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Música

De Ibiza ao Trance ao Superstar DJ: Papa Sven Väth Vem aí (de Novo)

O pai da trance music volta para o Brasil com um set épico de seis horas.

Sven Väth é um desses DJs que estão praticamente batendo cartão no Brasil. E isso não é uma coisa ruim, afinal ele é um cara foda. A primeira vez que eu ouvi falar dele foi quando eu vi esse clipe, lá no longínquo ano de 1997. Esse som fazia parte da onda trance que, naquela época, estava saindo da bolha underground e atingindo um público mais mainstream. Noites dedicadas ao estilo começaram a pipocar em clubes limpinhos de São Paulo e, com a difusão do estilo, logo o público começou a se interessar em DJs renomados. Entre eles, Sven Väth, um dos pioneiros do gênero.

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Mas o que o povo talvez não soubesse com tanta clareza naquela época é que o Sven Väth não é só um dos pais do trance, ele teve papel na origem do techno, no desenvolvimento da cena clubber mundial e até na cultura dos DJ-Superstars. Afinal, é impossível não comparar sua legião de fãs com a dos DJs de multidões como Fatboy Slim e seus sucessores fanfarrões.

Enfim, o Väth tem uma carreira legal. Impulsionado por seu primeiro verão passado em Ibiza, em 1980, ele começou a discotecar logo no ano seguinte. Alguns anos depois lançou suas próprias produções - algo incomum para DJs da época. E em 1987 ele estourou na Europa com a música “Electrica Salsa”, lançada sob o acrônimo OFF. Neste mesmo ano veio fazer uma turnê na América do Sul. Ficamos curiosíssimos pra saber como foi esse rolê, mas infelizmente não conseguimos arrancar muitas palavras do Papa Sven (como ele é carinhosamente chamado por seus fãs). Então conversamos com ele sobre sua apresentação na Clash neste sábado (29) em São Paulo. Confira abaixo nosso bate-papo.

Noisey: Você está vindo para uma apresentação de seis horas, neste sábado. O que você espera que seja diferente nesta apresentação?
Sven Väth: São Paulo é a cidade de vários amigos, fãs e é o principal centro cultural do Brasil. Então todo ano é diferente de um jeito subjetivo e especial. Mas que no final sempre se resume a reunir as pessoas e curtir um momento mágico através da música. E também é minha estreia no Clash, estou curioso pra ver como vai ser.

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Você planeja antecipadamente os seus sets ou você vai fazendo na hora?
Eu faço minha lição de casa antes de me apresentar. O que significa que eu ouço novos discos, vou a lojas de discos e converso sobre música. O mais importante para o meu trabalho é selecionar, e isso significa ouvir música e decidir qual faixa vou levar no meu case. Você não deveria subestimar isso! Eu não sigo as paradas, seja as do Beatport ou as de outros DJs. Eu opto por ser totalmente livre, e escolho eu mesmo quais discos vão comigo. Quando estou discotecando, posso fazer o que eu bem entender, devido à essa grande base de fãs que confiam muito em mim. E uma das minhas melhores habilidades é a minha capacidade de improvisar. Eu sempre toco diferente também. Pode ser um grande evento, um clube pequeno ou até um open air - pode ser Ibiza ou Japão. Inicialmente eu testo um clima com a minha música e aí eu começo a me deixar ser guiado. E a maior parte das vezes o público vem junto, curioso para ver onde vai dar. É isso que torna a coisa toda tão incrível.

O que as pessoas podem esperar para essa apresentação?
Uma longa jornada de novas músicas e energia intensa que vai conectar todo mundo na pista.

Você tem tocado com frequência no Brasil nos últimos anos. Você pôde observar o crescimento da cena da música eletrônica, como você vê esse desenvolvimento?
Eu tenho vindo ao Brasil há mais ou menos uns 10 anos. E eu só tenho visto a cena crescer de uma maneira positiva. Com novos eventos, novos clubes e, principalmente, novos fãs colando comigo ano após ano. O Brasil é definitivamente um lugar especial que está seguindo a cena mundial da cultura clubber, com o seu público diverso e com esse toque único. Acredito que o Brasil seja famoso por isso, não é?! :)

Quais são seus próximos projetos para este ano?
Turnê mundial, a temporada em Ibiza da Cocoon, Time Warp especial de 20 anos, festivais, viagens, diversos eventos Cocoon pelo mundo, ocupado, ocupado, ocupado…

Beleza, agora é preparar o tênis, meninas: nada de salto alto e presenciar o set que é sempre épico desse clássico. Se liga nas infos:

Circuito apresenta Sven Väth - All Night Long
DJs: Sven Väth e Eli Iwasa
Local: Clash Club - Rua Barra Funda, 969 - Barra Funda - São Paulo/SP
Data: 29 de março (sábado) Preço:
Primeiro Lote:
Mulheres • R$ 40,00 (entrada)
Homens • R$ 80,00 (entrada)

Segundo Lote:
Mulheres • R$ 50,00 (entrada)
Homens • R$ 100,00 (entrada)
Ingresso Antecipado Online