Escutar Purity Ring é sempre uma viagem. Não somente no espaço-tempo, mas também no âmbito da metafísica. Cada batida cavernosa parece te engolir para o vazio do espaço ou para as profundezas do seu cérebro, onde cada sinapse acontece na velocidade da luz. Cada nota de Megan James cantando soa como se a gente pudesse conectar um auto-falante no espaço e ouvir um som intergaláctico. Acho que tem uma referência de Uma Dobra no Tempo, mas eu não lembro das especificidades do livro, além de ser uma jornada através de múltiplas dimensões.De qualquer forma, “Push Pull”, do próximo álbum do Purity Ring (que, mais uma vez, é tipo um capítulo de Uma Dobra no Tempo, que eu vou ler de novo assim que chegar em casa) é gigante e devastadora. É o triunfo do pop da era espacial. E o vídeo, lançado na última quinta (29) via MTV (de novo: triunfo do pop!) é uma representação fiel da sensação e da estética deste momento. Megan James está sozinha no vácuo do espaço ou num túnel de vento, de frente com a gente, como uma estrela intergaláctica ou um ser humano muito vulnerável. É simples e tocante, e faz você ficar mais interessado por astronomia e tal, além de te fazer chorar pensando na interação humana dentro disso tudo.another eternity sai em 3 de março via 4AD, o que nos dá tempo suficiente para ler Uma Dobra no Tempo e organizar um fórum para discussões. Vamos lá. Mas antes, veja o vídeo:
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