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Música

Os videoclips mais reivindicativos da música pop

Muitos dos nossos artistas preferidos são verdadeiros activistas.

M.I.A, Born Free

Em 2010, a intérprete de Sri Lanka voltava às listas de vendas com o seu terceiro albúm. Decidiu telefonar ao Romain Gavras - o seu realizador fetiche - para gravar vídeo de Born Free. Aqui vemos retratada uma perseguição a um grupo de ruivos. O seu objectivo é denunciar o carácter arbitrário da guerra e consciencializar a sociedade sobre a existência das pessoas que sofrem, naqueles lugares não vemos no telejornal. O vídeo devolve-nosa brutalidade da guerra numa curta-metragem de 9 minutos, repleta de violência.

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Michael Jackson, Earth Song

O rei do pop lançou em 1995 um dos seus temas mais famosos, e o primeiro de uma larga lista de canções com uma forte mensagem socio-política - neste caso, preservar o Planeta Terra. O fotógrafo Nick Brandt foi quem dirigiu o videoclip, e para tal levou Michael e toda a sua equipa até África, com o intuito de mostrar-nos a beleza dos animais e das paisagens que tentava salvar e preservar.

Pussy Riot, I Can't Breathe

As anarquistas mais famosas do momento lançaram um vídeo dirigido por elas próprias, em homenagem a Eric Garner, o nova-iorquino que morreu estrangulado por um polícia. O vídeo mostra-nos duas raparigas que cantam, enquanto as enterram vivas, e inclui um monólogo que cita o ícone do punk, Richard Hell.

Anthony and the Johnsons, Cut The World

Este videoclip é provavelmente o melhor exemplo de rebeldia contra o patriarcado. O actor Willem Dafoe e a artista Marina Abramović protagonizam esta obra dirigida por Nabil, para promover o disco que Anthony and the Johnsons lançou em 2012. O vídeo narra a história de uma mulher com uma frustração tão grande, que a leva a um clímax devastador.

Sid Vicious, My Way

O realizador Julien Temple é o homem que filmou um membro dos Sex Pistols enquanto este cantava a versão mais "anti-tudo" do emblemático My Way do Frank Sinatra. Sid resume, neste vídeo, a luta do seu grupo. Fá-lo disparando a vários membro do público, que está composto por ricos e burgueses.

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John Lennon, Imagine

Esta obra tão minimalista é a melhor representação da mensagem de paz e amor que Lennon e Yoko Ono pretendiam lançar com a canção mais vendida da sua carreira a solo. O vídeo é um extracto de um filme de 81 minutos, ao qual muitos chamaram "o vídeo caseiro mais caro da história".

Rolling Stones, We Love You

O ícone da contra-cultura Peter Whitehead, é o realizador de um videoclip baseado no julgamento de Oscar Wilde, no qual os membros da banda fazem parte do jurado. Talvez digam que esta canção não é reivindicativa, mas é sem dúvida alguma, um dos momentos mais recordados do grupo. Supõe toda uma reivindicação contra os parâmetros sociais acerca do género e da sexualidade. Também denuncia o abuso policial.

Bob Dylan, Subterranean Homesick Blues

Apresentamos o videoclip reivindicativo por excelência, protagonizado pelo activista mais famoso do panorama musical, da autoria de DA Pennebaker. Nele, poodemos ver Bob Dylan, que lança cartazes com mensagens de protesta, e que incita o espectador a lutar por cada uma das suas causas. Dizem que neste vídeo também aparece o escritor Allen Ginsberg.

Arcade Fire, We Exist

O director David Wilson achou que o actor Andrew Garfield seria o mais adequado para protagonizar o videoclip dos Arcade Fire, que pretende questionar o papel social dos géneros. Existe um novo Homem-Aranha, que dança, e termina num palco de Coachella, com a sua própria banda. Um manifesto, por parte destes canadianos, que pretendem reivindicar os direitos da comunidade LGBT.

Kanye West, All Day

O mítico director Steve McQueen colaborou com o rapper mais polémico dos últimos anos para realizar o vídeo do seu novo single All Day, que se desenrola no palco dos Brits (os prémios da música britânica). Uma performance revolucionária, liderada por Kanye West junto ao seu séquito de artistas underground. O videoclip está inspirado nos distúrbios de Londres, em 2011. O rapper confessa-nos que a mensagem provém de um tweet que escreveu a propósito do que aconteceu: "As vidas dos negros são importantes, mas as de todos também"

Este artigo foi inicialmente publicado em i-D.