FYI.

This story is over 5 years old.

Música

O Revival Psicodélico Brasileiro Fica Ainda Maior com o Novo Livro de Fotos Inéditas d'Os Mutantes

A fotógrafa Leila Lisboa fala sobre sua convivência com Os Mutantes, que resultou nas imagens de 'A Hora e a Vez', e como eles eram mais caretas que a gente.

Todas as fotos por Leila Lisboa

Em tempos de seca, um motivo a menos pra se lamentar é que a fonte do rock psicodélico anda tão cheia que até transbordou dos limites fonográficos. Tem muita coisa rolando: só neste mês, por exemplo, houve o lançamento do segundo álbum do Boogarins e outro do Supercordas, e a “volta” do festival Banana Progressyva. A fotógrafa Leila Lisboa joga mais água nessa fonte com A Hora e a Vez, livro de fotos inéditas d'Os Mutantes lançado na terça-feira (27). As imagens estavam há tempos esperando para serem publicadas, mas só vieram a público agora, por meio de financiamento coletivo – uma prova da renovação do espírito psicodélico brasileiro.

Publicidade

A Hora e a Vez reúne 130 imagens inéditas e muitas vezes íntimas feitas entre o final dos anos 60 e início dos 70 com a formação clássica da banda: os irmãos Arnaldo Batista e Sérgio Dias, a Rita Lee, o baterista Dinho e Liminha, baixista e namorado da Leila naquela época.

Mostramos algumas imagens exclusivas do livro (em preto e branco) e batemos um papo com a fotógrafa sobre a intimidade d'Os Mutantes, que embarca nos ensaios, nas tretas, as drogas e outras histórias de quem estava lá para contar. Vem junto:

Noisey: Leila, como e por que você começou a fotografar Os Mutantes?
Leila Lisboa: Na época, eu trabalhava em um estúdio onde aprendi as técnicas de revelação e fotografia em geral. Estava sempre com a minha câmera. Então comecei a namorar com o Liminha e, naturalmente, passei a fotografar Os Mutantes.

Então tudo rolou despretensiosamente.
Ah, sim. Eu não era "a fotografa d'Os Mutantes", era mais a amiga que fotografava o pessoal. Tenho cerca de 500 fotos feitas entre 1969 e 1973, das quais foram selecionadas 130 para compor o livro.

Leia o restante da matéria na VICE.