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Música

Ouça o Perspicaz EP de Estreia da Jovem Cantora Norueguesa AURORA

Os vocais de AURORA são melosos porém enigmáticos e, por vezes, ameaçadores também (e ela não lembra a Chloë Grace Moretz nessa foto?)

A cantora de electropop norueguesa AURORA é a personificação do ditado frequentemente proclamado pela Aaliyah: “Idade não passa de um número”. A promissora cantora tem apenas 18 anos, mas faz músicas elegantes e composições sofisticadas que contradizem sua idade. Apesar da AURORA ter lançado sua primeira faixa, “Puppet”, em 2012, ela chamou atenção no ano passado com as faixas “Awakening” e “Under Stars”. Depois, em março, Katy Perry a mencionou no Twitter, gerando assim um burburinho ainda maior.

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Abaixo está o seu EP de estreia, Running With The Wolves, que lançado esta semana pela Glassnote. Seu som pode ser descrito como uma mistura das suas amigas do pop escandinavas Lykke Li, Bat for Lashes e Florence + the Machine, para dizer o mínimo. Seus vocais são melosos porém enigmáticos e, por vezes, ameaçadores também. (E ela não lembra um pouco a Chloë Grace Moretz na foto aqui de cima?)

Com o lançamento do disco cheio agendada para a primavera, nós batemos um papo com a adolescente sobre idade, as composições geniais do Cohen e do Dylan e sua própria música. O que essas quatro faixas têm em comum? Segundo a AURORA, “todas elas contêm um pedacinho da minha alma”.

Noisey: Sobre o que é o seu EP? Tem um tema que o acompanha do início ao fim?
AURORA: Não tem um tema. São histórias e personagens diferentes. [As histórias incluem] uma muito mórbida, uma sonhadora, uma animalesca e também uma bem triste. Cada música representa emoções diferentes. Se emoção pudesse ser um tema, então seria esse.

Você tem apenas 18 anos. As pessoas já acharam que você era mais velha?
Quando as pessoas me veem, a maioria delas acha que eu tenho 12 anos. Tenho um rosto infantil, o que não me incomoda nem um pouco. Se eles só ouviram minha música ou falaram comigo, sem ver meu rosto infantil, achariam que sou mais velha com mais frequência. Me sinto mais à vontade falando com uma senhora do que com um bebê.

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Sua música tem muitas sonoridades diferentes. Quais são suas influências musicais?
Leonard Cohen e Bob Dylan. Eles compõem músicas sobre coisas que devem ser escritas, e acho que é importante compor essas músicas. Os dois são contadores de histórias. Gosto de achar que sou uma também.

Quando foi que você mostrou sua música para as pessoas pela primeira vez? Foi algo fácil ou você ficou apreensiva?
Não foi fácil, mas foi lindo e aterrorizante ao mesmo tempo. Foi para minha mãe e ela disse para eu não guardar essas histórias só comigo. As pessoas podem precisar ouvi-las. Demorou alguns anos, mas descobri que ser musicista poderia ter um propósito maior!

Você sempre quis ir atrás da música? Ou você meio que caiu nesse universo?
Sempre amei escrever música, e espero que esse amor nunca acabe. Nunca sonhei em estar num palco ou ser um rosto conhecido, mas ser capaz de contar as histórias eu mesma me faz feliz: é outra coisa que aprendi a amar.

Como você conquistou fãs na Noruega? Como se sente em relação a sua carreira nessa transição para os Estados Unidos?
Simplesmente rolou! As coisas começaram a acontecer. Acho que foi no Bylarm (festival em Oslo) que tudo começou. É assustador pensar no que pode vir a seguir, especialmente se qualquer coisa acontecer nos Estados Unidos, mas estou pronta para seguir esta jornada independentemente de onde ela vai acabar. Enquanto eu puder escrever estarei feliz.

Como você se vê daqui a dez anos?
[Espero que] ainda escrevendo músicas. Talvez tenha uma casa na floresta. Adoraria se ainda estivesse viajando por aí e cantando minhas músicas. Talvez tenha ainda mais pessoas me ouvindo. Ficaria feliz de me ver crescer na minha carreira, mas não é um objetivo [meu] ser a maior artista do mundo. Só quero escrever e cantar.

Tradução: Stefania Cannone