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Música

O EP Novo do Rakta É Uma Verdadeira Chapação Musicósmica

Transgredindo gêneros e rótulos, as meninas deste quarteto paulistano dão uma lição de autenticidade em seu novo trabalho, que acaba de ser lançado pela Nada Nada Discos.

Faltando dois meses para completar um ano desde o lançamento de seu ótimo álbum de estreia, as meninas do Rakta chegam com um EP igualmente daora trazendo duas faixas inéditas: “Tudo Que é Sólido” e ‘Serpente”. O som do Rakta é um prato cheio para aqueles que curtem usar uma pá de tags e subgêneros na hora de escrever resenhas. É até engraçado. O sujeito fica lá se achando o Greil Marcus do rolê e acaba não sacando qual é a da banda. A real é que não dá pra encaixar o que elas vêm fazendo sob rótulos muito fechados e pontuais, justamente porque qualquer um pode encontrar aqui o que lhe for mais conveniente: pós-punk, psicodelia, garage, death rock e sei lá mais o quê. No fim, trata-se tão somente de um som expansivo, livre de amarras.

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As composições novas sugerem uma catártica chapação musicósmica. São faixas um bocado intensas, viajantes, embebidas por altas doses de energia, reverberações, texturas, experimentos e distorções. Daí fica claro que as integrantes não se furtam de fazer música pelo simples barato de explorar as possibilidades da construção estética, convergindo o novo e o antigo, a técnica e o impulso. Não tem aquela limitação de tentar alcançar uma vibe previamente definida. Penso que esse mesmo espírito norteou bandas como o PIL e o Gang Of Four no passado, e isso é muito legal. Se liga aí na brisa e tire suas próprias conclusões: