Ato anti-Temer em São Paulo tem confusão com acampados em frente à Fiesp

Perto das 14 horas deste domingo (15), os manifestantes que marcaram encontro na Praça do Ciclista aumentavam o coro replicado em diversas manifestações pelo país: contra o presidente interino Michel Temer e pela volta do Ministério da Cultura. Perto das 15h30, quando o povo virava a Rua da Consolação em direção à Praça Roosevelt, a multidão somava cerca de 10 mil pessoas, de acordo com o Coletivo pela Democracia – a Polícia Militar não divulgou estimativa.

Em um cálculo visual, 80% eram mulheres. Cartazes diversos contra o presidente interino e palavras de ordem a favor da diversidade foi o que se viu e ouviu. Tambores e pandeiros foram ouvidos em canções contra o novo governo.

Além das citações a Temer, as mulheres gritavam, em oposição ao "Tchau, Querida", "Força, Querida", afirmando que o golpe, além de ser um golpe, é um ato machista. A princípio a coisa acabaria na Praça, mas depois de alguns depoimentos, os manifestantes decidiram subir a Augusta em direção a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), centro nervoso da oposição que reuniu manifestantes pró-impeachment desde o início do processo. Tinham receio de que seriam impedidos. Não foram. Ocuparam a frente do prédio com brados contra a federação e sugeriram que a Fiesp era uma parceira do golpe.

Alguns manifestantes pró-impeachment acampados em frente ao prédio se incomodaram e discutiram com os que se aproximavam. Houve bate-boca. A polícia cercou os manifestantes pró-impeachment. Depois o ato caminhou até a Estação Brigadeiro e terminou na altura do Masp, na Avenida Paulista, à noite. Uma nova manifestação está marcada para o fim de semana que vem.