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Música

A Typá é uma DJ de rap

Num meio onde minas não têm vez, a nossa Mulher do Dia se firmou com muito trampo e competência.

Em março, na coluna Mulher do Dia, vamos diariamente parar por um minutinho o torno informacional para respirar e pensar sobre quantas vezes nós levamos realmente a sério o fato de que muitas das nossas artistas preferidas são, todos os dias, mulheres.

Foto do Facebook de DJ Typá.

“Na real, praticamente não tinha nenhuma mulher DJ quando eu comecei”. Essa frase foi falada pela DJ Typá no documentário O Rap Delas, lançado no 8 de março desse ano. O filme surgiu do projeto ‘As Minas do Rap’, show que Typá e mais quatro MCs apresentaram pelo Brasil no ano passado.

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É bem notório que o rap é lugar de homem — mais do que isso, é lugar de “macho” —, mas Typá se firmou no meio usando como ferramenta a competência profissional: muito trampo, tanto na pesquisa musical, quanto técnica e o inevitável marketing pessoal.

DJ desde 2000, ela sempre foi focada na black music e nas performances open format, ou seja, investindo nos scratches e na interação com o público — a carioca marca sua presença nos palcos mesmo trabalhando com nomes como KL Jay, Flora Matos e Don L.

Mesmo hoje em dia, quinze anos depois, poucas minas cravaram como fez Typá o seu lugar na cena, tanto no rap quanto na música eletrônica. Quando conversamos, a DJ me contou como começou antes de trabalhar com alguns dos manos e minas mais importantes do hip hop nacional.

NOISEY: Como você começou a trabalhar com música?
DJ Typá: Comecei como DJ por volta dos anos 2000 no Rio de Janeiro em uma balada chamada Bunker 94. O DJ Pachu estava me ensinando a tocar e me encaixou em uma noite nessa balada. A partir disso, nunca mais parei.

Você já sofreu algum preconceito ou situação constrangedora no meio musical por ser mulher?
Sim, já sofri algumas. Um exemplo foi o DJ residente da casa ficar mexendo insistentemente no mixer enquanto eu estava fazendo meu set! Tive que ser deselegante já que ele não se tocava, né?

Que mulheres você tem como influência/referência?
Kim Kardashian, Beyoncé, Rihanna, Nicki Minaj, Ciara.

Você acha que está surgindo mais espaço para mulheres na indústria musical?
Acho que sim… A mulher tendo um trabalho realmente bom e competente sempre terá espaço.

Você tem dicas para mulheres que estão começando agora na música?
Estude aquilo que você faz eternamente. Cuide do seu marketing pessoal e da sua imagem e sempre esteja ligada nas tendências mundiais.

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