A Casa da Música invade a noite do Porto com música clássica

Na noite de 24 de Maio, às duas da manhã em ponto, a surpresa instalou-se na Rua da Galeria de Paris,

dos copos da noite portuense. Convidámos vários bares daquela rua a interromper os seus sets com a mesma malha de música clássica — tocada em simultâneo à hora de ponta da madrugada de sábado —, a bombar por toda a artéria, provocando estranheza, curiosidade e espanto (por esta ordem).

Não poderíamos, claro, deixar de agradecer a todos os que estiveram envolvidos: Momentum Crew, Alma, Café Au Lait, É Pra Poncha, Era Uma Vez em Paris, Galerias de Paris, La Bohème, More Club, Nasoni Guest Hostel e Plano B.

Depois, entraram em cena os Momentum Crew, o grupo de

b-boying

mais conhecido do país, a mandar grandes

moves

acrobáticos ao som de um medley de música clássica com 12 minutos — a música, quando é boa, não tem idades. Depois, choveram

stickers

. No fim do

happening

, captámos as reacções de alguma da malta presente. Mas podem ver isso tudo no vídeo aqui em baixo.

A festa segue no

Verão na Casa

da

Casa da Música

, o ciclo de programação especial que vai de 1 de Junho a 7 de Setembro, abrangendo mais de 70 concertos. Poderão seguir as acções da

Casa da Música

aqui na VICE,

na secção Classyc

.

Fotografia por Joana Fernandes

Quem disse que a música clássica não é para jovens? Quem disse que não se pode dançar a valsa de sapatilhas? Que uma orquestra tem de ser aborrecida ou que a ópera é para as elites? Esqueçam as ideias feitas: é tudo música. E a música é feita para ser ouvida em qualquer lado, por qualquer pessoa e em todas as situações.

A música clássica não são os brócolos do palato cultural, não pertence exclusivamente aos museus e aos filmes antigos — deve, como os outros géneros musicais, ser expressa através de emoções. A música clássica não é intocável, não é formal e não é bem-comportada. Também é pop, também é moderna, também é urbana. E é, sobretudo,

Classyc

.