Foto de Anna MascarenhasOdair José está leve. Prestes a lançar o 35º disco de sua carreira, Dia 16, nesta quinta (12) e sexta (13) no Sesc Pompeia, em São Paulo. O cantor e compositor goiano chega com um registro mais garageiro e, segundo ele mesmo, "simples, cru e disciplinado". "Esse disco me trouxe de volta pra mim mesmo justamente por essa liberdade. Essa coisa alternativa de eu mesmo ir pro estúdio, eu mesmo fazer com pouca gente, sou só eu e mais três caras tocando", explica.O nome do álbum remete ao nascimento de Odair, dia 16 de agosto de 1948, e a capa traz vários momentos marcantes que rolaram em dias 16 de alguma coisa. Por exemplo, "Dia 16 de abril de 1964: o primeiro álbum dos Rolling Stones é lançado no Reino Unido. Dia 16 de junho de 1960: lançamento de Psicose, do Alfred Hitchcock. Dia 16 de janeiro de 1605: é publicado em Madri a primeira edição de Dom Quixote, de Miguel de Cervantes", e por aí vai.
Odair José sempre curtiu uma guitarrinha: a base roqueira tem inspirações diretas de AC/DC, Paul McCartney e homenagens a Roy Orbison. Em O Filho de José e Maria, que destrinchamos aqui no Noisey, ele já assumia que queria ser o Peter Frampton brasileiro e agora, aos 66 anos, ele tá mandando um foda-se para os que esperam o cantor da "pílula". "Mesmo no show às vezes eu tinha esses problemas. O cara contrata o Odair José só por causa da 'Pílula' e do 'Eu Vou Tirar Você Desse Lugar', achando que eu sou um cantor de bolero. Espero que um dia as pessoas entendam que o meu show não é uma coisa silenciosa, ele é barulhento". E resgata suas referências roquistas. "Eu sou lá de Goiás e as pessoas acham que todo goiano tem que tocar música sertaneja, mas não é bem assim. Na minha infância eu ouvia Chuck Berry, Ray Charles, Nat King Cole, depois veio a fase dos Beatles e outras bandas que tinham na época."Odair José no Sesc Pompeia
12/3 e 13/3, 21h30
Sesc Pompeia (Rua Clélia, 93, Pompeia)
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