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Música

Ouça e Baixe ‘Hard Vanilla’, o Álbum Curto e Grosso do Afro Hooligans

Quebrei o cabaço dos meus ouvidos com o disco de eletrônica experimental mais tr00 que eu já ouvi

Caiu no meu colo o Hard Vanilla, do Afro Hooligans. Eu não conhecia. É um projeto de música eletrônica experimental bem louco, feito pelo Marcos Felinto, do Noala, Everton Andrade, do Verterah, e o Guilherme Henrique, do Paralyzed Blind Boy. Fiquei pasmo.

Troquei uma ideia com o Marcos Felinto e ele me explicou que o álbum é uma tentativa de unir elementos sintéticos e orgânicos. O peso do disco bate já no começo, o que a gente acaba esperando desses headbangers sujos. Pro Felinto, gênero pouco importa: “a idéia é procurar fazer texturas diferentes, mas com uma vibe comum. Frequência é um bagulho físico, não é o gênero que manda, mas a frequência. Som é som.”

O lançamento é recente, mas as músicas, nem tanto: “Falhamos no período e encalhamos as músicas. Acabamos tomando essa forma atualmente e elas voltaram a fazer um puta sentido, por isso resolvemos soltá-las… Compor é um lance bem difícil e talvez estas duas velhas tenham um frescor mais Afro Hooligans do que coisas que compus recentemente. Soltamos agora para voltarmos para o útero da coisa toda”.

O “disco” conta com apenas duas faixas: “The Date…or Sex Works” e “Throne of Vulvas” (minha preferida). Um desavisado pode chorar “mas sóóó?”, porém o Felinto explica: “é um feliz expurgo de dois bons sons. Não daria para colocar mais coisas porque ali tem um lance muito fechado, as letras, a época e o modo de compor”.

Os caras estão empolgados e o Afro Hooligans não para por aí: “estamos estragando mais sons, limpando outros, temos material para mais dois discos pelo menos… falta apenas encontrarmos as melhores formas de executá-los, no ultimo ensaio discutimos a seleção de sons para o próximo disco”. Que bom!