Nata de Lima​, vocalista do Manger Cadavre?, no festival Setembro Negro em 2018
Nata de Lima, vocalista do Manger Cadavre?, na edição de 2018. Foto: Luciano Piantonni/Divulgação

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Setembro Negro Festival vai reunir a nata do metal extremo mundial em São Paulo

Com mais dias e bandas, 13ª edição do evento vai além do black/death metal com nomes como Vomitory, Rotten Sound, Full of Hell, Incantation, Monolord e Midnight.

Criado no já longínquo ano de 2002, quando contou com o Hate Eternal como headliner, o Setembro Negro voltou à ativa no ano passado depois de um longo hiato entre 2013 e 2017. E há algumas semanas, ainda antes de janeiro acabar, o festival surpreendeu muita gente ao revelar a sua edição 2019, que terá ainda mais dias e bandas do que no ano passado.

Se o retorno em 2018, com dois dias e um total de 16 artistas, incluindo At the Gates, Coven, Wolfbrigade, Razor e Taake, já tinha causado muito barulho — e um pouco de polêmica, no caso do último nome — o Setembro Negro 2019 tem tudo para ser o maior e mais intenso da sua longa história, que já recebeu grupos como Morbid Angel, Autopsy, Enthroned, Belphegor, Gorgoroth, Sadus, Dark Funeral e Dissection.

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Cartaz da primeira edição do Setembro Negro Fest com o Hate Eternal de headliner.

Isso porque um total de 23 artistas subirão ao palco do Carioca Club, em São Paulo, entre os próximos dias 6 e 8 de setembro, no que promete ser um final de semana inesquecível (e infernal, no melhor dos sentidos) para os fãs de metal extremo no Brasil. Enquanto em 2018 foram 10 artistas internacionais e 6 nacionais, neste ano serão 17 bandas internacionais e 6 nacionais.

E esse crescimento todo acontece mesmo em meio à persistente crise econômica enfrentada pelo país e à presença cada vez maior do conservadorismo na política e na sociedade brasileira como um todo. “Somos uma cultura que nunca dependeu do ‘mainstream’, nem da igreja, nem da política, nem da economia do país ou de setores conservadores”, afirma Edu Lane, da Tumba Productions, que é responsável pelo festival.

Seguindo os passos de 2018, a variada (e, até certo ponto, ousada) escalação de 2019 contempla os mais variados gêneros e subgêneros do metal, abrindo espaço tanto para veteranos como Incantation, Cirith Ungol, Vomitory, Gorgasm e Rotten Sound, quanto para nomes mais recentes, casos de Full of Hell, UADA, Midnight e Monolord.

“Foi uma evolução natural após o hiato de cinco anos. De fato, desde a primeira até a décima primeira edição, o festival foi mais focado no black e no death metal. Quando retornamos no ano passado, sabíamos que era necessária essa evolução e optamos por não mais limitar o evento a apenas duas vertentes da música extrema e sim abranger todas as vertentes/estilos. Essa segmentação de estilos/públicos só enfraquece o movimento, a nossa cultura”, aponta o responsável pela Tumba.

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Cartaz da edição de 2019 do Setembro Negro Fest. Foto: Reprodução

Cartaz da edição de 2019 do Setembro Negro Fest. Foto: Reprodução

Para além de ampliar os dias e o tamanho do lineup, o Setembro Negro 2019 também buscou melhorar alguns pontos específicos em relação à edição passada. Se em 2018 o festival aconteceu no fim de setembro, logo antes das eleições, desta vez será realizado no primeiro final de semana do mês (ainda que o feriado de 7 de setembro caia em um sábado). Além disso, a divulgação do cartaz e o início da venda dos ingressos foi feita com maior antecedência.

“Ano passado saímos atrasados e tivemos que nos contentar com o único final de semana disponível, que era o do fim do mês. Além disso, o mês de setembro em SP foi repleto de shows e festivais, que saíram na frente da gente também na divulgação. Como você mencionou, o evento foi no último final de semana antes das eleições… E ainda houve uma grande passeata no sábado (29/9), nos arredores do local onde é realizado o evento, então houve o fechamento de várias vias da região por diversas horas. Essa combinação toda gerou um impacto nas vendas de ingressos. A lição foi aprendida e para a edição deste ano fizemos as alterações e correções necessárias para um melhor funcionamento do festival”, explica Edu.

Apesar dos percalços, o produtor revela que já trabalhando na próxima edição do Setembro Negro e faz planos para um futuro ainda mais próspero para o evento. “Acredito que estamos no caminho certo para a solidificação do festival. Estamos sempre buscando a excelência em todos os sentidos e também evoluir sem deixar de ser fiel à nossa proposta, aos nossos ideais e à nossa cultura. Que o futuro nos traga várias, e cada vez melhores, edições.”

Serviço

Setembro Negro Fest 13ª edição
Dias 6, 7 e 8 de setembro
Carioca Club
Rua Cardeal Arcoverde, 2899 - Pinheiros - São Paulo
Ingressos https://www2.clubedoingresso.com/evento/setembronegro

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