Fotos de Arquivo Familiar
Carlos Imperial era um filho da puta. Mentiroso, cafajeste e xavequeiro, foi um dos caras que mais movimentaram o cenário cultural das décadas de 1960 e 70. É responsável pelo surgimento de meio mundo a que nos acostumamos a reverenciar: Roberto Carlos, Elis Regina, Wilson Simonal, Tim Maia, Clara Nunes, entre muitos outros, tiveram um dedinho do produtor em sua trajetória.No próximo domingo (12)estreiao documentárioEu Sou Carlos Imperial,na programação de 20 anos do festivalÉ Tudo Verdade. Com direção de Renato Terra e Ricardo Calil, responsáveis também peloUma Noite em 67,o filme será exibido em São Paulo, noCine Livraria Cultura, às 19h e de graça. Haverá uma segunda sessão na segunda-feira (13), às 15h, no mesmo endereço. No Rio de Janeiro serão duas exibições noEspaço Itaú de Cinema, em Botafogo, nos dias 17 e 18 de abril.O longa conta a trajetória profissional e as falcatruas de um dos melhores pilantras do Brasil a partir de depoimentos de gente como Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Toni Tornado, Eduardo Araújo, Gerson King Combo, Paulo Silvino e mais uma galera. “É a imaginação mais fértil da cultura pop brasileira”, conta Ricardo Calil.Como compositor é responsável, muitas vezes na trairagem, por clássicos como “A Praça”, “O Bom”, “Mamãe Passou Açúcar em Mim” e “Pode Vir Quente que Eu Estou Fervendo”. Nessa ocasião, ele literalmente saiu na mão com o Erasmos Carlos dentro de um estúdio de rádio. Foi pernada pra lá, soco pra cá, Roberto Carlos tentando apartar a confusão, e tudo não passava de uma armação do Imperial para promover a música.Famoso por suas gambiarras e autopromoção, no cinema foi diretor de quase uma dezena de filmes. Entre eles alguns clássicos da pornochanchada comoLoucuras, o Bumbum de OuroeSexo das Bonecas.Como ator participa de uma das melhores cenas do cinema nacional junto de Pedrinho Aguinaga emBanana Mecânica, de Braz Chediak:No Carnaval ficou conhecido também por ser o locutor das notas das escolas de samba e criar o bordão “Dez, nota dez!”. Imperial foi também apresentador de TV com os programas da TupiBarra LimpaePrograma Carlos Imperial.Exibida nas noites de sábado, a atração revelou nomes como Dudu França, Gretchen e este vídeo:Com muitos ouros e novas safadezas, o documentário desvenda um dos personagens mais complexos e questionáveis da cena cultural brasileira. Era um filho da puta, mas um puta personagem.Eu Sou Carlos ImperialDireção: Renato Terra e Ricardo CalilProdução: Afinal FilmesEstreia: 12 de abril, às 19h, São Paulo (Festival É Tudo Verdade)Local: Cine Livraria Cultura (Av. Paulista, 2073)Entrada gratuita (retirada de ingressos a partir das 18h)Mais informaçõesOutras sessões13/4 - São Paulo - Cine Livraria Cultura (Av. Paulista, 2073), 15h17/4 - Rio de Janeiro - Espaço Itaú de Cinema (Praia de Botafogo, 316), 21h18/4 - Rio de Janeiro - Espaço Itaú de Cinema (Praia de Botafogo, 316), 15hTodas as sessões são gratuitas
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