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Vice Blog

Phil Varone, o Ex-Baterista do Skid Row, É o Rei do Pornô Swinger

Depois de largar as baquetas da banda Skid Row e dar uns rolês duvidosos por reality shows, Phil Varone finalamente encontrou sua verdadeira vocação: pornô swinger.

Fotos cortesia da Vivid Entertainment. 

A vida de Phil Varone é cheia de pintos e baquetas. Ele já tocou no Saigon Kick e na lendária banda de hard rock Skid Row. Depois de sair dessa última, ele passou um bom tempo metido em atividades típicas de subcelebridades em Los Angeles – o programa Sex Rehab with Dr. Drew, comédia stand-up – mas nada estabelecido, até que ele se mudou para Las Vegas três anos atrás e encontrou sua verdadeira vocação: pornô swinger.

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E o pornô encaixou bem com o Varone. Ele diz ter transado com mais de três mil mulheres e que, enquanto estava em turnê, sua reputação de discreto deu a ele acesso aos quartos da elite swinger, traçando as esposas de homens ricos e poderosos.

A única diferença entre Varone, o ator pornô, e Varone, o astro do rock, é que agora ele filma suas festinhas de alcova. Como apresentador e diretor de 100% Real Swingers, uma série da Vivid Entertainment, ele é tipo um encantador de orgias. No vídeo 100% Real Swingers: Kentucky Old Glory, ele parece um instrutor de acampamento descontraído, liderando casais em versões mais ousadas de brincadeiras típicas e ensinando como construir um glory hole perfeito. “Sem farpas!”, ele diz.

Apesar de ter participado do programa Sex Rehab with Dr. Drew (algo que ele diz ter feito só pela grana), Varone não se vê como um viciado em sexo problemático. Ele é só mais um exemplo de como a trajetória do sonho norte-americano pode ser desviada – um astro do rock discreto, que participou de vários ménage à trois com mães e filhas, hoje atravessa a meia-idade tranquilamente como diretor pornô em Las Vegas.

Essa é a história dele.

VICE: Como começou sua relação com a Vivid?
Phil Varone: Eu abordei a empresa. Disse a eles que tinha vários vídeos de garotas, coisas que fiz na minha vida pessoal. Eles me explicaram que não podiam lançar aquilo: você precisa de certificados de que as garotas eram maiores de idade, liberação de uso da imagem delas e tudo mais. Então, nós fizemos uma sex tape. Depois disso, eles me pediram para filmar o Real Swingers. O problema com o swingers é o anonimato; é o que protege o estilo de vida deles. Aí encontrei um elenco de swingers que não tinha problemas com isso. Filmo de uma maneira bem solta, já que estamos lidando com swingers de verdade – eles não são atores. Fiz uma aparição nesse filme, mas foi complicado dirigir e transar ao mesmo tempo. Hoje eu já domino isso.

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Como você encontra swingers para esses vídeos?
Faço parte desse estilo de vida há mais de 20 anos. O boca a boca faz o trabalho hoje. Nem preciso fazer casting. A série é um sucesso porque nunca precisei me preocupar se tal casal gostava ou não do outro casal. Sou parte desse estilo de vida; respeito as regras e todo o processo.

E quais são essas regras?
Cada nível de swing é diferente. Você estabelece regras do tipo “se você vai estar no quarto com alguém, a outra pessoa também tem que estar”. Tudo depende de cada casal. Minha série é sobre sexo, então se um casal não quer transar com o outro casal no set de filmagem, eu me ferro. Tendo amigos que já transaram entre si ou que se acham interessantes, você elimina essa parte. Cada casal tem suas regras, que eles me passam antes da filmagem. Tenho um questionário que deve ser preenchido por eles. Só tive uma filmagem ruim, e aprendi muito com isso.

O que aconteceu?
Aprendi uma regra fundamental: você tem que ter certeza de que as pessoas se curtem. Alguém tinha desistido no último minuto, então tivemos que escalar outro casal. Ninguém gostava deles. Eles eram péssimos. Foi dessa filmagem que vieram o questionário e a lista de regras. Por exemplo, alguns caras não conseguem atuar em frente às câmeras. No entretenimento adulto, precisamos ter um final – chamamos isso de pop shot. Se você não conseguir, o contrato diz especificamente que você não vai ser pago.

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Como você entrou para a comunidade swinger?
Minha primeira esposa e eu entramos nisso juntos. Eu não diria que estávamos totalmente envolvidos nesse estilo de vida, mas tínhamos amigos com quem gostávamos de brincar. E foi nesse ponto que percebi que meu fetiche era ver minha mulher transando com outro homem, ou garotas, o que ela quisesse fazer.

Você tem um fetiche por traição, o chamado cuckolding?
Na verdade, não. O cuckolding é quando você degrada seu marido. Quando eu estava na banda, eu até fiz algo assim. Frequentávamos certas casas de swing, e os homens lá eram muito poderosos. Eu tinha certo medo, porque muitos daqueles caras podiam sumir comigo. Eles tinham esposas do tipo troféu lindíssimas, e eles faziam essa coisa de cuckolding ou cuckolding reverso. Eu fazia sexo com as mulheres e elas degradavam o marido, dizendo coisas como: “Você bem que queria ser um astro do rock, seu merda! O pinto dele é maior que o seu!”. E eu ficava ouvindo e pensando: “Caralho, isso é uma loucura!”. Ou o marido gritava com a esposa, chamando ela de puta ou groupie – nunca vou dizer quem essas pessoas são. Elas podem simplesmente me apagar e ninguém ia dizer nada.

Eles ficavam excitados porque você era de uma banda e tal?
Com certeza. Era o lance principal. Era um negócio engraçado – sabe, sou todo tatuado – e a coisa mais engraçada que escutei foi “nunca transei com alguém do seu tipo”, como se eu fosse de uma raça diferente só porque sou tatuado.

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Você lembra de alguma coisa de suas aventuras com groupies?
Uma coisa que sempre me impressionou foram mães e filhas. Sei lá por quê, fiquei com a maior porcentagem de mães e filhas ao mesmo tempo na turnê Poison – foram umas três. É uma fantasia. Na vida, talvez um dia você fique com duas irmãs ou algo assim, mas essa coisa de mãe e filha é definitivamente o Yankee Stadium. É o unicórnio – cara, com esse tipo de história você consegue até uma piscada do Ozzy. História real: um roadie chegou no Ozzy e disse, “Finalmente fiquei com duas garotas ao mesmo tempo ontem!”, e o Ozzy respondeu, “É, lembro bem de quando tomei minha primeira cerveja”.

Você é viciado em sexo?
Vou ser honesto com você: não tenho um vício em sexo. Meu agente me ligou [falando do programa do Dr. Drew] e disse: “Você já transou pacas, né?”, e eu disse que sim. Eu teria me encaixado melhor no programa dele sobre drogas, porque naquela época eu tinha acabado de ir para a reabilitação. O que o programa fez por mim foi ter finalmente lidado com a morte da minha mãe. Eles trouxeram meu pai para o programa e, durante a gravação, minha avó também morreu. Foi muito emocionante para mim porque o Dr. Drew é fantástico. Eu amo esse cara até a morte. Ele realmente tocou meu subconsciente, eu estava bloqueando a morte da minha mãe e nunca realmente falei sobre isso – essa foi a coisa boa da minha participação no programa. Fora isso, foi tudo meio tosco; os produtores não sabiam com o que estavam lidando. Eles usaram a mesma abordagem que usavam para alcoólatras, e essas são coisas completamente diferentes.

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Você acha que o swing pode ajudar a segurar uma relação?
Não, o swing não é uma maneira de salvar seu relacionamento. Se você já tem uma relação firme, que inclui confiança e honestidade, aí você está pronto para entrar para o swing.

Qual foi a experiência sexual mais louca que você já teve?
A história mais estranha foi com uma supermodelo. Acho que ela só curtia anal; nem cheguei a ver a vagina dela. E quem não quer fazer sexo anal com uma supermodelo, né? Mas esse incidente em particular foi muito bizarro. Ela tinha um cachorro, uma porra de um cachorrinho que devia pesar 500 gramas. Em algum momento ele entrou no quarto. A gente trancava ele para fora porque ele ficava gemendo e latindo, mas ele conseguiu entrar de algum jeito. O bicho subiu na cama e começou a se esfregar no meu braço enquanto eu comia a modelo. Pensei: “E agora? Deixo esse puto continuar, deixo ele transar com o meu braço?”. Se eu jogasse ele da cama, o sexo ia parar e ela ia terminar comigo porque machuquei o cachorro dela. Eu não queria machucar o bicho, então pensei: “Que se foda!”. Deixei o cachorro foder o meu braço enquanto eu transava com a supermodelo. Ele terminou, eu terminei – e pronto.

Uau. Foi tipo um swing interespécies.
É, devo dizer que as drogas tiveram alguma coisa a ver com isso. Foi uma decisão minha, e não foi uma boa decisão. Foi uma decisão química. Foi bem estranho de qualquer maneira.

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Tradução: Marina Schnoor