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Música

Os Manuscritos dos seus Artistas Favoritos, Vol. 4

“Hoje o samba saiuuuuuuuuu lá lá laiáaaaaaaa procurando você...”

Lá se foram três semanas com as caligrafias de alguns de nossos artistas brasileiros reveladas – teve Mano Brown no caderno do Star Wars, Cartola com letra delicada e Tom Jobim desenhando coraçãozinho no papel. Nesta quarta semana, desvendamos mais alguns manuscritos de letras de música gentilmente cedidos pelos artistas e suas famílias, retomando um vício que, você sabe, adoramos alimentar. Dá uma conferida:

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O Chico Buarque abre os trabalhos desse volume 4 dos manuscritos porque bem, é o Chico Buarque. São de 1967 essas emocionantes folhas de caderno com o esboço da canção "Quem te, Viu Quem te Vê", gravada e lançada no disco Chico Buarque de Hollanda Volume 2, do mesmo ano. Esse achado foi gentilmente cedido pelo Chico e pelo Instituto Antonio Carlos Jobim.

Todos os direitos de Marola Edições Musicais Ltda. A reprodução deste manuscrito é proibida.

O Bonifrate caprichou nessa letra de “Declínio e Queda do Império Magnético”, escrita em 2007 para o segundo disco do Supercordas, A Mágica Deriva dos Elefantes, de 2012. Não temos apenas lápis, mas também lápis de cor e uma ótima ilustra:

O João Gordo topou fuçar umas gavetas na casa dele e compartilhou conosco as verdades cortantes proferidas e executadas com sangue nos zóio pelo Ratos de Porão em “Estilo de Vida Miserável”, de 1997. A música entrou no disco Carniceria Tropical. Tentei cantar no videokê, mas falhei miseravelmente. Um dos grandes baratos de revelar esses manuscritos é descobrir os nomes originais de algumas canções. É o caso de “Guitarra Usada”, dos paulistanos do Holger. Você não ouviu falar dela porque foi rebatizada de “Café Preto” ao entrar no disco Holger (2014). A letra foi composta a oito mãos por Tché, Pata, Rolla e Pepe:

O Vitor Brauer, do Lupe de Lupe, mandou uma escrita nervosa no seu caderno Foroni – um clássico da juventude escolar no começo dos anos 2000 – e concluiu, em letras garrafais, que há algo de podre no reino de Minas Gerais. Transformado em música do Lupe de Lupe, o manuscrito escancarou uma visão bem ácida da capital Belo Horizonte. Uai?

O Catatau, do Cidadão Instigado, transformou o 9 de julho de sua agenda em um compromisso eterno com a música “A Radiação na Terra”, do disco Uhuuu!, de 2009. Parece que rolou uma "censura" em alguns versos:

Veja as matérias anteriores de #aletradaspessoas:
Os Manuscritos dos seus Artistas Favoritos, Vol. 3
Os Manuscritos dos seus Artistas Favoritos, Vol. 2
Os Manuscritos dos seus Artistas Favoritos, Vol. 1