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Música

O que Aprendi como Jurado do Concurso Musical do Pornhub

O júri do Pornhub Music Contest incluía a cantora Taylor Momsen, o rei do Auto-Tune T-Pain e nosso intrépido jornas Dan Ozzi.

Senhoras e senhores, eu sou um cara comum. Como vocês, eu acordo todas as manhãs, ponho minhas calças e vou trabalhar. Como três refeições ao dia, escovo os dentes e tomo minhas vitaminas. E assim como vocês, passo de 10 a 20 saudáveis horas semanais dando uma olhadinha no site pornográfico Pornhub ponto com. Então imaginem minha surpresa (e cabe lembrar mais uma vez que sou um cara comum) ao ser convidado para participar do júri do concurso musical do Pornhub. Vamos lembrar agora do grande sonho de minha vida.

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Tudo teve início em setembro, quando o Pornhub anunciou que daria início a uma gravadora. Eles foram bem sinceros quanto ao fato de ainda estarem aprendendo como funciona esse lance de música. Eu, como jornalista musical em tempo integral e pessoa altruísta e prestativa (e, mais uma vez, comum), achei que poderia lhes fazer um favor e escrevi um artigo, sugerindo artistas os quais deveriam contratar – como o grupo de rave-rap sul-africano Die Antwoord, o temível rapper Stitches e (sem necessidade de descrição aqui porque eles são mó famosos) o Crazy Town.

Eu não tinha nem mesmo qualquer outro interesse além de ser um cara bacana e solidário. Mas a internet fez a sua mágica e, no outro dia, às 10:27 da manhã, recebi um e-mail da equipe de comunicação do Pornhub perguntando se eu gostaria de fazer parte do júri de seu concurso musical, em que um artista ganharia 5.000 dólares e teria uma de suas canções transmitida via Pornhub TV. Por volta das 10:29 já havia respondido a eles dizendo que é claro que toparia, sem dúvida alguma. Na verdade deveria ter respondido às 10:28, mas levei 60 segundos para entender o que estava acontecendo.

Pouco tempo depois, o Pornhub divulgou uma nota anunciado seu “estimado júri”, que me incluía (o cara normal, Dan Ozzi), a atriz de Gossip Girl que virou uma cantora não lá muito boa, Taylor Momsen, e ninguém mais ninguém menos que o rei do Auto-Tune, T-Pain:

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Imprimi umas 5.000 cópias da nota. Enviei 4.000 delas pelo correio para minha alma mater para que eles pudessem pendurá-las pelo campus para dar aos estudantes de jornalismo algo em que se inspirar. As outras 998 cópias mandei para minha mãe para que ela pudesse incluir nos cartões de Natal da família e tal. E os restantes mandei para todas as minhas ex para que elas vissem o que estão perdendo. Daí já atualizei meu perfil no LinkedIn para incluir meu novo título como “Jurado do concurso musical do Pornhub”. Também incluí o cargo na minha descrição do Twitter e mandei rodar 1.200 cartões de visita. Além disso, marquei uma sessão com um tatuador local para tatuar a nota na lombar.

Meu telefone não parava de tocar. Fui contatado por incontáveis publicações – Buzzfeed e… Bem, acho que só o Buzzfeed. Mas ainda assim, foi bom ter meus feitos reconhecidos pela imprensa.

Enquanto esperava pacientemente que as inscrições do concurso se acumulassem, as boas pessoas do Pornhub me mantiveram entretido ao enviarem uma caixa gigantesca cheia de parafernália pornográfica para meu escritório. Dentro dela havia os seguintes itens:

– Duas camisetas do Pornhub (arranquei as mangas na hora)

– Um boné do Pornhub

– Um par de shortinhos do Pornhub (que não cabem no meu físico dinâmico, então estou doando para quem os quiser)

– Uma caneca do Pornhub com a frase “Eu dou duro no trabalho”

– Um peitinho de apertar para aliviar o estresse

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– Uma porrada de adesivos

– Um jogo de cartas chamado “Porn the Game!”

– Uma pilha de filmes pornô em DVD com paródias de filmes Os Vingadores, O Cavaleiro das Trevas, Guerra nas Estrelas e O Homem-Aranha (o que parece uma antítese em relação à natureza do Pornhub, mas talvez eles só quisessem se livrar deles)

– E por fim, um aparelho chamado AutoBlow 2, o qual prefiro não falar sobre se não tiver problema pra vocês

This is the best day of my life.

A photo posted by dan ozzi (@danozzi) on Dec 18, 2014 at 11:31am PST

Mas ser um Jurado do Concurso Musical do Pornhub não é só diversão e caixas de coisas nas quais você pode enfiar seu pênis. Levo minhas responsabilidades de jurado muito à sério. Então quando chegou a hora de julgar, eu me esforcei e passei um bom tempo com as músicas dos finalistas. O pessoal do Pornhub me deu um formulário para ser preenchido referente a cada uma das músicas, onde deveria comentar e atribuir notas para diversos critérios numa escala de um (péssimo) a cinco (faptástico!). [Nota: “fapping” é um termo que recuso reconhecer como parte do léxico do inglês e que deve ser erradicado].

Foram 18 finalistas. Acho. O site era meio confuso porque tive que desligar todos os bloqueadores de anúncios do meu navegador, o que fez com que um homenzinho surgisse no meu computador e perguntasse: “Você tem certeza de que quer fazer isso?”. Dos 18 finalistas, 13 mencionavam o Pornhub no nome da música, o que me parecia puxação de saco. E desses 18, duas mulheres, um número maior do que o que eu esperava, sendo bem sincero.

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Enquanto estava lá julgando cada faixa, me imaginei em um programa do tipo American Idol, eu no papel de Simon Cowell, T-Pain meu Randy Jackson, e Taylor Momsen, que normalmente seria a Paula Abdul, havia sido substituída pelo produtor Scott Storch, o que me leva a crer que o pessoal do Pornhub ouviu a obra de Momsen em algum momento.

Eu e meu amigo pessoal, T-Pain, em uma foto muito realística com um urso vivo de verdade.

Ouvi faixa após faixa em meus novos fones SkullCandy Crushers™ (já que estou sendo um desgraçado corporativista aqui, de repente é umas virar uma marca mesmo e endossar TUDO QUE É PRODUTO. EMPRESAS: ME MANDEM COISAS DE GRAÇA — 90 North 11th St, Brooklyn, NY 11211). Os artistas tinham nomes como Bootleg Black Guys, Maserati Nick e NastyBoyCity. Gostei demais desse último porque soa como um usuário do Pornhub que veríamos comentando em algum vídeo com observações pertinentes como “cadê as tetas?” ou “as bolas são maior que o pau”.

Algumas das músicas usavam samples de vídeos pornográficos, outras tentavam soar “sexy” e umas soavam meio coisa de estuprador. “Você chupa?”, cantava um dos artistas. “Você gosta de ser amarrada?”, continuava. “Isso é uma bosta”, escrevi na minha resenha. “Ninguém quer ouvir um monte de brancos com bonés virados pra trás cantando músicas bunda-mole sobre sexo. Essa é música anti-paudurescência”. Duvido que meu feedback tenha sido útil, mas foi isso que escrevi. Outra música que considerei especialmente misógina e com jeitão de Alan Thicke (mesmo levando em conta os padrões da pornografia) se chamava “Dick Will Make You Famous” [O pau vai te deixar famosa] que falava sobre como praticar a felação neste artista em especial deixaria a garota famosa. O que eu duvido, considerando que esse cara está em um ponto da carreira em que participa de concursos musicais. Dei a essa música a nota mais baixa possível: zero faps.

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Mark Twain certa vez disse para “escrever o que você sabe”. Com isso em mente, as melhores músicas – na minha opinião e quem sabe meu colega de júri e amigo pessoal T-Pain concorda – foram aquelas que entraram no espírito do Pornhub. Alguns artistas mostraram seus conhecimentos pornô ao citarem atrizes, listarem atos sexuais, ou descrevendo aquilo que os excita. Um cara chamado Young Day Day, em sua música “Can’t Stop Watching Pornhub” [Não consigo parar de assistir ao Pornhub], soava como se estivesse lendo categorias pornográficas em uma lista. “Friday, double penetration. Saturday, I want a blonde girl. When Sunday come, I want a college girl. Where the white girls?” [Sexta, dupla penetração. Sábado, eu quero uma loura. Quando chega domingo, quero uma colegial. Cadê as branquelas?].

Me peguei criando uma ligação estranha com estes artistas. Assistir pornografia é uma experiência muito solitária. E ainda assim, cá estava eu, me relacionando com esses estranhos músicos espalhados pelo país em torno da prática pessoal de se assistir a duas pessoas (ou mais, se você curte) juntarem seus corpos nus em uma tela plana. Foi meio surreal o quanto me identifiquei com algumas das letras.

Um dos artistas, Jordan Royale (nome excelente para uma estrela pornô também), dialogou diretamente com a minha alma nesta frase: "I like watching porn when I have a bad day. It's like jerking off flushes all the pain away.” [Eu gosto de assistir pornografia quando tenho um dia ruim. É como se bater punheta levasse toda a dor embora]. Sim, Jordan Royale. SIM. Vamos nos mudar para uma casa de praia em Martha’s Vineyard e sermos almas gêmeas porque você me entende melhor do que minha família, amigos ou minha terapeuta, Dra. Gina Sussmann.

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Após muitas horas de audição destas músicas (o tempo mais longo e menos prazeroso que passei no Pornhub), preenchendo formulário atrás de formulário, não consegui deixar pensar no meu colega de júri e life coach T-Pain, que também estava em algum outro lugar, sem dúvidas lidando com essa papelada pessoalmente. Como eu, ele provavelmente estava sentado em seu sofá com um episódio de Maron rolando ao fundo enquanto ele abria um novo arquivo no Word, o preenchia, salvava em uma pasta, então voltava ao original e fazia tudo novamente.

Senti uma ligação com T-Pain. Senti uma ligação com todos – de Jordan Royale a Maserati Nick aos Bootleg Black Guys e à Dra. Gina Sussmann e todos os 500 milhões de visitantes diários únicos (estimativa) do Pornhub. E comigo mesmo. Talvez o universo inteiro seja só energia cósmica costurada através da pornografia e do Auto-Tune.

Não posso dizer em quem votei porque respeito o processo democrático, mas esses são os vencedores:

Senhoras e senhores, eu sou um cara comum. Como vocês, eu acordo todas as manhãs, ponho minhas calças e vou trabalhar. Como três refeições ao dia, escovo os dentes e tomo minhas vitaminas. E assim como vocês, passo de 10 a 20 saudáveis horas semanais dando uma olhadinha no site pornográfico Pornhub ponto com. Então imaginem minha surpresa (e cabe lembrar mais uma vez que sou um cara comum) ao ser convidado para participar do júri do concurso musical do Pornhub. Vamos lembrar agora do grande sonho de minha vida.

Tudo teve início em setembro, quando o Pornhub anunciou que daria início a uma gravadora. Eles foram bem sinceros quanto ao fato de ainda estarem aprendendo como funciona esse lance de música. Eu, como jornalista musical em tempo integral e pessoa altruísta e prestativa (e, mais uma vez, comum), achei que poderia lhes fazer um favor e escrevi um artigo, sugerindo artistas os quais deveriam contratar – como o grupo de rave-rap sul-africano Die Antwoord, o temível rapper Stitches e (sem necessidade de descrição aqui porque eles são mó famosos) o Crazy Town.

Eu não tinha nem mesmo qualquer outro interesse além de ser um cara bacana e solidário. Mas a internet fez a sua mágica e, no outro dia, às 10:27 da manhã, recebi um e-mail da equipe de comunicação do Pornhub perguntando se eu gostaria de fazer parte do júri de seu concurso musical, em que um artista ganharia 5.000 dólares e teria uma de suas canções transmitida via Pornhub TV. Por volta das 10:29 já havia respondido a eles dizendo que é claro que toparia, sem dúvida alguma. Na verdade deveria ter respondido às 10:28, mas levei 60 segundos para entender o que estava acontecendo.

Pouco tempo depois, o Pornhub divulgou uma nota anunciado seu “estimado júri”, que me incluía (o cara normal, Dan Ozzi), a atriz de Gossip Girl que virou uma cantora não lá muito boa, Taylor Momsen, e ninguém mais ninguém menos que o rei do Auto-Tune, T-Pain:

Imprimi umas 5.000 cópias da nota. Enviei 4.000 delas pelo correio para minha alma mater para que eles pudessem pendurá-las pelo campus para dar aos estudantes de jornalismo algo em que se inspirar. As outras 998 cópias mandei para minha mãe para que ela pudesse incluir nos cartões de Natal da família e tal. E os restantes mandei para todas as minhas ex para que elas vissem o que estão perdendo. Daí já atualizei meu perfil no LinkedIn para incluir meu novo título como “Jurado do concurso musical do Pornhub”. Também incluí o cargo na minha descrição do Twitter e mandei rodar 1.200 cartões de visita. Além disso, marquei uma sessão com um tatuador local para tatuar a nota na lombar.

Meu telefone não parava de tocar. Fui contatado por incontáveis publicações – Buzzfeed e... Bem, acho que só o Buzzfeed. Mas ainda assim, foi bom ter meus feitos reconhecidos pela imprensa.

Enquanto esperava pacientemente que as inscrições do concurso se acumulassem, as boas pessoas do Pornhub me mantiveram entretido ao enviarem uma caixa gigantesca cheia de parafernália pornográfica para meu escritório. Dentro dela havia os seguintes itens:

– Duas camisetas do Pornhub (arranquei as mangas na hora)

– Um boné do Pornhub

– Um par de shortinhos do Pornhub (que não cabem no meu físico dinâmico, então estou doando para quem os quiser)

– Uma caneca do Pornhub com a frase “Eu dou duro no trabalho”

– Um peitinho de apertar para aliviar o estresse

– Uma porrada de adesivos

– Um jogo de cartas chamado “Porn the Game!”

– Uma pilha de filmes pornô em DVD com paródias de filmes Os Vingadores, O Cavaleiro das Trevas, Guerra nas Estrelas e O Homem-Aranha (o que parece uma antítese em relação à natureza do Pornhub, mas talvez eles só quisessem se livrar deles)

– E por fim, um aparelho chamado AutoBlow 2, o qual prefiro não falar sobre se não tiver problema pra vocês

This is the best day of my life.

A photo posted by dan ozzi (@danozzi) on

Mas ser um Jurado do Concurso Musical do Pornhub não é só diversão e caixas de coisas nas quais você pode enfiar seu pênis. Levo minhas responsabilidades de jurado muito à sério. Então quando chegou a hora de julgar, eu me esforcei e passei um bom tempo com as músicas dos finalistas. O pessoal do Pornhub me deu um formulário para ser preenchido referente a cada uma das músicas, onde deveria comentar e atribuir notas para diversos critérios numa escala de um (péssimo) a cinco (faptástico!). [Nota: “fapping” é um termo que recuso reconhecer como parte do léxico do inglês e que deve ser erradicado].

Foram 18 finalistas. Acho. O site era meio confuso porque tive que desligar todos os bloqueadores de anúncios do meu navegador, o que fez com que um homenzinho surgisse no meu computador e perguntasse: “Você tem certeza de que quer fazer isso?”. Dos 18 finalistas, 13 mencionavam o Pornhub no nome da música, o que me parecia puxação de saco. E desses 18, duas mulheres, um número maior do que o que eu esperava, sendo bem sincero.

Enquanto estava lá julgando cada faixa, me imaginei em um programa do tipo American Idol, eu no papel de Simon Cowell, T-Pain meu Randy Jackson, e Taylor Momsen, que normalmente seria a Paula Abdul, havia sido substituída pelo produtor Scott Storch, o que me leva a crer que o pessoal do Pornhub ouviu a obra de Momsen em algum momento.


Eu e meu amigo pessoal, T-Pain, em uma foto muito realística com um urso vivo de verdade.

Ouvi faixa após faixa em meus novos fones SkullCandy Crushers™ (já que estou sendo um desgraçado corporativista aqui, de repente é umas virar uma marca mesmo e endossar TUDO QUE É PRODUTO. EMPRESAS: ME MANDEM COISAS DE GRAÇA — 90 North 11th St, Brooklyn, NY 11211). Os artistas tinham nomes como Bootleg Black Guys, Maserati Nick e NastyBoyCity. Gostei demais desse último porque soa como um usuário do Pornhub que veríamos comentando em algum vídeo com observações pertinentes como “cadê as tetas?” ou “as bolas são maior que o pau”.

Algumas das músicas usavam samples de vídeos pornográficos, outras tentavam soar “sexy” e umas soavam meio coisa de estuprador. “Você chupa?”, cantava um dos artistas. “Você gosta de ser amarrada?”, continuava. “Isso é uma bosta”, escrevi na minha resenha. “Ninguém quer ouvir um monte de brancos com bonés virados pra trás cantando músicas bunda-mole sobre sexo. Essa é música anti-paudurescência”. Duvido que meu feedback tenha sido útil, mas foi isso que escrevi. Outra música que considerei especialmente misógina e com jeitão de Alan Thicke (mesmo levando em conta os padrões da pornografia) se chamava “Dick Will Make You Famous” [O pau vai te deixar famosa] que falava sobre como praticar a felação neste artista em especial deixaria a garota famosa. O que eu duvido, considerando que esse cara está em um ponto da carreira em que participa de concursos musicais. Dei a essa música a nota mais baixa possível: zero faps.

Mark Twain certa vez disse para “escrever o que você sabe”. Com isso em mente, as melhores músicas – na minha opinião e quem sabe meu colega de júri e amigo pessoal T-Pain concorda – foram aquelas que entraram no espírito do Pornhub. Alguns artistas mostraram seus conhecimentos pornô ao citarem atrizes, listarem atos sexuais, ou descrevendo aquilo que os excita. Um cara chamado Young Day Day, em sua música “Can’t Stop Watching Pornhub” [Não consigo parar de assistir ao Pornhub], soava como se estivesse lendo categorias pornográficas em uma lista. “Friday, double penetration. Saturday, I want a blonde girl. When Sunday come, I want a college girl. Where the white girls?” [Sexta, dupla penetração. Sábado, eu quero uma loura. Quando chega domingo, quero uma colegial. Cadê as branquelas?].

Me peguei criando uma ligação estranha com estes artistas. Assistir pornografia é uma experiência muito solitária. E ainda assim, cá estava eu, me relacionando com esses estranhos músicos espalhados pelo país em torno da prática pessoal de se assistir a duas pessoas (ou mais, se você curte) juntarem seus corpos nus em uma tela plana. Foi meio surreal o quanto me identifiquei com algumas das letras.

Um dos artistas, Jordan Royale (nome excelente para uma estrela pornô também), dialogou diretamente com a minha alma nesta frase: "I like watching porn when I have a bad day. It's like jerking off flushes all the pain away.” [Eu gosto de assistir pornografia quando tenho um dia ruim. É como se bater punheta levasse toda a dor embora]. Sim, Jordan Royale. SIM. Vamos nos mudar para uma casa de praia em Martha’s Vineyard e sermos almas gêmeas porque você me entende melhor do que minha família, amigos ou minha terapeuta, Dra. Gina Sussmann.

Após muitas horas de audição destas músicas (o tempo mais longo e menos prazeroso que passei no Pornhub), preenchendo formulário atrás de formulário, não consegui deixar pensar no meu colega de júri e life coach T-Pain, que também estava em algum outro lugar, sem dúvidas lidando com essa papelada pessoalmente. Como eu, ele provavelmente estava sentado em seu sofá com um episódio de Maron rolando ao fundo enquanto ele abria um novo arquivo no Word, o preenchia, salvava em uma pasta, então voltava ao original e fazia tudo novamente.

Senti uma ligação com T-Pain. Senti uma ligação com todos – de Jordan Royale a Maserati Nick aos Bootleg Black Guys e à Dra. Gina Sussmann e todos os 500 milhões de visitantes diários únicos (estimativa) do Pornhub. E comigo mesmo. Talvez o universo inteiro seja só energia cósmica costurada através da pornografia e do Auto-Tune.

Não posso dizer em quem votei porque respeito o processo democrático, mas esses são os vencedores:

Dan Ozzi está no Twitter, sendo um cara normal - @danozzi

Tradução: Thiago “Índio” Silva

Dan Ozzi está no Twitter, sendo um cara normal - @danozzi

Tradução: Thiago “Índio” Silva