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Entretenimento

Cantora EMA Explora a Internet e o Vazio no Disco 'The Future's Void'

Aparentemente, usar "interwebs" numa letra de música pode ser bem polêmico

Enquanto artista que transita por gêneros diversos, EMA é autoconsciente: ela sabe, por exemplo, que seu novo disco The Future's Void pode soar muito pessoal para alguns dos ouvintes. Enquanto seu disco anterior Past Life Martyred Saints tocava em pontos como drogas, automutilação, tiroteios em escolas e violência doméstica, nada disso foi tão polêmico quanto o uso de palavras como “millenials” e “interwebs” em The Future's Void. O lançamento de dez faixas da artista nascida no meio oeste dos Estados Unidos confronta abertamente temas tão relevantes que a sensação é de que ainda é cedo pra falar nisso. Mas confrontar assuntos que as pessoas evitam sempre foi a especialidade de Erika M. Anderson.

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“Não quis fazer um disco tropical sobre internet e tecnologia”, conta a artista ao The Creators Project no nosso documentário sobre seu novo disco (acima). “Parecia um tabu e era esquisito e eu senti um pouco de vergonha… É meio estranho usar a linguagem da internet nas músicas. Mas então percebi que se eu tinha uma reação à isso, então outras pessoas também teriam.” De fato, sua vontade de abraçar o novo e assuntos e temas controversos parecem se relacionar mais com a contemporaneidade e a arte de internet do que as típicas letras clichês de músicas de rock, por exemplo. A honestidade dela pode até incomodar, mas certamente vai fazer pensar.

Isso pra não dizer que The Future's Void também não fica pra trás. Com músicas que lembram Hole como “So Blonde” e “Satellites”, EMA criou um disco bem moderno que mescla uma miríade de influências e estilos numa audição deliciosa e coesa, não muito diferente das onipresentes colagens culturais que vemos diariamente na internet.

No nosso documentário sobre o making of do disco, EMA e seu colaborador, Leif Shackelford, falam sobre a tecnologia DIY empregada tanto no processo de gravação do disco quanto em sua turnê, que inclui um painel caseiro de LED e uma mistura de instrumentos analógicos e distorção digital.

O foco de EMA em criar experiências imersivas através do DIY e sistemas “inteligentes” de iluminação de palco a levou ao Intel Labs, e a Intel recentemente formou o New Devices Group, sobre trazer inteligência às suas montagens de palco com tecnologias simples e baratas, como a placa Intel® Edison Development Board. Apesar do futuro ser incerto, EMA é o tipo de artista inovadora que mergulha de cabeça naquilo que está lá na frente -- desafia nossos ouvidos e nos faz bem ao mesmo tempo.

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Para saber mais sobre EMA e The Future's Void, visite: www.thefuturesvoid.net

As fotos são cortesia de Erika M. Anderson, Leif Shackelford e Matador Records.

Tradução: Mariana Rezende.