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Música

A$AP Yams, Cérebro por Trás da A$AP Mob, Morre aos 26 Anos de Idade

Yams era co-proprietário da A$AP Worldwide, gravadora da A$AP.

Foto via Instagram de A$AP Mob

Steven Rodriguez, mais conhecido como A$AP Yams, o astuto e efervescente fundador da A$AP Mob de Nova York, morreu neste domingo (18). Ele tinha 26 anos de idade. Yams era co-proprietário da A$AP Worldwide, gravadora da A$AP. Dentre outros feitos, ele ajudou a engendrar a rápida ascensão de A$AP Rocky ao tropo do hip-hop, em partes pelo uso inovador do Tumblr para a construção da imagem do rapper. Ele era considerado uma presença animada, perspicaz e divertida na cena hip hop nova-iorquina, onde desempenhava um papel naquilo que muitos viam como uma renascença do rap na cidade, e na comunidade hip hop como um todo, especialmente por meio de sua faceta online. A causa de sua morte é desconhecida até o momento.

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Diversos integrantes do Noisey trabalharam com Yams, especialmente durante a criação de SVDDXNLY, o documentário de A$AP Rocky, e sua perda é algo sentido tanto a nível pessoal como no mundo musical em geral.

Nossas boas vibrações e orações vão para a galera da A$AP neste momento de tristeza. Yams era um jovem bonito e inteligente cuja energia animava todo o local. Trabalhar com ele sempre foi uma aventura e um prazer. Muitos sentirão sua falta. Descanse em paz Yamborghini.
– Noisey

Foto por Ben Rayner

Andy Capper, que trabalhou durante um bom tempo com A$AP e produziu SVDDNXLY, relembra Yams.

Conheci A$AP Yams, ou Steven Rodriguez, no set do clipe de Rocky, “Wassup”, logo debaixo do escritório da Vice no Brooklyn, no estúdio de Fast Ashley.

Havia cerca de sete ou oito outros afiliados da A$AP lá naquela época, incluindo seu empresário, Chace, mas estava claro que ele e Rocky eram os líderes dessa nova turma selvagem que era meio que tida como ralé nesse estágio inicial de sua carreira.

Rocky tinha esse jeitão carismático de modelo, mas seu parceiro era esse piratinha porto-riquenho chamado Yams, que havia acabado de tatuar uma caveira no pescoço, o qual lembro bem ter me dito algo sobre “emprenhar doidinhas falidas do R&B noventista” e eu respondi algo como “acho que sim…?”

Foi um início bizarro e engraçado para nossa amizade, mas pude me aproximar dele ao longo dos últimos dois anos durante os projetos que fizemos com A$AP e diversas coisas relacionadas à música e reuniões no escritório onde ele nos falava de seus novos projetos e as ligações tarde da noite sobre ideias-fantásticas-que-surgiam mas que nunca foram pra frente. (Yams, se você está lendo isso, estamos tocando aquele lance do Earl Swavey do qual falamos tanto!)

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Durante esse tempo, conheci uma das pessoas mais gentis e espertas da indústria musical. Não sei se te disseram, mas neste ramo sobram pessoas falsas e sem senso de humor que só se importam com elas mesmas; Yams era o completo oposto disso.

Ele levava a A$AP muito a sério, mas nunca se levou a sério.

Seu senso de humor e carisma eram lendários, e mesmo nas festas mais chatas e lotadas ele dava um jeito de conversar com você e ser sincero. Ele também era um visionário e gênio criativo, um verdadeiro de filho de Nova York que ajudou a levar a ralé que mencionei anteriormente ao começo de um verdadeiro estrelato internacional em pouco mais de dois anos.

Sua influência na cultura moderna não tem como ser superestimada, de verdade.

Não o encontrava pessoalmente há alguns meses, mas contava mesmo com ele como amigo e é isso que torna este momento tão surreal e difícil.

Descanse em paz, Yams, sentirei sua falta. Nem acredito que acabei de escrever isso.

A vida é um bem precioso. Tomem cuidado, todos vocês.

Tradução: Thiago “Índio” Silva