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Música

Como os Artistas Pulavam Carnaval na Infância

Fizemos as mães de Pitty, Holger, Lulina e outros escanearem aquelas fotos fofinhas de antigos Carnavais. Nhom.

Bumbum da Paolla Oliveira, Frozen, Peppa, Chaves e Graça Foster. Quando acabar o Carnaval, este será o legado dos foliões de 2015 para o anuário de fantasias. Nos anos 80 e 90 eram raras as que já vinham prontas. Sobrava então para a mãe, tia e avó, que se mobilizavam – na base do artesanato e do improviso – para deixar seus pequenos prontos para brilhar nos bailes. A seguir você verá algumas fantasias na pele daqueles que viriam a se tornar músicos anos depois:

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André Paste

Se hoje o destemido DJ/produtor se despede das festas distribuindo adesivos do Denzel Washington com autógrafos de si mesmo, no Carnaval de 96 ele se passou por Tirulipa, o filho do Tiririca. “A peruca era da filha da professora, a blusa eu usava pra dormir e a calça minha mãe tingiu numa panela. Daria pra comprar tudo na Zara se ela existisse na época. Morava em Patrocínio, interior de Minas Gerais, e no Carnaval o colégio fazia um show de talentos. Meu talento era dublar 'Jurubira', música do Tirulipa”.

Pitty

Nesse dia Pitty rodou a baiana. “Não lembro o ano, mas pela minha cara a legenda devia ser ‘não mãaae, de baiana no Carnaval nãaaaoo!'". A cantora não era muito da folia de Salvador. "A relação com o Carnaval sempre foi meio esquisita: em Salvador me sentia excluída socialmente e financeiramente e procurava alternativas. Depois mais velha descobri em Recife uma coisa de rua e fantasia que me mostrou que o Carnaval pode ser lúdico e democrático. Hoje consigo encontrar um Carnaval pra chamar de meu, de vez em quando".

Gaby Amarantos

Antes de se tornar a rainha do tecno-brega, Gaby venceu o Miss Caipira numa festa junina e usou a faixa no Carnaval do ano seguinte.

Tché (Holger)

Antes do visual umbanda, o Holger abusava das camisas xadrez. E muito antes da banda existir, em 94, o Tché já usava um visual country e até rebolava no Carnaval de Paraty. “Roupa de cowboy, comprei na estrada antes de chegar. Usei durante o Carnaval inteiro. Sujou tanto que nunca mais usei”.

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Pedro (Holger)

O policial Naoto Tamura levou a pior numa briga contra a gangue Biolon e sobreviveu graças aos cuidados do Dr. Igarashi, que o transformou num ciborgue defensor do bem. Essa é a história de Jiban, o Polical de Aço, uma das séries japonesas exibidas pela Rede Manchete, no começo dos anos 90. “O Jaspion e o Jirayia são mais famosos, mas eu curtia o Jiban, tinha o bonequinho e até o carro dele”.

Lulina

Um clássico entre a criançada da época, a cantora pernambucana pulou o Carnaval de 1983 de Emília. "A fantasia foi criada para minha festa de quatro anos, que tinha como tema o Sítio do Picapau Amarelo. Como o aniversário era em janeiro, a fantasia foi reaproveitada no Carnaval, em fevereiro".

Arthur Braganti (Séculos Apaixonados)

A folia de Amparo (SP) não seria a mesma sem uma criança vestida de CARRASCO. “Eu lembro que era um figurino que impunha respeito até nos bate-bolas, e que depois eu passei a usar em casa às vezes, já que eu era uma criança totalmente peace & love e talvez estivesse querendo ficar mais dark side”.

Rafael Farah (Single Parents)

O kit cabelão e bigode de Capitão Gancho/Jack Sparrow ele só iria adotar mais tarde, mas no Carnaval de 90 ele foi ao baile como um piratinha bem elegante.

Bonifrate (Supercordas)

Da floresta de Sherwood para a mata de Paraty, o pequeno Bonifrate se disfarçou de Robin Hood, a raposa justiceira, em 84. “Minha mãe fez a fantasia pra mim e era reversível, podia ser de Robin Hood ou Peter Pan. Nesse caso sei que estava de Robin Hood por causa da barbicha. Dizem que eu andava muito sério pra cima e pra baixo com a fantasia e uma espada de madeira. Realmente entrava nesses personagens".

Zeca Viana

Zeca Viana reviveu um personagem de Mel Gibson no Carnaval pernambucano. “Eu com uns quatro anos tinha assistido Mad Max - As Motos da Morte na televisão e fiquei fissurado naquelas motos e tal, daí no Carnaval eu pedi pro meu pai pra sair ‘fantasiado de Mad Max’. A gente morava no bairro da Encruzilhada, subúrbio do Recife, então saí no meio da galera fazendo cara de brabo pra galera do bairro. Esse foi o resultado: um motoqueiro bad ass”.