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Um papo com Oz Guarani, o primeiro grupo indígena de rap de São Paulo

Inspirados por Racionais MC’s e Sabotage, o trio Jefinho, Mano Glowers e Vlad Macena se aproximou durante protestos contra a reintegração das aldeias Tekoa Pyau e Tekoa Ytu, no Jaraguá.

No último mês, visitei as aldeias Tekoa Pyau e Tekoa Ytu, ambas comunidades indígenas localizadas no Jaraguá, zona oeste de São Paulo. As aldeias de lá abrigam mais de 200 famílias, que moram em casas bem simples, de pau a pique ou cimento. Lá, a comunidade indígena se assemelha a muitas outras comunidades em que estive. Crianças brincam e dividem o espaço com inúmeros cachorros. Velhos, jovens e crianças conversam descontraídos, quase nem sempre se importando com quem passa à sua frente. Mas sempre tem aquele funk ou hip-hop tocando em um celular na esquina.

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Outras semelhanças vão aparecendo e logo penso que esta poderia também ser a minha comunidade. Fico pensando, talvez exista algo incomum nesta aldeia em relação ao local em que vivi durante certo tempo da minha vida? Logo percebo que sim: São os índios. Somos diferentes, eu sei, mas nem por isso eu vou deixar de me sentir próximos a eles. Foi seguindo este pensamento que fui novamente às aldeias na última semana para conversar com os índios e saber um pouco mais sobre o cotidiano de lá. Para me ajudar nessa conversa conheci dois jovens, Jefinho e Mano Glowers, moradores e cantores de rap da região. Eles fazem parte de um dos primeiros grupos de rap indígena de São Paulo. Eles são o Oz Guarani.

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