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Noisey

Rica Pancita analisa os lançamentos da sexta #72

Uma seleção pra você ficar numa relax nesse feriado.

E ae belezinha.

Olha aí mais um feriado chegando, para desespero do jovem empreendedor brasileiro que está muito motivadão porém está preso em um país preguiçoso demais com “muito feriado”. Aí é problema dele. Aqui trago novos discos (e singles) que podem estar sendo utilizados como trilha para sua próxima viagem pra ficar num relax. Se não vai viajar ouve em casa e fica relax. Procure ficar relax em algum momento da vida, pelo amor de Deus, senão começa a dar uns negócio umas úlcera, é só bosta. Fique relax.

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Agora vamos com essa novidade que eu tô trazendo pro colunismo musical:

Wanessa - “Mulher Gato”
Wanessa foi do pop cafona pro sertanejo pro pop-eletrônico “as gay gosta” pro sertanejo e agora vem com…. Com o que hein…. O que será que ela vai #aprontar dessa vez hein…. Será que você adivinha? Decidi que na busca por entreter & informar o leitor dessa coluna eu vou fazer a CHARADINHA MUSICAL DA SEMANA: QUE TIPO DE SOM A WANESSA TÁ LANÇANDO DESSA VEZ?

Resposta no fim da coluna (igual desafio de jornal, que a resposta fica no rodapé).

Vamo de lançamento então? Vamo.

- Vamo.

----AS MELHORES MESMO QUE TEVE----

Janelle Monáe - Dirty Computer
Disco muito bom, acima da média dos discos que tão saindo esse ano. Porém calma. O início do disco, com #feat do Brian Wilson e “Take A Byte” me deixou bem “eita carai esse aqui vai ser discão”. Só que depois não segura a média alta não. Continua boa, mas não EITA QUE SOM. Não. O meião do disco vem com uns pop mais bobildo (“Screwed”), e aquele blocão dos singles que já não tinham me agradado tanto assim antes (a exceção de “I Like That”, que eu gostei mais). O bloquinho final dá uma subida na qualidade novamente. Terminando com “Americans”, do gênero som-do-Prince-com-fala-política. Enfim, muito bom o disco, nas próximas audições talvez eu pule umas faixas.

Ducktails - “Plastic Melody”
Lo-Fizinho do Ducktails que é aquele esquema lá. Bateria eletrônica quadradinha e violão/guitarra levando na #pegada #do #suave. Bem maneira. O single tem um b-side “Squirrel In The Yard”, que até que tava indo bem também, mas chegou uma hora que começou a ficar muito repetitivo, então essa eu já não indico tanto assim.

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Post Malone - beerbongs & bentleys
Uma forma de descrever como foi a audição desse disco é: anestesiante. Botei pra ouvir e legal de boa, só melodia suave, nenhuma mais de porradão, o #flow de trap mas não é aquelas batidas de sempre, tudo show. Depois de um tempo ouvindo pensei “bom acho que já tá no fim do disco já, né. Ouvi bastante”. Fui ver e tava na faixa 9, de um disco com 18 faixas. Aí deu um desânimo, porque eu já não tava muito afim de continuar ouvindo. Da faixa 10 em diante ouvi pouco, e de má vontade. Então assim, é um bom disco no geral. Se você for como eu e achar que cansou, aí para, faz um lanche, joga um game, depois ouve o resto. Não tem a menor necessidade de ouvir tudo de uma vez.

Anne-Marie - Speak Your Mind
Pop-EDM esquema de sempre, mas bom de ouvir, eu achei. Tem o problema igual o do disco do Post Malone, muito mais longo do que realmente precisava. Lá pra metade deu uma cansada também de tar ouvindo tanto pop-EDM da mesma cantora. Mas: disco bom.

Thundercat - “Final Fight”
Baixão daqueles baixão que deve ter umas OITO cordas moendo, e aquele vocal fininho lá que eu não sei quem que faz. Não sei se é sobra do Drunk ou se composto posteriormente, porque ele encaixaria bonitinho no disco. Mó som.

Ty Segall - “Fanny Dog (Royal)”
Rockzão antigueira com uns metalzão bonito, solinho de guitarra, riffzinho de guitarra, escalinha de guitarra, distorçãozinha de guitarra, outro solinho de guitarra, e assim vai indo. Bem maneira.

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Brent Cobb - “Come Home Soon”
Country-folkzinho que é tão bonito de ouvir. Se cê curte lá os Wilcozinho da vida e não manja o Brent Cobb deveria tar dando uma oportunidade pro força jovem aí.

----AS QUE TÃO BOAS TAMBÉM----

Iza - Dona de mim
Representante nacional do pop-R&B, gênero que tem meio que pouco no Brasil mesmo. Então já é algo bom. Produção bem radiofônica com aquele #toque de EDM que vai tocar bem nas Jovem Pan que tem no Brasil. Não tem nenhuma música que seja Meu Deus Que Musicão, mas são no mínimo boazinhas. O ponto ruim é que tá infestado de participações, de FEATS bem pra lá de totalmente desnecessárias. Imagino que seja obrigação de gravadora pra artista em início de carreira. Uma obrigação bem idiota. Mas enfim, o disco: é bom o disco.

Nego do Borel - “Cadeira”
É boa sim. Porém muito me preocupa ver (ouvir) que o Nego do Borel tá seguindo o mesmíssimo esquema do ano passado. Vai ser bem aceito? Vai. A galera vai gostar, vai tocar nas rádios, tudo ok. Mas me preocupa. Tá seguindo fórmula pronta e uma hora dá errado isso aí. Se liga. (é boa)

Luan Santana, Simone & Simaria, Pabllo Vittar - “Hasta La Vista”
EDM latino ok, foi agradável de ouvir. Qual foi a motivação disso aqui eu não faço a menor ideia, prefiro até ficar sem saber mesmo. Mas tá boazinha a música. Bobilda mas boa.

Stephen Malkmus & The Jicks - “Refute”
Indiezinho meio que country, e meio que ok também. Vou dizer que é #bonitinha, mas não lá muuuito interessante não. Okzinha bonitinha.

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The Flaming Lips - “We Can’t Predict the Future”
Sonzinho piano-violão naquele esquema bem Flaming Lips mesmo. Eu sinceramente gosto, mas é mais uma “acústica” do Flaming Lips.

Péricles - “Até Que Durou”
Pagodinho de qualidade com a #potência #vocal do Péricles. Gostei bem de como a melodia foi crescendo ao longo da música. Coralzinho gospel eu já não gostei tanto assim, mas nada que atrapalhe. Boa música.

The Bilinda Butchers - “Girlfriend”
Um #gostoso indie lo-fi, quase que um Sarah Records da vida. Ficou legal de ouvir.

Tatiana Hazel - “Can’t Help But Notice”
Cantora mexicana que vou tar de olho no que vai lançar daqui em diante, porque tá uma música boa. Pop-EDM, com #aquele toque de house virada dos 90’s pros 00’s que parece que tá virando uma constante entre os produtores do estilo.

Oneohtrix Point Never - “Black Snow”
Doidera. Na verdade a primeira metade é bem tranquilinha, e a segunda metade também é, mas cheia dos ruídos e efeitinhos. Ficou boa.

Jennifer Lopez - “El Anillo”
Rapaz… (emoji mãozinha no queixo)… isso aqui é um funk. Oficialmente um pop-EDM. Mas é um funk. Eu estou um pouco confuso. Não sei nem dizer se gostei ou não, ainda estou digerindo o fato dessa música ser um funk. PORQUE É. Num tô louco.

----AS QUE EU NÃO GOSTEI NÃO----

Heavy Baile - “Carne de Pescoço”
Cara, eu gosto de funk. E eu gosto de música eletrônica no geral. Então por que raios toda música que vem do Heavy Baile, que tem os dois, eu ouço e acho meio “nhééééé”? Juro que sempre ouço esperando o melhor, e nunca bate legal. Num bate. No meio do set lá do DJ Decolex, tomando um goró na pistinha deve rolar bem. Agora, sóbrio, ouvindo sozinho no computador, é som ok só.

Titãs - Doze Flores Amarelas. A Ópera do Rock (Ato I)
Pensei que era “ópera-rock”, mas aí que li direito e vi que é “ópera DO rock”. Deve haver alguma diferença, e eu tenho quase certeza que todos os integrantes dos Titãs sabem como é a estrutura de uma ópera, já que vieram de escola de boy. Aí tudo isso só serve pra me deixar confuso quanto a esse EP com intro mais 7 faixas pop-rock manjadaço & caído. Vai ter MAIS “atos” de pop-rock que tem nada de interessante? As letras são importantes? É encenado? Enfim várias questões que ficarão sem resposta porque são questões que surgiram enquanto ouvia o EP. A resposta mesmo eu não tô muito interessado não.

Acabou a coluna. Será que você conseguiu acertar????

Se você falou REGGAETON parabéns! Quem diria que depois do pop-cafona, do sertanejo, do pop-EDM-as-gay-gosta e do sertanejo, a Wanessa agora vem com o estilo que mais tá sendo gravado pelos artistas pop brasileiros. Se você errou tudo bem também, ninguém se importa. Agora vai lá curtir teu dia. Abraços.

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