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Música

Exclusivo! No mundo dos Birds Are Indie podes dançar como se ninguém estivesse a ver

"Messing With Your Mind", segundo single do quarto álbum da banda de Coimbra, "Local Affairs", é uma canção perfeita. Ponto final, sem direito a contraditório.

Num Mundo perfeito, os Birds Are Indie seriam uma banda adorada por milhares. No meu mundo, são uma daquelas bandas que se mantêm em segredo e se partilham com cautela absoluta. Queremo-los impolutos, nossos, sem opiniões de terceiros que já sabemos que vão descambar no clássico "lá estás tu com as pandeiretas às flores" e coisas do género que qualquer fã dos Belle and Sebastian se habituou a ouvir ao longo das últimas duas décadas e picos.

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Vão-se foder. Já dei para esse peditório. Eu gosto é de canções e os Birds Are Indie são uma banda de canções perfeitas, desenhadas em formato pop, com dança na anca, melodias sonhadoras e refrães para cantar em uníssono. Canções. Na linhagem dos escoceses atrás referidos, mas também de uns por cá pouco ou nada idolatrados Ladybug Transistor, ou, claro, dos Smiths. Canções que contam a vida, o amor e coisas que tais. Aquilo que importa, na verdade.

Não é por acaso que o trio de Coimbra tem uma importante legião de seguidores em Espanha, país onde a música que fazem é devidamente apreciada e entendida e onde Local Affairs (Lux Records) - álbum de onde é retirado este segundo single e teledisco que mostramos acima, "Messing With Your Mind" - será apresentado em cinco cidades, entre 19 e 23 de Julho, no âmbito de uma série de concertos, cujo primeiro momento ocorre já no dia 15 de Junho, com um showcase na FNAC do Colombo, em Lisboa e que terá um dos seus pontos altos no dia 23, no Teatro da Cerca de São Bernardo, em Coimbra, onde o ano passado celebraram sete anos de existência e este disco começou a ganhar forma.

Nesta "Messing With Your Mind" - como, aliás, em todo o álbum - restam poucas dúvidas que o plano que Joana Corker, Ricardo Jerónimo e Henrique Toscano começaram a traçar em 2010 chegou agora ao tal ponto de perfeição que sempre tentaram alcançar, consiente ou inconscientemente. Melodias contagiantes, sol a rodos, gente a dançar na relva, um Verão impossivelmente pop, baixo pulsante, teclados viciantes e as guitarras a levarem-nos às cavalitas por uma vida que não existe para lá destas canções. Não queremos sair daqui. Podemos ficar?


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