A periferia também é trans
Todas as fotos por Júlio César.

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Identidade

A periferia também é trans

Fervo, luta, arte e discussões políticas LGBTQIA+ no Grajaú, em São Paulo.

Ao perceber que os encontros e discussões de temática LGBTQIA+ e a sensação de liberdade só se encontravam nas bandas do Centro de São Paulo, ou no entorno de seus bairros nobres, o ator Bruno César, mais conhecido como Brunette, resolveu que era hora da periferia receber seus pródigos LGBTs. E assim nasceu o Periferia Trans, reunindo durante um mês saraus, encontros de ações estéticas e políticas.

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Pensar no recorte trans, de classe e de raça como uma possibilidade de outras existências deu vida ao evento cultural. "Essas pessoas representam um suspiro de mudança social, são potência! E nesse sentido, pensar a arte e o teatro através dessas existências é também pensar uma arte em potência", explica Brunette.

O ator comenta que a luta em manter o projeto e levar a outras periferias consiste em arranjar uma verba decente que mantenha a equipe e dê ao festival o brilho que ele merece. Brunette menciona que os equipamentos públicos não estão muito afim de pautar essas questões por conta do medo da moral e bons costumes que as instituições têm. "Somente ações independentes e autônomas podem dar conta da discussão da sexualidade atual. E nosso festival caminha por essa estrada."

Acompanhe o Periferia Trans pelo Facebook e saque lindas imagens da última edição do festival feitas pelo fotógrafo Júlio César.

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