O funk nunca se desvanece. Ele só muda as formas. A música funk dos anos 70 lançou as bases para a versão oitentista do gênero, voltada para o R&B (muitas vezes chamado de "boogie"). Este último não se desintegrou após os anos 80 chegarem ao fim. Em vez disso, o rap manteve o funk vivo. Registros de artistas seminais do funk, como James Brown, o Parliament/Funkadelic e Zapp tornaram-se a espinha dorsal de eventuais clássicos do rap. (Na costa oeste, "g-funk" tornou-se seu próprio sub-gênero embebido no sintetizador.) Houve uma ligeira queda no início dos anos 2000, mas artistas como Dam-Funk vem revivendo e retrabalhando o funk/boogie. Com o lançamento do seu novo álbum Yes No Maybe, que o Noisey disponibiliza o streaming abaixo, Moniquea criou um forte argumento para a inclusão no crescimento do cânone do funk moderno.Segundo trabalho da cantora depois da estreia em 2011 com um álbum auto-intitulado, Yes No Maybe de Moniquea será lançado na terça (14) pelo selo de Los Angeles MoFunk Records. Produzido por XL Middleton e Eddy Funkster, Yes No Maybe gira em torno de relacionamentos – fracassados, bem-sucedidos, e nunca esquecidos – mas ainda é fundamentado em grooves cheios de funk. Uma compositora de talento, Moniquea entrega os meandros do amor encontrado e amor perdido com um brilho auto-confiante. Seus vocais não fazem a terra tremer, mas ela sabe como trabalhar seu alcance vocal sem esforço, tecendo sua voz suave em suítes de Middleton e Funkster. Em termos sonoros, a influência de grupos como Midnight Star, One Way, e Mtume é muito perceptível, e as linhas de baixo pulsantes e a percussão contundente são construídos para quebrar os subwoofers. Em um gênero como funk, a reverência muitas vezes supera a reinvenção. Yes No Maybe é bem-sucedido porque é reverencialmente moderno. Não vai desaparecer tão cedo.
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