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Relembrando Chuck Berry e seu complicadíssimo legado

Sua história é complexa, seu status de lenda é inegável, e ele mesmo é, talvez felizmente, insubstituível.

Matéria originalmente publicada no Noisey US .

Você conhece o Chuck Berry. Antes mesmo de sua morte aos 90 anos no dia 18 deste mês você conhecia seu nome, seu jeito de tocar guitarra ou de alguma forma tinha noção de seu legado. Sucessos não lhe faltam. Faixas como "Maybellene" e "Johnny B. Goode" são pilares sustentando o peso do gênero que ele ajudou a criar. Repita comigo: ele ajudou a criar todo um gênero musical. "Rock and Roll" pode soar como algo datado diante do caldeirão de 2017 (ver More Life de Drake). Nascido de músicos negros e gêneros criados por estes, como jazz e rhythm and blues e, por mais que Berry tenha sido pioneiro do gênero musical mais influente do planeta, o status de Chuck enquanto herói negro e americano sempre foi alvo de disputa por conta de suas próprias falhas.

A forma grosseira e confusa com a qual Berry tratava as mulheres deveria pesar tanto quanto sua música, mas na maioria dos perfis publicados por aí não vemos isso. Fica a questão no ar: é possível separar o artista da arte? As transgressões de Berry o tornam alvo de comparação com nomes como Bill Cosby e Mel Gibson, com a diferença de que entre Cosby e Gibson este primeiro é um ícone apenas para alguns na comunidade negra e o outro passa por uma espécie de redenção enquanto este texto é escrito. O clichê "nunca conheça seus ídolos" pode ser readaptado para Berry da seguinte forma: "nunca descubra tudo sobre seus ídolos".

Leia o restante da matéria no Noisey.