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Música

O Vermes do Limbo lançou um EP para comemorar os vinte anos de banda

‘VRMSXX’ marca a parceria de longa data entre o Vinícius Patrial (baixo) e o Guilherme Pacola (bateria).

A dupla de rock instrumental esquisito Vermes do Limbo acaba de lançar o compacto VRMSXX, intitulado assim numa referência aos 20 anos do duo. Eu falei “instrumental”, mas o disco também tem “Papo”, um som que conta com uma letra declamada (não me peça para explicar). A onda nesse novo trabalho é um desdobramento do Panvermina, álbum lançado em maio de 2015. Os breques e contratempos evoluem dentro da mesma linha, até porque o Vinícius Patrial (baixo) e o Guilherme Pacola (bateria) começaram a trabalhar nessas sete faixas logo após o lançamento do último LP. O processo todo de composição e gravação foi concluído em pouco mais de um semestre, e eles contam que preferiram desovar as ideias no formato EP em razão de acreditarem que, no momento, é a melhor maneira de promover esse tipo de som. De fato, mesmo pouco lineares, o conjunto das sete músicas novas tem um brilho próprio. A empreitada, como diz a banda, é um jeito “de dar um respiro para próximas composições”.

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Na gravação, como de costume, o Fabio Fujita colabora tocando guitarra. Os Vermes lamentam que ele não faça parte das apresentações ao vivo: “Somos um trio quando gravamos e uma dupla ao vivo. Pena que o Fabio mora longe e não dá para investir nos chamados de shows sem cachê.” A sequência da tracklist começa e termina com as duas únicas músicas que duram mais do que um minuto, “Rifi Trote Rango Dujungle Talo” (03:19) e “Jazetal” (01:24). As outras, que não chegam a um minuto, mesmo curtas foram lapidadas até o último instante. Já os nomes estranhos das faixas vieram de “um aglomerado de sons e apelidos para alguns nacos. Na hora de gravar sentimos a necessidade de pontuar os takes e acabamos com esses nomes para facilitar a seleção.”

O show que revelou pela primeira vez a íntegra do novo repertório aconteceu no subterrâneo da Paulista com a Consolação, em São Paulo, no primeiro sábado de março (5), durante a primeira edição do Túnel do Amor. A chamada Passagem Literária recebeu também o Test e o Hierofante. Para o Vermes do Limbo, o melhor desse dia foi “a interação com os bêbados e mendigos que acabam dando um show à parte.” Os planos agora são arrumar um jeito de passar o conteúdo digital também para o vinil e depois compor e gravar mais. Ah, e eles também fazem um apelo: “Estamos disponíveis para shows, e que as boas almas fiquem à vontade para bolar clipes.”

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