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Música

O Footwork do Addison Groove É Bom Pacas e Ele Toca em SP nesta Semana

O responsável por levar o estilo de Chicago para a gelada Bristol trocou uma com a gente.

Antes que os europeus tivessem tempo de aprender como se dança dubstep apropriadamente, um faixa com o nome curioso de “Footcrab” apresentou o footwork aos britânicos, que acabaram pensando: e agora? Importando o gênero de Chicago para a gélida Bristol, a cabeça por trás do projeto Headhunter, Tony Williams, começou a experimentar com o gênero e o que resultou foi o projeto Addison Groove, que vem acumulando respeito e parcerias com nomes como o DJ Rashad e DJ Die. Após uma passagem barulhenta pelo Rio, ele se apresenta nessa sexta (10) em São Paulo com os integrantes do Coletivo Metanol.fm no Espaço S/A, e a gente aproveitou para trocar uma ideia com ele.

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Noisey: E aí Tony, como tá a vida? Onde você tocou recentemente, e para onde vai depois daqui?
Tony Williams: Na semana passada toquei em umas festas no Rio, a que rolou ao ar-livre foi uma das melhores festas abertas que eu já presenciei, imagina tocar. Foi incrível… Depois daqui parto para o Chile.

É, vi que a festa da Wobble teve até foto publicada no Washington Post, pareceu sinistro.
Sim, não faço ideia de como aquilo aconteceu, mas os organizadores super mereceram. Foi uma festa histórica.

Você já tinha vindo ao Brasil? Tinha alguma expectativa do público daqui?
Eu esperava que minha faixa com o DJ Die, "Morro Dub Dende", conseguisse provocar algumas reações, e conseguiu… Na verdade o público parecia aberto a tudo que eu toquei, de house a techno, de juke a dubstep.

Li um vez que você deixou de comprar um carro que precisava muito, para comprar uma 808. Você é viciado em equipamentos? Que influência eles têm na hora que você está produzindo?
O processo de produção fica mais divertido, no estúdio você pode andar entre vários equipamentos, escutar a música de uma forma diferente, sem ser apenas em um sequenciador… Mas hoje eu tenho minha 808 toda sampleada e acabo fazendo muita coisa no Logic e no Ableton. Mas eu ainda acredito que não dá para vencer o som de um equipamento de verdade.

E como você descobriu e começou a experimentar com o footwork?
Eu tenho tocado footwork e juke nos meus sets por um tempo já, mas só recentemente venho produzindo.

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Por que você acha que outros gêneros como o grime e o UK garage, que também começaram a crescer lá no começo dos 00, estão voltando com força agora?
Isso é parte eventualidade, parte curiosidade dos ravers. As pessoas estão procurando novos sons sempre, é um processo mútuo.

Quão distante está o projeto Addison Groove do Headhunter?
Acho que hoje em dia isso não importa muito: se a música é boa, quem liga? Eu ainda separo tempo para o dubstep e materiais relacionados ao Headhunter, o Addison Groove é só mais uma plataforma para eu expandir meu leque musical.

E como é o seu processo de produção, como você separa tempo entre tocar e produzir?
Nada complicado, eu vou passar um mês em casa trabalhando em algumas coisas, e eu tenho algumas rotinas quando estou produzindo em estúdio, o que torna tudo rápido e tranquilo.

Metanol.fm apresenta Addison Groove

Addison Groove faz apresentação única na cidade, ao lado de Seixlack, Soul One e U-RSO, integrantes da Metanol.fm.

10 de janeiro no Espaço S/A às 21h.
Rua Cardeal Arcoverde, 2096 - Pinheiros, São Paulo.
1º lote (antecipado) - R$ 30.
2º lote ou na porta - R$ 50.