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Música

Zine é Compromisso: Revelações Abissais, 'O Arauto da Má Notícia'

A publicação independente dedicada à música e filosofia black metal chega à quarta edição

Ainda hoje, em plena era da informação, o black metal é um gênero pouco compreendido até mesmo por uma galera que curte metal. Lamentavelmente não é difícil encontrar bandas que se escoram no black metal de forma leviana e às vezes até cômica, desviando a atitude transgressora desta subcultura para um tipo de alegoria meramente teatral, infantil e amadora. E é aí que entra a relevância do fanzine Revelações Abissais, uma publicação anual de altíssima qualidade, tanto gráfica como em conteúdo, que há seis anos vem descortinando o satanismo e as bandas deste universo com autoridade e conhecimento de causa.

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Naturalmente que a música está no epicentro da iniciativa, mas não se trata de um zine que cobre notícias quentes. Aqui, o foco dos editores é na cultura e na filosofia que rondam as temáticas caras ao estilo. Portanto, numa edição do R.A.Z., você vai ler entrevistas com músicos, mas também artigos sobre cinema, literatura, biografias, enfim, coisas do repertório obscuro que vão além de informar qual banda está pra lançar álbum ou diários de turnê. O zine é produto do esforço da dupla Karmaggedom Goat e Malphas, respectivamente vocalista e baterista do Grotesque Communion, de Londrina.

Eu acho style que cada edição traz uma espécie de frase de efeito na capa, que introduz o clima sombrio com o qual vamos nos deparar no porvir das negras e malditas páginas. O atual quarto número vem com o escrito "O arauto da má notícia". Nos anteriores os dizerem eram: "O início da posessão" (#1), "A conjuração continua" (#2) e "Os pesadelos da terceira revelação" (#3). Isso me remeteu aos nove círculos infernais elencados n'O Manual do Satanista, de Morbitvs Vividvs.

É bem verdade que começamos esta série Zine é Compromisso na missão de documentar os fanzines musicais que contribuíram para firmar as bases do underground nacional desde meados dos anos 1980 até a virada dos 2000. E continuaremos revelando as idealistas histórias por trás das publicações independentes daquele período. Mas, aos poucos, a gente vem observando uma animadora safra de editores que voltam a apostar na plataforma impressa para espalhar informação musical, para além do suporte para experimentalismos artsy e HQs putanheiras. Então, achamos digno registrar e divulgar a peleja desses bravos que teimam em nadar contra a correnteza.

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A entrevista a seguir foi concedida pelo Diego Rodrigues, que é o verdadeiro nome do Malphas. Acompanhe:

Revelações Abissais é um fanzine ou uma revista independente? Como você o define?

Um fanzine. O material tem, sim, alguns traços que podem caracterizar nosso trabalho como uma revista independente, a exemplo de alguns anúncios ou a qualidade da impressão. Mas o conteúdo é o que importa e acho que o que é exposto, pelo menos nas entrevistas, relaciona-se muito mais com nossa visão pessoal sobre o que merece atenção no meio black metal do que uma simples revisão do que está acontecendo em determinada cena musical, como as revistas geralmente fazem. O R.A.Z. traz muitas opiniões nossas em meio às entrevistas e reviews, às vezes relacionadas a algo mais abrangente do que apenas o material ou banda em questão. Então, acho que há mais expressões pessoais sobre um determinado assunto do que puro serviço informativo, é o nosso registro sobre algo que nos influencia. Eu ainda opto por sermos classificados como fanzine, mas sinceramente não é uma questão que me incomoda muito.

Existe uma equipe por trás da confecção da publicação? Como funciona isso no caso do R.A.Z.?

Não necessariamente, somos apenas eu e K.G. no que diz respeito ao conteúdo. Nós dividimos tudo no que diz respeito aos materiais que recebemos para reviews, mais o que compramos e que achamos conveniente comentar, e decidimos juntos que bandas gostaríamos de entrevistar, matérias, etc. É algo saudável no processo de produção, já que estamos sempre discutindo conteúdos novos e questionando o que chega para nós. A arte gráfica já é outra história. Fizemos as três primeiras edições com o Saulo Marlier, que é designer gráfico, mas também toca em bandas de metal, e a nova edição com o Wlad Hades, da Adversus Humanitas Uncreations e vocal/guitarra do Vulturine, banda que também já entrevistamos no zine. Mesmo trabalhando com outras pessoas, a arte sempre tem muitas sugestões nossas, mas fizemos questão de trabalhar com pessoas que têm um envolvimento com o conteúdo apresentado e as deixamos livres pra criar algo que nos surpreendesse e revelasse outros sentidos em nosso trabalho. Houve participações do próprio Wlad, do Clay Schulze (Battle Zine) e do Alisson Couto, em três entrevistas e uma matéria, mas não há uma equipe estabelecida. Já pensamos nisso em relação a um suporte digital para o zine, aí sim teríamos que convidar outras pessoas para participar.

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Em quais publicações, daqui ou de fora, vocês se basearam para definir a tônica, a estética e a abordagem do R.A.?

A primeira edição teve o formato inspirado em uma edição do Alerta Subterrânea Zine, da Bolívia, mas apenas o formato. Na segunda edição, mudamos para o formato atual. Mas em termos de conteúdo não posso dizer que houve influência de um zine em especial. Acho que após anos em contato com muitos materiais, acabamos tentando fazer algo com a nossa cara e, aos poucos, fomos achando o que gostamos de escrever e como aprimorar ou criar novas seções. As capas, os títulos, a estrutura das entrevistas, o distanciamento do modelo old school presente nos zines na América do Sul em geral, tudo isso diverge dos outros materiais sendo produzidos ao nosso redor. Sem dúvida, há zines que impressionam para o bem e para o mal, mas se eu for citar um fato curioso, posso dizer que ficamos realmente surpresos ao pegar o Escritas do Subsolo, de Portugal, e perceber que o zine tinha uma semelhança inacreditável com nosso material em todos os aspectos, exceto o fato de que o Escritas do Subsolo é todo em inglês, visando uma melhor distribuição na Europa. Com o tempo fomos acrescentando matérias diferentes, que cada vez mais se distanciam de tudo que vemos no Brasil, uma vez que achamos 90% dos zines de metal nacional extremamente desinteressantes, previsíveis e tendenciosos.

Então vocês acham que rola uma carência na cena metal nacional na cobertura de gêneros como o black metal e a música extrema? De fato, existe ou já existiu algum veículo em banca que, na sua opinião, já tenha feito um bom trabalho na cobertura dessas vertentes? A Rock Brigade e a Valhalla já fizeram alguma coisa nesse sentido, mas nunca pareceram realmente tratar desse cenário de modo apropriado…

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Talvez tenhamos começado pensando muito menor que isso. Nosso desejo era apenas contribuir para a informação ao nosso redor e divulgar bandas que respeitávamos e nos identificávamos pela atmosfera que criavam. De certa forma esse ainda é um dos pilares do zine até os dias de hoje. Chegamos a fazer um zine que (ainda) nunca foi lançado, que hoje chamamos de edição #0, e somente após alguns bons anos resolvemos retomar o zine e lançar uma edição de forma decente, que nos proporcionou uma distribuição em diversas partes do Brasil. Quanto às outras publicações, existiu A Obscura Arte, que era uma revista da Evil Horde Records. Eles chegaram a dez ou mais edições (realmente não me lembro quando foi que pararam) e tinham uma distribuição muito melhor que a nossa devido à ligação com o selo, que era extremamente forte na época. Mas não estavam em bancas, enfim, por razões óbvias. Porém, enquanto eles sempre focaram em tudo que eles mesmos lançavam ou as bandas mais faladas da época, nós temos outros critérios. Publicamos desde bandas relativamente grandes a extremamente desconhecidas em nossas entrevistas e acho isso importante, já que nossa publicação é mais voltada pra uma expressão de arte e seus valores do que pra uma cena em particular. A Rock Brigade, a Valhalla e também a Roadie Crew são vítimas de crítica barata no meio black metal justamente porque não se aprofundaram no assunto e abrangem outros subgêneros do metal, mas pessoalmente acho que eles têm seu valor e trilharam caminhos muito mais promissores do que muitos zines que tentam se escorar nessas críticas. A questão é que black metal, na minha opinião, não tem relação nenhuma com essa febre de avaliação tecnicista da música. Os melhores discos de black metal são simples e carregados de feeling, e muitas vezes isto escapa a alguns críticos em revistas que trabalham com um grupo maior de pessoas, tentando abraçar o mundo do metal como se todos seus subgêneros devessem ser vistos pela mesma perspectiva. Mas eu jamais crucificaria publicações com anos de existência e número de edições superiores à minha, porque nós e nossos bolsos sabem bem o quanto é difícil manter uma publicação como essa no Brasil.

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Qual é o seu envolvimento com a cena? Você já participou ou participa de outros projetos, bandas, organização de shows/tour de metal no país?

Cena é uma palavra que inspira diversas reações no meio metal hoje em dia. Particularmente, hoje eu a uso apenas pra determinar os indivíduos ativos neste meio musical, mas confesso que quanto mais o tempo passa e eu me expresso através de zines ou bandas, menos eu me sinto parte de uma cena. Além do zine, eu e K.G. tocamos em uma banda chamada Grotesque Communion, e eu toco também em outra banda, Pactum, e em um projeto de estúdio chamado Natimorto. Quando digo que me sinto distante, é porque não me identifico com inúmeras posturas consideradas necessárias na cabeça de pessoas que não fazem ideia do que é ter uma banda, um zine, organizar um show ou ter um selo/distro. E isso inclui pessoas que tentam, mas ainda parecem não fazer ideia do que estão fazendo. O profissionalismo no Brasil é visto como comercialismo, a sinceridade na crítica é vista como inveja, e um vazio ideológico que se baseia em regras paralelas às regras que já nos são impostas por uma sociedade extremamente cristã e moralista reina em grande parte da dita “cena”. Tenho um zine e bandas cujos lançamentos jamais serão privados por mim de motivar alguém a se interessar pelo que temos a dizer, mas minha ligação pessoal com os envolvidos no black metal se restringe a uma pequena parcela de pessoas com as quais me identifico e/ou mantenho próximas para movimentação de materiais tanto meu quanto deles. No Brasil é bem comum ouvir pessoas dizendo que você DEVE APOIAR A CENA. Eu gostaria de perguntar a estas pessoas o critério de apoio deles. Para as distros, apoiar a cena é comprar materiais; para os organizadores, apoiar é ir aos shows; para as bandas, apoiar é demonstrar algum tipo de apreciação ao trabalho dos músicos, mesmo que não tenha gostado tanto assim; e assim por diante, essa troca de interesses toma como eufemismo o termo CENA. Não sei realmente até que ponto precisamos nos enganar com isso. Se a tal cena realmente depender de uma identificação ideológica, a que eu faço parte deve ter umas dez pessoas.

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A que tipo de música e ideias precisamente o R.A.Z. mais dedica espaço? Você acha que a crítica musical para esse tipo de som se perde muito em abstrações vazias, às vezes, não abordando de modo honesto ou numa pegada "papo-reto" a produção atual ou mesmo os clássicos do gênero?

Sim, concordo em boa parte com o que você afirma. As abstrações vazias talvez ocorram porque um zine de metal, e no caso do Brasil, muitas distros, são feitos por pessoas que não conseguiram trilhar um caminho com uma banda. Porra, duvido que me provem o contrário: é uma cena musical, ideológica, defendida por uma postura obsessivamente passional por grande parte do público, todo mundo quis em algum momento ter uma banda! Mas alguns descobrem o talento pra escrever ou a falta de talento pra tocar muito cedo e optam pelos zines ou outras atividades que correm em paralelo à música, mas ainda assim, dependem dela. O que me incomoda é que pessoas sem o menor talento pra música, às vezes até pra escutar e conhecer algo diferente, tendem a ser extremamente críticas em relação à diversidade e, muitas vezes, criticam tudo que escapa a seu escopo limitado de influências. Será que essas pessoas estão preparadas pra dizer que o trabalho de uma banda que ensaiou, se reuniu pra discutir ideias e riffs, se empenhou pra gravar e passou por inúmeras adversidades na estrada é bom, ruim, ou o que quer que seja? Concordo que o black metal é calcado em uma via ideológica bastante radical e muitas pessoas que não têm ligação com a música possuem conceitos fortíssimos em relação aos temas abordados pelas bandas, mas acho que essas pessoas deveriam então escrever sobre essas ideias e não sobre música, ou pelo menos participarem deste universo underground de outra maneira, como organizadores de shows, fotógrafos, artistas gráficos, roadies, o que quer que seja. Por outro lado, como citei que o black metal é baseado em feeling e não excesso de técnica, também acredito que certas abstrações, alheias à música, são válidas e, às vezes, motivam o leitor a escutar um determinado álbum ou se informar sobre determinada banda. Nosso critério é o de contemplar arte obscura, que inspire desde a reflexão sobre o lado negativo da vida até o ódio contra as limitações que nos são impostas, aliado a uma curiosidade sobre a morte e cultos relacionados a ela. O R.A.Z. não tem, em hipótese alguma, intenção de passar a mão na cabeça de pessoas que só aceitam velhos clichês e permanecem em sua zona de conforto, em seu universo seguro e paralelo à realidade hostil em que vivemos e que acreditamos que não deveria ser vista alheia à música que nos inspira.

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Poderia citar algumas das matérias/entrevistas mais interessantes que já saíram? Pautas que tenham um valor especial para vocês?

A última edição é bem recente, então confesso que ainda estou um pouco empolgado com ela, assim como estive com as outras. A entrevista com o Watain, na primeira edição, é bem especial pra nós, já que se trata de uma banda influente, com conteúdo riquíssimo tanto musicalmente como ideológico. Talvez, se essa entrevista ocorresse hoje, perguntaríamos coisas totalmente diferentes, todos mudamos. A matéria em duas partes sobre a H.P.Lovecraft e sua obra é muito importante pra mim também, já que não fizemos o típico tributo ou apenas colamos um texto pronto. Ela inspirou um trabalho de pesquisa a respeito de algo com o qual nos identificamos e está além da música, sua obra inspirou muitos trabalhos no metal e conseguimos trazer algum incentivo à literatura nessas duas matérias também, me sinto orgulhoso disso. A biografia do Master’s Hammer, da República Tcheca, foi especial por ser inédita até então e ter saído antes deles voltarem à ativa. Nesta última edição tem a entrevista com o zine finlandês The Sinister Flame, e se essa não foi uma das melhores entrevistas que já elaborei, talvez tenha voltado com as melhores respostas. E finalmente a nova seção de filmes que incorporamos ao zine, que nessa última edição traz uma análise do clássico alemão Der Todesking, pelo Alisson A. Couto da Cinemacabro. É um filme cuja trilha sonora teve até tributos por bandas de black metal norueguesas e aborda o suicídio, então acho que se encaixou bem ao conteúdo desta última edição, que leva o nome de “O Arauto da má notícia”. Contudo existem muitas outras que eu considero importantes.

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Os posts de Facebook do R.A.Z são todos em inglês. O zine é multilingue?

Não. Os posts são bem recentes, não tínhamos suporte digital algum até pouco tempo atrás. Tínhamos a intenção de lançar duas versões, uma em inglês e outra em português, já nesta quarta edição, mas segundo o dito popular, faltou “tempo”. Estamos ainda engatinhando no que diz respeito à mídia digital no R.A.Z.

Qual foi a maior tiragem/número de páginas que a publicação já chegou a ter?

A primeira edição, intitulada “O início da possessão”, teve uma tiragem de mil cópias. Um pouco pretensioso, não (risos)? Mas achamos que pelos custos da unidade conseguiríamos vender a um preço mais barato e liquida-la rapidamente. Grave engano. Nas outras edições a tiragem foi de 500 cópias. Nós não pretendemos aumentar a tiragem na próxima edição, pois ainda há muito a melhorar em termos de distribuição.

Como vocês definem as pautas do zine? Há uma rede de contatos por meio da qual você fica por dentro das novidades e assuntos interessantes em primeira mão?

Como o zine é anual, acho que temos bastante tempo pra refletir sobre o que deve ou não fazer parte de um edição, então há sempre uma seleção de bandas e assuntos que nos impressionaram mais durante um certo período e achamos que seria necessário contemplar. Não trabalhamos com “news”, até porque em um zine anual muitas delas soariam obsoletas numa época em que até uma catástrofe natural soa apenas como notícia do dia. Pra isso existem os webzines, vítimas fáceis de crítica também, outra coisa que não me entra na cabeça o porquê.

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Pessoalmente, vocês são interessados ou pesquisadores do satanismo e do ocultismo? O que essas correntes e as bandas com tal temática têm de relevante para os dias de hoje?

K.G. é imensamente mais interessado em ocultismo do que eu, pessoalmente eu sou mais interessado em filosofia, história da religião e escritos que abordem o pessimismo e a desilusão. Contudo, nós dois somos interessados em questionar a nós mesmos e “evoluir pra dentro”, nosso caminho individual. Certamente esses temas têm relações entre si, e ambos lemos escritos em comum, mas qualquer escrito que provoque uma percepção nova e libertadora em nossas vidas é válida. Muitos na cena metal se alimentam apenas de assuntos que giram em torno do metal, particularmente eu acho isso bem limitador. O próprio ocultismo, sobre o qual muitas bandas falam, se forem analisados os conteúdos das letras e discursos que escutamos por aí, é bastante superficial. Hoje o black metal voltou à sua via espiritual através de bandas que me chamam a atenção, com letras que realmente me inspiram em momentos de introspecção e trevas interiores, mas ao mesmo tempo eu também me identifico com bandas que abordam o caos urbano e relações de ódio em geral. Há bandas e bandas e me identifico com uma e outra por motivos diversos, em momentos diversos.

Por que investir no formato impresso ao invés de lançar um portal de notícias ou um webzine? Você acha que o impresso valoriza mais a informação?

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Sim, existe um apreço especial pelos zines impressos no Brasil. Por mais que eu às vezes fique puto quando levo uma caixa cheia de zines a um festival lotado de pessoas e volte pra casa com apenas dois zines a menos do que levei, nunca ouvimos uma crítica ruim de nossos lançamentos. Sempre há quem queira colecionar zines. Até que ponto isso é puro entusiasmo, não posso dizer. Muitos divulgam o nosso e outros materiais sem retorno algum, espalham “a má notícia” e, às vezes, nos ajudam a distribuir o material em outras cidades. Fanzines impressos e webzines são gêneros diferentes que às vezes compartilham temas similares, mas a atualização dos webzines é, e tem que ser, muito mais frequente. Nós não divulgamos “as últimas do black metal”, mas os webzines também não vão ser revisitados daqui a dez, vinte anos. Cada um tem seu valor e seu propósito, e contanto que sejam bem feitos, todos adquirem em algum momento seu reconhecimento.

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