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Descubra o Rio dos anos 90 com os minidocs do filme 'Legalize Já'

Os vídeos explicam a cena musical dos anos 1990, o grafite e a fundação da Batalha do Real, que foram pano de fundo pra história do Planet Hemp.
Ícaro Silva e Renato Goés, protagonistas de 'Legalize Já'.
Ícaro Silva e Renato Goés, protagonistas de 'Legalize Já'. Foto: Divulgação

O filme que conta a história do Planet Hemp — mais precisamente, do início da banda e da amizade enter Marcelo D2 e Skunk — estreia nessa quinta (18). A história dos caras entre si já é interessante o bastante mas, convenhamos, tem muita coisa a destrinchar aí dentro: o contexto social do Rio de Janeiro, a cena musical carioca nos anos 90, o grafite, o hip hop, o skate e por aí vai. É por essa pluralidade de temas e assuntos que cercam o universo do Planet Hemp que os diretores do filme decidiram produzir três minidocs que acompanham Legalize Já e que você pode assistir com exclusividade no Noisey.

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Os documentários tratam do contexto carioca nos anos 90, do grafite e do surgimento da Batalha do Real no Rio de Janeiro. A ideia partiu de Johnny Araújo e o produtor Paulo Roberto Schmidt. Para se encarregar da tarefa de diretor dos filmes, eles chamaram Emílio Domingos. Emílio participou da pesquisa do que eventualmente se tornaria Legalize Já e já é um veterano de produções audiovisuais sobre o rap e a periferia carioca, sendo roteirista e diretor de filmes como L.A.P.A (2007) e A Batalha do Passinho (2012).

Emílio comenta que conheceu o Planet Hemp por volta de 1995, por meio de um colega de faculdade que andava de skate com Marcelo D2 pelo Andaraí e lhe entregou uma fita demo do grupo. Foi amor à primeira vista. "[Gravar os docs] teve um ar meio nostálgico. Estamos falando de uma história recente, mas que já tem 20 anos. Deu pra dar uma documentada boa numa cena que é muito marcante mas pouco comentada, uma história que foi pouco contada", conta o diretor.

Mantenha em mente que os docs foram feitos entre uma galera que já se conhece muito bem: além de Emílio já ter dado rolê com boa parte dos personagens do curta, ele também admite que quase todos se conhecem entre si. Entre eles, estão D2, Marcelo Yuka, d'O Rappa, o grafiteiro Acme, o MC Shackal, entre outros. O clima, então, era de reencontro. "As pessoas foram muito prestativas, toparam trocar ideia e fluiu muito bem. É legal reencontrar esses MCs todos e ver que as coisas andaram, evoluíram, ver que a Batalha Real continua sendo um evento tão forte. Os entrevistados dos filmes conviveram durante muito tempo; são mundos muito próximo e convergentes", diz Emílio.

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A real importância de registrar essas histórias, para o diretor, é perceber o quanto seus personagens tiveram importância em abrir os caminhos para o rap e cultura de rua carioca em seu tempo. Segundo Emílio, que sempre esteve perto do tema, esta foi a geração que desbravou a realidade atual do hip hop no Rio de Janeiro.

"Os docs falam de uma geração que acreditou num sonho musical, acreditou que poderiam mudar as coisas através da arte. E mudaram muita coisa, principalmente num nível comportamental", fala. "São figuras que entraram pra história e eu fico muito honrado de poder registrar e trocar ideia com eles."

Assista os três documentários abaixo:

Bem-Vindo aos Anos 90:

Grafite Rio:

A Tradicional Batalha do Real:

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