O tipo que saltou da estratosfera estava a pensar em mamas

O Felix Baumgartner, o austríaco mais conhecido do mundo desde 1939, fez história e bateu recordes quando, no início da semana passada, se atirou num mergulho de 39 quilómetros. Foi o primeiro humano a bater a velocidade do som sem propulsão. A queda durou quase cinco minutos e deixou meio mundo sem respiração, enquanto aquele pontinho branco deslizava até ao chão, primeiro em queda livre e depois com o apoio de um pára-quedas. Pousou os pés e aterrou. Depois ajoelhou-se e ergueu os braços — tinha conseguido. Estivemos à conversa com o Felix após esse momento histórico. VICE: Parabéns, Felix! Saltaste mesmo lá de cima, de onde se vê a curvatura da Terra, e caíste à velocidade do som. Aliás: 1,24 vezes mais rápido do que o som. Em que é que estavas a pensar enquanto caías?
Felix Baumgartner: Para ser sincero contigo, só conseguia pensar em mamas. No outro dia, na praia, vi uma miúda com o maior peito de sempre. Sei que devia sentir-me humilde e nervoso, ali em cima, prestes a cair à velocidade do som, mas, depois de me lembrar daquelas mamas, nunca mais me saíram da cabeça. Eram incríveis. Devia ter pensado em algo mais nobre, uma águia, por exemplo. Mas as mamas daquela rapariga… Era enormes. Tinha um parque de diversões no peito. Desculpa, mãe. Passando à frente. Quando saltaste, tiveste medo? Tudo aquilo parecia muito assustador a quem estava a ver em casa, sobretudo quando andaste aos trambolhões.
Nem por isso. Só estava a pensar nas tais mamas. Foi, basicamente, mamas a viagem toda. Não era essa a minha ideia, quem me dera ter pensado numa águia. O que é que esperas que as pessoas aprendam com o teu salto e respectivos recordes?
Espero que inspire uma geração. A fazer o quê?
Não sei bem, ainda não pensei nisso. A saltar de sítios mesmo altos? Mas este salto muda alguma coisa? Há alguma verba para as crianças pobres ou assim?
Boa pergunta. Não faço ideia. Acho que não. Talvez dê esperança às pessoas. Esperança no quê?
Não sei.