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Música

Relaxe e goze ao som do novo EP do Holger, 'Sexualidade e Repressão'

“Manifesta pele, pêlo. Tudo aquilo. Só desejo. Ai, que dó. Quanta repressão. Ai, que dó”.

Foto: divulgação

Foi um livro de psiquiatria que deu nome ao novo EP do Holger, Sexualidade e Repressão, lançado nesta sexta (11) pelo selo Balaclava Records. As quatro músicas do disquinho foram gravadas originalmente para fazer parte do disco autointitulado Holger que saiu no final de 2014, mas os sons acabaram ficando de fora.

A temática ensolarada, que fala de cerveja e futebol, até aparece nas músicas do novo EP, só que com um tom mais sério e concentrado, mantendo a vibe de “Café Preto”, música do último álbum que mostrou um jovem Holger com voz mais grossa e pelos no peito a fim de uma DR cabeçuda.

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“Na época em que estávamos selecionando a ordem das faixas do disco, vimos que essas quatro músicas funcionariam melhor num contexto entre elas”, me conta o vocalista e guitarrista Marcelo Vogelaar, conhecido como “Tché”.

“Despedida”, lançada no final de fevereiro, abre o compacto sugerindo um relacionamento em que a mina prefere dar mais atenção à vida laboral do que ao sujeito com quem está saindo. “Ela não sabe o que quis dizer. Ela trabalha e não quer me ver no sonho doido do badabauê”, diz a letra. Tché explica que os integrantes do Holger compõem juntos e, quando se depararam com essa expressão, pensaram se ela não seria “muito zuada”. Por unanimidade, acharam que não. Ele detalha melhor o termo: “O badabauê é um cara meio riponga, que não usa sapato. O sonho doido dele seria viver desprendido da sociedade moderna, morar no mato.”

Composto durante as Jornadas de Junho, em 2013, o EP traz como última faixa a homônima “Sexualidade e Repressão”, música que brinca com sexo e política. A letra diz: “Manifesta pele, pêlo. Tudo aquilo. Só desejo. Ai, que dó. Quanta repressão. Ai, que dó”.

Relacionamento é um tema tão constante nas letras da banda que cogitou-se lançar o disquinho no ano passado, em pleno dia dos namorados, intitulado como “Eu Te Amo”. Ainda bem que não rolou, porque nós achamos muito mais legal falar sobre sexualidade e repressão. Por isso, relaxe, goze e curta as faixas do novo trabalho do Holger abaixo:

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