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Música

Exclusivo! Há vida (e morte) na muralha sónica dos Imploding Stars

A banda de post-rock de Braga está prestes a lançar o segundo álbum de estúdio. "Demise" abre-nos a porta para a sova que aí vem.

Compreender a vida humana, através de melodias, ritmos e experiências sensoriais sónicas. "Através de sentimentos, de movimentos e de acções relacionados com os estágios da vida". Tarefa hercúlea esta dos Imploding Stars… Construir paredes de som para explicar a vida… Expandir os limites da canção e transformá-la num exercício narrativo instrumental.

Bem, contextos filosóficos à parte, o quinteto post-rock de Braga está prestes a atingir-nos de frente com um colosso chamado Riverine e isso fica bem claro em "Demise", single de avanço que, segundo os próprios, corresponde "ao sétimo momento/fase da vida humana, a morte". Envolvida num extraordinário vídeo/curta-metragem (vê acima) realizado por Diogo Louro e protagonizado por Teresa Arcanjo, Afonso Santos, Catarina Costa, "Demise" é uma jornada intensa entre a luz e a escuridão, entre o campo aberto e a claustrofobia de umas quatro paredes que vão apertando, apertando, até não restar nada.

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"Durante a nossa vida, experimentamos diferentes sensações que levam à criação de memórias. No entanto, estamos normalmente limitados aos limites da perceção humana e às decisões sobre o que é bom ou mau nas bifurcações que vamos encontrando. Mas, afinal o que é bom ou mau? E se não houver limites nessa perceção humana? E se pudéssemos, de alguma forma, viver para sempre ou reviver", explica a banda bracarense.

As respostas a estas e outras dúvidas existenciais ficam, claro, para quem está do lado de cá da muralha sonora. "A abordagem pretende remover os limites da nossa mente e do universo, permitindo-nos criar um envolvimento entre os oitos temas do álbum à história de vida de cada ouvinte". Deveria a vida soar assim? Os Imploding Stars dizem que sim. Nós, como eles recomendam, "de olhos fechados deixamos o nosso corpo flutuar até à imensidão do desconhecido".


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