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Música

O Tom Gangue Faz o Indie Rock Suburbano Tímido e Saudoso que Nunca Vivi ou Evitei Viver

Essa guitarrinha suingada é um verdadeiro redemoinho de passado, presente e futuro que só dá bom.

No município de Queimados, no Rio de Janeiro, nasceu o Tom Gangue, uma banda de roque tímido, suburbano e nostálgico, que lembra aqueles tempos de cartas de amor, telefonemas apaixonados e bandas de garagem tocando músicas sentimentais. Uma atmosfera meio Confissões de Adolescente, que tem cheiro de paixão não correspondida pela garota mais bonita da escola.

Em março, eles lançaram seu primeiro EP, Pra Praticar, que pode ser ouvido na íntegra em algum lugar deste texto. São cinco faixas impressionantemente simples e animadas, com uma melodia tão harmoniosa que sacode qualquer festinha de bairro. Quer um exemplo visual? O clipe do primeiro trabalho da banda, “Sempre Espero”, combina uma guitarrinha suingada com cenas de festas animadíssimas em VHS. É o puro creme da vibe nostálgico-futurista dos dias de hoje. Um verdadeiro redemoinho de passado, presente e futuro que só dá bom.

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Tom Gangue é formada por Bernardo Cunha, Daniel de Moraes, Fábio Baltar e Gabriel Otero, que tocam juntos desde 2012. E, se a idade dos meninos varia entre 17 e 21 anos, faça as contas da faixa etária deles quando começaram a compor: “Eu e o Daniel saímos de uma banda cover de hard rock pra tocar algo que tivesse mais a ver com a gente, aí chamamos o Fábio e o Bernardo, que estudavam no mesmo colégio do Daniel”, me disse Gabriel, o baixista, por Facebook.

Chega a ser poética a naturalidade com que suas letras tratam do cotidiano de jovens naturais de uma cidade pequena. “[…]Não dá nem pra se iludir com as belas meninas que te maltratam só pra todo mundo rir, e eu não me sinto à vontade[…]”, é o que diz a honesta “Não Me Sinto À Vontade”, uma prova de que o tempo passa e certas coisas nunca mudam.

Segundo Gabriel, as influências do Tom Gangue variam de “bandas mais atuais, como Colombia Coffee, Rockz, Monno, The Cribs, The Strokes, Two Door Cinema Club e The Subways”, o que é curioso, já que o som se assemelha muito ao que tocava na época em que eles estavam apenas engatinhando: “Já comentaram que a gente parecia Barão Vermelho e acho que talvez tenha um pouco sim. Já tocamos cover do Lobão, também”.

Os hobbies dos rapazes podem dar inveja a quem não aguenta mais o caos metropolitano. “O que nós basicamente fazemos no tempo livre, é ensaiar, jogar futebol na vila olímpica, e ir matar o tempo na casa de alguém ou alguma lanchonete”. Vida de moleque é vida boa, vida de menino é maluquinha.

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