaram sobre casos de homofobia que viveram em seus tempos de escola:Perguntamos até quando atletas, cartolas, torcedores e cronistas serão omissos e passarão pano para o preconceito contra LGBTs no esporte:Uma entrevista com o deputado federal e evangélico Victório Galli (PSC/MT) para entender um pouco do Projeto de Lei (PL) apresentado por ele na Câmara dos Deputados, com a intenção de criminalizar pessoas trans que utilizarem o banheiro público de acordo com seu gênero.No meio do ano, também rolou uma parada lá na Câmara, um iminente retrocesso, com a intenção de vetar o nome social para a comunidade trans, após a aprovação do decreto oficial que permite utilizar o nome social no serviço público, feito pela ex-presidente Dilma Rousseff.A noite paulistana perdeu um pouco de brilho quando a ativista trans Viviany Beleboni, aquela que apareceu "crucificada" na Parada LGBT de 2015, divulgou pelas redes sociais que a boate gay paulistana Cantho Club estava cobrando das mulheres transexuais e travestis quase o triplo do valor comum de uma entrada. Pode?O levantamento feito pela VICE apurando o número de pessoas T mortas em 2016.
As Paradas do Orgulho LGBT no país
Orgulho e ferveção cobrindo a orla de Boa Viagem na 15ª Parada da Diversidade em Recife. Foto: João Velozo/ VICE Brasil.
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As fotos ficaram ótimas em paradas do orgulho LGBT Brasil afora:No ano em que o índice de desempregados atingiu a média de 12% da população, a admissão dos LGBT, principalmente pessoas trans e travestis, no mercado de trabalho é escassa, uma realidade que os levam à informalidade e até a prostituição. Indo contra essa situação, o site Transerviços surgiu como uma opção para quem não possui qualificação para trabalhos que exigem experiência ou formação, mas que possuem aptidões e podem explorá-las.
LGBTT em arte, comunicação e inclusão
Uma das tiras de 'Transistorizada'. Crédito: Luiza Lemos/ Transistorizada.Alvo fácil para piadinhas e bullying pesado na infância, a historiadora e cartunista Luiza Lemos, mulher transexual, criou o HQ online Transistorizada, na qual retrata sua saída do armário.A repórter Marie Declercq fez uma matéria sobre o fanzine de nus masculinos Snaps, obra do peruano radicado no Brasil Gianfranco Briceño.O jornal 'Lampião da Esquina' incomodou muita gente e deu voz aos gays durante a ditadura militar, e dessa vez, um documentário revela a história desse ícone jornalístico.KCT ZINE retrata as safadezas e a libertinagem gay da cena noturna de São Paulo.Marie Declercq conversou com a travesti Amara Moura que narra sua vivência imersiva no mundo da prostituição.
Amanda Sparks sob o holoforte. Foto: Guilherme Santana/VICE
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