João Victor Medeiros está apenas há três anos na ativa e já faz um belo trabalho retratando a cultura de diferentes comunidades em sua cidade, Juiz de Fora, e outros cantos do país. Ele próprio mineiro da periferia, do bairro de Santa Cândida, sabe captar a essência das pessoas, talvez, por já ter participado de coletivos de hip hop e pela sua proximidade com os movimentos negros e LGBTs.Suas fotos contrapõem com maturidade os 21 anos vividos. João revela que sua busca é a de contar as histórias dessas pessoas com dignidade. A frase de JR Ripper, “Desejo que queiram bem aos meus fotografados”, é o que define o trabalho dele. “Todo mundo é digno, mesmo no sofrimento ou na luta”, diz. “Quando retrato alguém, quero ser um elo entre o personagem e quem vê a foto, usar a fotografia como ferramenta da mudança que busco para mim e pro outro.”
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Em 2017, João Victor iniciou um projeto sobre feiras livres, selecionado para participar da mostra The Other Art deste ano, em Chicago. A The Other Art é uma convenção de arte internacional dedicada a promover artistas emergentes aos circuitos de grandes museus e galerias. Só falta a grana para que ele possa chegar até lá. No intuito de arrecadá-la, o artista pede a nossa ajuda. Ele criou um esquema de financiamento coletivo no Vakinha, onde vende, por meio de rifa, sua agenda a preços promocionais para trampos de foto e vídeo, e algumas obras. Ele também busca patrocínio de instituições e outros artistas.“Curadores de grandes museus como o MoMA vão à The Other Art Fair buscar novos artistas. Isso seria um ótimo começo de carreira na fotografia, possibilitando que eu me estabilize e possa realizar algumas metas, como uma escola de fotografia e formação do olhar na minha comunidade – para que mais pessoas de periferia consigam contar suas próprias histórias”, declara o fotógrafo.Conheça o trabalho de João Victor Medeiros na seleção de imagens abaixo:
