O Berserktown Festival Foi um Turbilhão de Spikes, Cabelos Elétricos, Couro e Punk da Pesada

Depois de alguns coletivos serem fechados pela prefeitura, Berserktown chegou como um contra-ataque – um bombardeio de punk cáustico e ruído com a intenção de deixar Los Angeles se mijando de medo.

Por Art Tavana

1.9.14

Dawn of Humans, e todas as fotos por Samuel Dorian Perez

O underground do punk mutante colidiu durante três dias em Silver Lake, trazendo o hardcore cru e o ruído experimental de gravadoras tão diferentes quanto Toxic State, Matador e Sacred Bones. O primeiro Berserktown Fest, realizado no Los Globos de 15 a 17 de agosto, foi o resultado de um coletivo que incluía os espaços DIY The Church on York e East 7th, ambos os quais foram fechados recentemente pela prefeitura. Berserktown foi o contra-ataque – um bombardeio de punk cáustico e ruído com a intenção de deixar Los Angeles se mijando de medo.

Desde o primeiro dia, quando o Dawn of Humans realizou seu primeiro show na costa oeste, o festival fez jus ao alarde insano em torno dele: o vocalista principal do Dawn of Humans prendeu um arranjo tipo de planta com umas penas em volta do próprio pênis, e urrou no microfone como um animal ferido. Berserktown também contou com uma exibição de violência do pessoal do Hoax, do oeste de Massachusetts, que sangrou sobre os ladrilhos desbotados do Los Globos, onde um pouco antes a Pharmakon, de Nova York, estava enfiando a cara numa folha de metal com um microfone preso, e gritando de maneira propositalmente ruidosa. Ainda teve o Blazing Eye, de Los Angeles, cujo baixista veste uma máscara de couro de bondage; o duo de powerviolence Iron Lung; Una Bestia Incontrolable, da Espanha; e outros que fizeram de Berserktown um a reunião de alguns dos melhores do punk de 2014. Nomes clássicos, como Chrome, The Weirdos, Zeros, Final Conflict e A Global Threat, representaram os alicerces.

Mas o Destruction Unit, do Arizona, (com Emil, do Dawn of Humans, na bateria) é que roubaria o show no fim das contas. Sua gigantesca exibição de ruído com um quê de grunge foi alimentada por três guitarras, três bateristas, um baixista, e vários pedais que modularam o som até criar um efeito sinistro e quase gótico. Sombrio, mas foda demais. Como esse fim de semana.

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