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Música

Relembramos Todos os 27 Singles do Basement Jaxx – e Eles São Bons pra Cacete

A dupla britânica deu ao mundo uma pá de singles. Listamos os melhores e dissemos o porquê.

Felix Buxton e Simon Ratcliffe - aka Basement Jaxx – estão entre os mais consistentes produtores de singles que a Grã-Bretanha deu ao mundo. Sim, melhor até que o Girls Aloud. ("Walk This Way" com Sugababes: #neverforget). Com o lançamento do sétimo álbum da dupla previsto para este mês  e uma turnê britânica completa no horizonte, nós decidimos percorrer todos os 27 (!!!) singles deles, desde "Samba Magic" de 1996 até o recente "Never Say Never". Temos certeza de que você mal pode esperar para dizer que estamos errados em colocar [insira aqui o nome da música] em [insira aqui a posição], então vamos direto a este Seríssimo Ranking Oficial do Maior Produtor de Singles Deste Século, discutindo as melhores e piores partes de cada música ao longo do caminho. Lembrando que "pior" é algo relativo quando se trata do The Jaxx.

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27. "Do Your Thing" (XL Recordings, 2002)

Certo, risque o que eu disse sobre "pior" ser "relativo". O segundo disco do Basement Jaxx,

Rooty

, tem uma série de hits inacreditáveis. Alguns ficarão mais para o fim dessa lista, outros estarão notavelmente nas primeiras posições, mas todos são populares entre os fãs. São músicas que as pessoas A-D-O-R-A-M. Aí tem o último single do ciclo de promoção do

Root

y, "Do Your Thing", uma incrivelmente presunçosa peça de lite-jazz. Existem muitas abordagens interessantes que o Jaxx faz em relação ao ecletismo, e normalmente é fascinante ouvir como eles misturam gêneros além do "dance music encontra [lacuna]". Ainda assim "Do Your Thing" é definida por uma simples equação e pouca coisa além disso: bom tempo de virada e beats mancos igual a ugh. É horrível.

MELHOR PARTE
02:24 – O grito de 'clap your hands!' da vocalista convidada Elliot May.

PIOR PARTE

Basicamente todo o resto. Não vamos insistir nisso, pessoal.

26. "Never Say Never Feat. ETML" (Atlantic Jaxx/PIAS, 2014)

No começo de junho, o vídeo de Saman Kash para "Never Say Never" surgiu na internet, mostrando um sensual romance futurista com bundas robóticas. Eu estou escondendo o jogo aqui: tem robôs que fazem twerking. Pense nisso por um momento. O vídeo de Kash tem como trilha sonora um house bem ordinário, com um refrão de teclado de igreja e vocais suaves do Sam Smithiano ETML. Para uma faixa escolhida como pontapé inicial do álbum que será lançado ainda este mês, trata-se de algo bem modesto. Como você pode notar, o Jaxx é tanto melhor quanto menos segue as regras da cena dance que os criou – em "Never Say Never" eles soam como um João Atrasado das paradas, algo que não tem a ver com eles. E não dá pra fazer twerking com a música também.

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MELHOR PARTE

02:44 – Alguns susurros melódicos que são inesperados o suficiente para soarem encantadoramente tortos.

PIOR PARTE

00:35 – Não é terrível, para falar a verdade, mas esse é o momento em que você percebe que "Never Say Never" não será muito mais que uma espécie de reheab numa praia. Eu nunca assisti um episódio de The Only Way Is Essex [reality londrino], mas estou imaginando muito um episódio de TOWIE agora.

25. "Plug It In Feat. J.C.Chasez" (XL Recordings. 2004)

Quando Justin Timberlake deu uma força aos seus ex-companheiros de NSYNC no VMA do ano passado, não foi o tipo de glória pop com a qual se sonha – o grupo estava fora de forma e eles não conseguiam dançar como outrora. O tempo destrói tudo, como já disse o filósofo. Mas a pior parte foi quando JC Chasez, o outro vocalista principal da mega-popular boy band, mandou um esperançoso grito de "BABYYYYYY" imediatamente após a performance, como se quisesse avisar a todos os A&Rs presentes que ele estava disponível. O tempo não tem sido bondoso com o seu destino, e não foi bondoso também com sua colaboração com o Jaxx "Plug it In".

Na época, Buxton e Ratcliffe pareciam parceiros ideais para ajudar a diferenciar Chasez do ascendente Timberlake. Ouvindo o single hoje em dia é difícil dizer pra quem a gravação foi feita. O Jaxx atira em várias direções diferentes durante o refrão e caminha sem rumo pelos versos alegrinhos; Chasez nunca encontra um estilo em que fique confortável, e vai alternando entre cantarolares dramáticos e o over. É uma pena, porque o álbum solo de Chasez de 2004, Schizophrenic, contém uma colaboração de Buxton/Ratcliffe ("Shake It") que é umas dez vezes melhor que "Plug It In".

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MELHOR PARTE

00:55 – Com seus rugidos absoltamente primitivos, o refrão permite que você se entregue, o que é bem engraçado.

PIOR PARTE

01:16 – Uma vergonha para quem quer que tenha feito Chasez cantar o verso mais macabro de todos os singles do Basement Jaxx: "All I want / is what's kicking inside your skin". CHAMEM A POLÍCIA.

24."Back 2 The Wild" (37 Adventures, 2013)

Uma primeira impressão, "Back 2 the Wild" é o som do The Jaxx que leva todo o seu impulso criativo para o local mais confuso e irritante possível: seu som cheio de camadas se torna um assalto sonoro e seu senso de humor contagiante se transforma em um caos barulhento com insinuações anti-eróticas de 'vamos ficar pelaaaadoooos!!!!'. A segunda impressão, bem, é exatamente a mesma, mas a música tem salvação. Uma seção de sopros robusta abre caminho para sintetizadores atonais; e o final se salva com a mistura de art-pop e deep house. Tem algumas ideias ótimas aqui, mas elas lutam contra um monte de uivos detestáveis que se acham bem mais divertidos do que de fato são. A prova: "Lets get naked!!!!"

MELHOR PARTE

02:13 –  A faixa de repente fica realmente da pesada. Ao que tudo indica, as imagens foram gravadas no Quênia, e se isso for verdade elas valeram o preço da passagem de avião.

PIOR PARTE

00:43 – "Vamos ficar pelaaadoooooos!!!" Ugh, se joga no lixo.

23. "Romeo" (XL Recordings, 2001)

Eu nunca fiquei tão desapontado com uma atração principal como quando vi o Basement Jaxx no Pukkelpop (divertiram-se no Bestival pessoal?), e um grande motivo por trás disso foi a decisão do grupo de despir "Romeo" em uma versão crua para violão e voz. "Romeo", o principal single do

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Rooty

, é todo pra frente, uma máquina de percussão implacável. Ela força, força e força até desmoronar nos últimos dez segundos. Não fez sentido despir logo essa música. Eu fiquei puto da vida. Mas o que me pareceu um sacrilégio em uma noite de sexta em um campo frio da Bégica, agora parece uma tentativa meio-esperta de dar algo mais à música. Que Deus a abençoe, mas "Romeo" é toda movimento e pouco além disso. Kele Le Roc dá o melhor de si em seu papel de convidada,  e encontra seus momentos de graça em seu disfarçe de amante rejeitada, mas "Romeo" sufoca qualquer emoção em seu pulso agressivo.

MELHOR PARTE

02:21 – Há uma ponte gloriosa onde Le Roc pode se libertar e injetar alguma emoção na faixa que até aí não é muito mais do que ousada. Sua leitura de "you left me laying there with a broken heart" dá uma fisgada …

PIOR PARTE

02:29 - … antes de voltar para a melodia original, aka a única melodia, aka essa música não vai a lugar algum.

22. "U Don't Know Me" (XL Recordings, 2005)

A vocalista do Bellrays Lisa Kekaula foi apresentada ao mundo depois de "Good Luck" . Esse single foi algo como um rito de passagem para ela. "U Don't Know Me" é, digamos, um segundo rito de passagem, mas nem de longe tão eufórico quanto o anterior. Ao contrário, é Buxton e Ratcliffe tomando uma aula de composição – compondo uma canção de rock. É claro que uma versão Basement Jaxx de uma canção de rock é diferente de tudo o que você vai ouvir no seu barzinho local. Beatbox abundante, tambores, xilofones e backing vocals oferecem mais "woos" alegres do que você espera. Os versos parecem subescritos, evitando tristemente que Kekaula percorra linhas mais completas até a chegada do refrão, mas aquele refrão (e seus muitos arranjos) garantem a atrevida diversão.

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MELHOR PARTE

02:36 – O solo de teclado!

PIOR PARTE

01:10 – Um efeito sonoro parecido com um scratch nos faz temer que Buxton e Ratcliffe pensem que "rock" quer dizer "rap-metal".

21. "Jus 1 Kiss" (XL Recordings, 2001)

Nunca é demais repetir que o Chic não fez apenas música alegre dessas pra jogar confete. De vez em quando eles mandavam uma música lenta de amor não correspondido como "You Can't Do It Alone" de 1989. Nessa faixa, Alfa Anderson caminha pela conversa de restaurar uma relação e de dizer tchau para "a década do eu". Seus vocais se esvaem, calmamente engolidos por uma guitarra espanhola. "Jus 1 Kiss" sampleia esta profunda peça disco e oferece uma abordagem mais leve e animada do relacionamento em questão com uma simples solução: apenas um beijo. Essa tentativa de criar finais felizes para a geração disco é muito bonitinha.

MELHOR PARTE
01:38 – O  refrão "la la la" cantado suavemente.

PIOR PARTE

02:40 – Uma pausa instrumental estranhamente mixada leva muito tempo até cair de volta no "la la la". Você alguma vez já olhou pro relógio enquanto ouvia um riff do Nile Rodgers?

20. "Unicorn" (Altantic Jaxx/PIAS, 2014)

O problema com "Never Say Never" é que ela mostra o que há de mais comum nos caras, e comum não é um termo que você normalmente associaria ao The Jaxx. Então por que "Unicorn" está mal colocada nessa lista? Bem, por uma coisa: ela ignora o hit parade e se volta ao passado, tornando-se pura nostalgia: é a melhor volta a 1992 que o grupo já fez. Porém é quase chocante o quanto Buxton e Ratcliffe andam na linha em "Unicorn". Talvez, depois de quase duas décadas de malabarismos sonoros, a coisa mais chocante que eles possam fazer é não chocar.

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MELHOR PARTE

 00:08 – Um cavalheiro de voz sombria nos ordena a "Jump in!". Ok, vou desligar meu cérebro pelos próximos quatro minutos.

PIOR PARTE

 04:00 – Espera aí, uma vez mais quando a música está acabando, a vocalista (não creditada até o momento) acabou de prometer que "será surpreendente!". Agora eu só posso achar que ela está me dizendo que Junto será bom e que eu não devo me preocupar. A house music deveria ter disclaimers?

19. "Feelings Gone Feat. Sam Sparro" (XL Recordings, 2009)

Não vou dizer que ele estava à frente do seu tempo – isso seria dar muito crédito a ele – mas Sam Sparro ficou injustamente de fora do atual rol de máquinas de cantar com voz sedosa. "Feelings Gone" é uma chance para Sparro exercitar seus músculos vocais. É uma performance que não sabe onde vai parar, mas com uma música como a do  Jaxx, sua ausência de freios florece. Porém, ela padece por ser o 'single do meio' do álbum Scars de 2009, não tendo o romantismo de "Raindrops" ou a sinceridade "My Turn". Há muitas Emocões com E maiúsculo em "Feelings Gone", mas sua ostentação impede que ela seja realmente cativante.

MELHOR PARTE

02:41 – Os gritos de Sparro estilo Little Richard.

PIOR PARTE

02:28 – Um coro surge no fundo e vem aquela sensação estranha de que o Jaxx pode ter exagerado um pouco aqui.

18. "Hey U" (XL Recordings, 2007)

A Robyn é uma das melhores representantes da música eletrônica dentro do pop moderno, desde gravações com Royksopp no '"Do It Again", até encher seus próprios discos com hard beats que cabem tanto no club Berghain em Berlim, quanto em uma festa na praia. Mas os Jaxx não são os representantes comuns de música eletrônica, então eles não fazem o óbvio com seus convidados. Como sempre, em se tratando do grupo, é audacioso e muito divertido, mas para o último single do Crazy Itch Radio de 2006 soa confuso.

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MELHOR PARTE

03:01 – Para um grupo de house que já criou várias teorias no passado, a 'ladeira abaixo' aplicada a "Asfalt Tango" do Fanfare Ciocarlia é um dos lances mais criativos do Jaxx – e o mais divertido.

PIOR PARTE

02:08 – Perceber que a Robyn na verdade não vai se juntar ao coro grego deixando clara a sua turbulência romântica, que é narrativamente sólida ainda que meio mala. A Robyn parece muito serena em sua música, mesmo quando tem o coração partido ou banca a boba: seria legal se ela desse uma agitada por um momento com Buxton e Ratcliffe.

17. "Lucky Star Feat. Dizzee Rascal" (XL Recordings, 2003)

Antes de Aaron LaCrate, antes de Calvin Harris, muito antes daquela porra de música com RedOne e Jessie J, o primeiro flerte de Dizzee Rascal com o dance foi com Buxton e Ratcliffe. "Lucky Star" foi uma escolha esquisita para o primeiro single do Kish Kash de 2003. Parece que o som foi feito como vitrine para o novato companheiro de selo do Jaxx na XL, e a colaboração soa meio forçada. Dizzee não conseguiu encontrar um bom meio termo entre a energia sobrecarregada de seus anfitriões e sua própria música, comparativamente esquelética. A música está mais para fascinante do que um grande single do Basement Jaxx, mas essa fascinação capta o Dizzee que mais amávamos – se abrindo para o mundo musical ao seu redor.

MELHOR PARTE

01:18 – A faixa se acalma por um momento (ainda que mantenha os shynts o tempo todo) para que Dizze dê um sorriso e conte uma história de redenção: "Foi um pequeno longo caminho em um pequeno longo tempo / desde que eu cometia roubos de rua e pequenos crimes… / Só gostaria de dizer que eu me sinto ótimo!".

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PIOR PARTE

02:59 – A tendência do The Jaxx para samples desordenados saem como um tiro pela culatra, quando você ouve os constantes estampidos de… bem, algo que soa como um peido. Às vezes coisas demais são coisas demais, caras.

16. "Bingo Bango" (XL Recordings, 2000)

Buxton e Ratcliffe gostam de voltar regularmente à fonte da música latino-americana, e ainda que o entusiasmo deles por pesquisar clássicos de salsa não possa ser criticado, ele pode às vezes mostrar o que há de mais tosco no material deles. Assim como "Samba Magic" de 1996, "Bingo Bango" é uma música altamente baseada em um sample (dessa vez é "Meringue", do Bolivar); ao contrário daquela música mais antiga, esta parece cansada, incapaz de aproveitar a energia do seu original sampleado. Ela mostra a admiração do grupo pela música latino-americana mas não a explora o suficiente para arrebatar o seu interesse. Dito isso, "Bingo Bango" é um ótimo nome para uma música.

MELHOR PARTE

02:28 – O sample de "Meringue" desaparece no background e se torna um susurro, enquanto a percussão eletrônica chacoalha, entra e sai dos alto falantes. É um momento de tensão altamente necessária.

PIOR PARTE

00:14 – Normalmente eu adoro os uivos que saltam das músicas do Basement Jaxx, mas o Aiiiíííí' que surge logo antes da entrada do beat sempre me pareceu muito forçado. Mais latino do que, bem, a própria latinidade.

15. "Fly Life" (Rotate Records, 1997)

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Tudo começou aqui, em uma reluzente explosão de house e ragga. "Fly Life" foi o primeiro single do Basement Jaxx a entrar nas paradas no Reino Unido, e ainda que não tenha a sofisticação do seu material posterior, ele funciona na força. A música é toda uma explosão de absurdo, pulsando com muitos elementos que miraculosamente nunca soam dissonantes. Mesmo nessa época eles sabiam como operar um caos multi-gênero e fazer disso algo dançável. É meio datado, como boa parte da house noventista, mas é o primeiro passo real de Buxton e Ratcliffe rumo a se tornarem um grande grupo pop.

MELHOR PARTE

00:01 – Eu me amarro nos samples vocais quebrados e nos rápidos efeitos sonoros de dub que dão início a "Fly Life". É um ótimo alerta vermelho pra todo mundo largar os seus drinks e se mandar pra pista o mais rápido possível.

PIOR PARTE

Não chega a ser culpa do Basement Jaxx, mas a aparição do Glamma Kid aqui me fez ouvir "Why" pela primeira vez em anos. Cara, que música ruim. (Também me fez ouvir novamente a majestosidade de "Sweetest Taboo", e eu tenho que me casar só pra tocar ela na primeira dança. (Ei garotaas.)

14. "What A Difference Your Love Makes" (37 Adventures, 2013)

No mundo do Basement Jaxx a influência da disco nunca está distante, mas ela normalmente é destrinchada e remontada nos samples (veja "Jus 1 Kiss" e "Hush Boy"). "What A Difference" é bastante simples para o grupo, e soa como a sua tentativa mais clara de recriar a excitação de purpurina da era disco. Claro, há muitos desvios, como é costume com o The Jaxx – o folkie Sam Brookes nos vocais, por exemplo, além do vereterano do house de Chicago DJ Sneak, e o interlúdio ressonante que pega pesado no baixo. É como um dos samples do Chic que o grupo usa, passando pela visão de mundo idiossincrática deles sem perder a sua forma tradicional. Podemos chamar isso de um bom meio termo.

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MELHOR PARTE

01:11 – Esse trecho de guitarra não dá a mínima para o quão brega ela possa parecer -  o Jaxx sabe que você está fazendo air guitar pra eles.

PIOR PARTE

03:01 – Ei, solo de guitarra com talkbox! Vamos nessa… Opa, acabou a música. Droga, eu fiz essa pose de solo de guitarra pra nada.

13. "Red Alert" (XL Recordings,1999)

Tem sempre um toque de caos à espreita na música do Basement Jaxx. Suas músicas estão sendo construídas para então surgir com piadas, alusões musicais e camadas e mais camadas de vozes. "Red Alert" – aka a faixa que apresentou boa parte do público à dupla – tem esses elementos aos montes. Ela usa um riff do grupo Locksmith dos anos setenta, e então joga em cima disso uma melodia da era vaudeville chamada "Streets of Cairo", empilhando a festa disco do Locksmith junto com pedaços de música de dança do ventre. A melodia "Streets of Cairo" é gritada por um grupo de amigos, que fazem uma algazarra enquanto cantam.

A cantora principal, Belinda James uiva com o grupo sempre que não está cantando. Mas James está cantando sobre algo catastrófico, um chamado para que as pessoas se percam na música e esqueçam tudo o que há de errado no mundo. "Red Alert" deveria soar como uma purificação catártica, mas acaba parecendo uma loucura sonora.Com este single, o Basement Jaxx convidou o mundo todo para a sua festa mas esqueceu de passar a eles uma regra: deixe todos os seus problemas na porta. Não é de admirar que algo assim tão tenso seja chamado de "Red Alert".

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MELHOR PARTE

00:39 – O refrão entra ao som de um subestimado (e selvagem) theremin.Os Jaxx são bons em colocar um theremin quando dá.

PIOR PARTE

02:15 – O uivo amedrontador "SAY WHAT?!".

12. "Jump N' Shout Feat. Slarta John" (XL Recordings, 1999)

A breve aparição do Glamma Kid em "Fly Life" sugeriu outra coisa: a certeza de que os senhores do Basement Jaxx conhecem sua cultura reggae e dancehall. Sabia que o Ratcliffe comanda um sound system nas suas horas vagas, batizado com o nome da lenda do dub reggae King Tubby? "Jump and Shout" representa a banda colocando em prática as suas credenciais, e o beat emborrachado é o mais perto que eles chegaram de fazer um riddim. Slarta John mantem alta a energia da música com sua melhor apresentação de wild-eye – seu grito maníaco do título soa como se ele estivesse tentando comer o microfone. Tal como se apresenta, "Jump N' Shout" é uma divertida explosão de energia. É bem menos rebuscada do que os seus maiores hits, mas tem a crueza que o grupo atinge em suas aventuras sonoras.

MELHOR PARTE

00:22 – Os Jaxx habilmente resvalam em um efeito sonoro de "Express Yourself" do NWA, e depois esses berros de corneta. A coisa está para esquentar.

PIOR PARTE

03:33 – A energia esgota-se com um efeito sonoro cambaleante, ou seja, a música simplesmente para. O que é meio decepcionante.

11. "Good Luck Feat. Lisa Kekuala" (XL Recordings, 2004)

"Good Luck" é de longe a música do Basement Jaxx mais popular no Spotify. Tipo, mais de um milhão de plays a mais do que o sua concorrente mais próxima. As pessoas adoram essa música. Parte disso se deve ao fato de que ela foi a música tema da cobertura da BBC da Euro  2004, mas "Good Luck" merece tal popularidade por também ser uma turbinada canção pop. Mesmo para um grupo que coloca tantos elementos em suas composições, como é o caso do Jaxx, essa é uma genuína peça maximalista: vocais grandiosos de uma cantora de rock' n' roll, uma variedade enorme de backing vocals ( A vocalista Kele Le Roc de "Romeo" está de volta!), recorte e colagem sonora (pássaros cantando, beatboxing incessante, percussão grandiosa), e ainda uma maldita orquestra. A vocalista Lisa Kekaula faz miséria com a letra, transformando-a em uma catártica declaração de intenções – ela deseja a melhor sorte para si mesma assim como para o seu ex. É um hino, e na verdade é surpreendente que Buxton e Ratcliffe não tenham produzido vários outros singles de estádio como "Good Luck". Talvez esse seja realmente o único deles.

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MELHOR PARTE

02:38 – A London Session Orchestra entra com as cordas, guitarras elétricas estalam em alto volume e Kekaula lidera seu batalhão de backing singers em um cântico de "no – more – lies!". Poucos momentos na discografia do Jaxx soam tão grandiosos. Nesse momento você se sente como se tivesse marcado um gol ou escalado uma montanha ou recebido uma gorda restituição do imposto de renda.

PIOR PARTE

03:32 – A edição para o rádio do The Singles termina antes do colapso final da versão do álbum, o que não é nada menos que um sacrilégio.

10. "Get Me Off" (Astralwerks, 2002)

"Get Me Off" não está na compilação

The Singles

do Basement Jaxx, o que é estranho por diversas razões. Ela foi melhor que "Jus 1 Kiss" e "Do Your Thing" nas paradas do Reino Unido apesar de ser o quarto (!!!) single de

Rooty

. A música também tem uma história intrigante por trás, tendo se originado como um demo escrito para o "All For You" da Janet Jackson. Jackson recusou a música, mas é fácil perceber que foi escrita pra ela – o erotismo e as texturas quase góticas de fato não estão muito longe do trabalho do Rockwilder naquele álbum, ainda que não haja muito espaço reservado para a Janet cantar. Ela contém também sua própria relação esquisita com o estrelato, com o Jaxx convidando a lenda do house Derrick Carter para murmurar chamados indecentes ao longo da faixa. É uma boa música, mas parece perdida no meio da discografia de singles do Jaxx: sexualmente carregada mas sem o humor de "Oh My Gosh", agressiva mas sem o populismo rock 'n' roll de "Where's Your Head At". É estranho que o grupo não a reconheça na sua própria compilação de melhores, mas a omissão é compreensível: ela simplesmente não se encaixa.

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MELHOR PARTE

01:18 – Ataques de synths house no refrão soam absolutamente brutais, quase tão assustadores quanto uma casa mal-assombrada. Está vendo só o quão estranho ela é para um single do Basement Jaxx? O Basement Jaxx é muitas coisas, mas não é assustador.

PIOR PARTE

03:44 – O time de craques dos backing singers do Basement Jaxx costuma ser fantástico, mas nesse momento a vocalista soa inexperiente e perdida. A Janet Jackson não é das melhores vocalistas, mas ao menos sua voz sussurrada tinha alguma precisão.

9. "Samba Magic" (Atlantic Jaxx, 1995)

Em uma entrevista para o

Daily Mirror

em 2009, Buxton falou sobre como ele e Ratcliffe começaram a fazer música em resposta aos "hard Nazi beats" da dance music européia. "Nós tínhamos a idéia fora de moda de fazer house music underground que soasse americana, espiritual e profunda", ele disse, e é onde "Samba Magic" entra. Para ser justo, "Samba Magic" deve tanto à tradição do Balearic-beat quanto à house dos EUA: o uso liberal de influências latinas (muitos samples de "Samba de Flora" do Airto Moreira) e o sentimento de euforia. É essa sensação de euforia, aliás, que aproxima "Samba Magic" da espiritualidade, pegando as melhores partes da composição de 1988 de Moreira. A dupla retornaria ao som brasileiro muitas outras vezes ao longo de sua carreira, mas raramente a abordagem soaria tão leve e cheia de alma como esta.

MELHOR PARTE

03:38 – Por uma fração de segundo o beat de samba sai e deixa a gloriosamente robusta linha de synths tomar a frente. Este synth não está na gravação original de Moreira, e é um belo aperfeiçoamento.

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PIOR PARTE

03:03 – Os samples vocais são meio óbvios, como se quisessem lembrá você que: "SIM, ESSA MÚSICA TEM SAMBA NO TÍTULO. SAMBA SAMBA SAMBA".

8. "Raindrops" (XL Recordings, 2009)

Não é incomum que Buxton cante em músicas do Basement Jaxx. Incomum mesmo é que seja permitido dar uma checada em sua voz sem qualquer modulação digital. Em "Rendez-vu", de 1999, ele se colocou bem na frente da música com um ronronar robótico, transformando o drama romântico da canção em algo distante. "Raindrops" tem a voz de Buxton besuntada de autotune e com o pitch distorcido, cantando sinceramente sobre um amor distante. Ao invés de usar a modulação vocal para afastar o ouvinte e criar distância, Buxton a usa para elevar as emoções. As performances vocais e os choques de acorde maior lembram "Rendez-Vu", porém "Raindrops" baseia-se no espírito romântico dea faixa mais antiga, só que com uma grandiosidade cinematográfica. A canção anterior soava intimista, o que lhe dá vantagem emocional sobre "Raindrops", mas esta soa como se pudesse ser ouvida em todas as galáxias.

MELHOR PARTE

03:30 –  No final da canção, Buxton canta "quando eu te quiser / eu te seguirei", e isso soa mais como uma promessa de coração do que como uma declaração de missão stalker. O autotune ajuda.

PIOR PARTE

02:06 – A ponte feita com teclado de prog-rock que aparece aqui precisa de um pouco mais de espaço, ao menos para satisfazer o garoto prog-rock que há em mim.

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7. "Make Me Sweat" (Altlantic Jaxx, 2007)

Estritamente falando: um dos maiores hits do Jaxx não é deles. Um remix de 2002 do hino "4 My People" da Missy Elliot, repercutiu tão forte no Reino Unido que um vídeo foi apressadamente montado a partir do final da própria promo de "Take Away". (Esse vídeo é um tributo a Aaliyah num ultra-patriótico hino pós 11/9. O início dos anos 2000 eram cheios de esquisitices como essa). Se você conversar com um fã casual de música britânica, é possível que ele conheça Buxton e Ratcliffe apenas por este trabalho em "4 My People", algo que o duo reconhece ao fazer os gritos de Elliot resurgirem no início de "Make Me Sweat".

Sonoramente, estamos no modo "Get Me Off'" com um retorno à crueza pulsante em tom menor daquela faixa, mas tudo soa bem mais divertido, com a ajuda da aparição de Roxanne Shante. Shante – rapper feminina altamente influente nos anos oitenta, foi fundadora do lendário Juice Crew – aproveita ao máximo o tempo atribuído a ela. O single ainda tem os gritos sampleados de Elliott ao fundo, enquanto Buxton e Ratcliffe traçam uma ligação entre sua própria música e a linhagem de figuras fortes do hip-hop feminino. Shante é uma precursora espiritual e estilística de Eliott, e é certamente esse o motivo de ela receber tanta atenção aqui.

MELHOR PARTE

01:55 –  "Hip-hop, soul, um pouco de punk / um pouco de crunk, um pouco de disco / drum 'n' bass, um pouco de house / um pouco de electro, tudo isso!" Roxanne Shante, entrando na missão multi-gênero do Basement Jaxx o mais sucintamente possível.

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PIOR PARTE

05:41 – Tendo levado sua energia ao extremo, Buxton e Ratcliffe abruptamente param a música. É meio legal, mas também é meio que um hábito ruim que a dupla tem de como terminar músicas de alta-energia. TERMINEM SUAS MÚSICAS, CARAS.

6. "Take Me Back To Your House" (XL Recordings, 2006)

E aí, pop-house rockabilly melancólico orquestral? Não se pode confiar 100% nos instintos do Jaxx (confira "Do Your Thing" caso você tenha se esquecido), mas aqui eles estão com tudo – toda a maluquice está no lugar certo. Depois de uma intro carrancuda estilo

Miami Vice

, a vocalista do Dragonette Martina Sorbara canta de improviso sobre solidão por cima do som de banjos. A música avança sobre um fio de cabelo de cair no caos, mas mantém-se no chão à medida que Sorbara vende sua solidão.

MELHOR PARTE

03:04 – A ponte repentinamente desvia-se em música de espírito tenso e atonal, e Sorbara começa a implorar: "Estou tão sozinha, posso ir com você?"

PIOR PARTE

02:18 – Buxton e Ratcliffe estancam o movimento de avanço da música, despindo-a em uma batida de estilo house. Não há nada errado com isso – é uma quebra legal na estrutura da música – mas ela parece surgir só pra te lembrar que o Jaxx costumava fazer o que você chamaria de "house music" nos seus velhos tempos. É uma ligeira crise de identidade, quase como se a dupla estivesse relutante em admitir que se tornaram um grupo pop maravilhoso. Não se preocupem, caras. Vocês estão indo muito bem.

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5. "My Turn" (XL Recordings, 2009)

MELHOR PARTE

02:04 – Existem muitas razões pelas quais "My Turn" é uma música para se desmaiar, tipo a Cher Hollowitz: Dev Hynes (apresentado sob sua forma pré-indie hitmaker como Lightspeed Champion) depenando sua guitarra. A inesperada mas bem-vinda entrada das percussões taiko. O lindo violino de Jenny Lau solando. Sussurros franceses, soando como se tivessem saltado direto de um álbum de Gainsbourg. Melodias adicionais – nesse caso, uma linha de baixo feita de vozes - lenta e subitamente emergindo para a superfície. Um forte momentum de avanço de Buxton e Ratcliffe, seu synth zunindo, juntando todos os elementos e fazendo "My Turn" soar como um todo coerente. Tudo isso entra, pouco a pouco, aos 02:04. Para uma dupla que mostrou uma dance music indiscutivelmente bela e manteve uma puta de uma veia romântica, este pode ser talvez o momento mais encantador, mais sonhador e mais romântico de toda sua discografia. Apenas… desmaie.

PIOR PARTE

Existe uma edição para o rádio disso. Não, você tem que se deleitar com todos os 5 minutos da música.

4. "OH MY GOSH" (XL Recordings 2005)

Às vezes o ecletismo transbordante de Buxton e Ratcliffe é simplesmente grande demais para ser controlado, como você pôde ver em outras entradas dessa lista. Outras vezes eles levam seu trabalho a extremos cômicos. "Oh My Gosh" apresenta uma história onde a veterana da UKG Vula Malinga encontra um cara em um clube noturno e eles pavoneam um ao redor do outro, tentando conquistar um ao outro e pegar os telefones um do outro. Parece bem comum, mas Buxton e Ratcliffe exploram a história até extremos caricatos, levando uma risonha Malinga a atuar cada letra e cada improviso.

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O "UMMMMM" perfeito que ela solta ao checar se conseguiu o número de seu pretendente é um momento para se gargalhar: é  praticamente um berro de "Por que eu não pensei nisso antes?!". O colaborador do Jaxx Skillah surge insinuando um rap orgulhoso, soando como D Double E no papel de lobo agressivo de desenho animado. A música se cria nessa loucura animada, com tantos cantos de pássaros, beatboxings e guitarras de "Rendez-vu" quanto caibam na música. É muito divertido.

MELHOR PARTE

 00:45 – Vula Malinga mandando uma linha do shit chat mais besta possível sobre quantos tabletes de açúcar você quer no seu chá (porque ela é doce, sacou?), de alguma forma deixando isso tão sexy quanto estúpido.

PIOR PARTE

00:07 – Acordes de filme de terror iniciam a música e não vão a lugar algum, o que é meio como começar uma conversa de flerte com um longo arroto.

3. "Where's Your Head At" (XL Recordings/Atlantic Jaxx, 2001)

"Where's Your Head At?" não é o single do Basement Jaxx melhor colocado nas paradas – tendo sido derrotado por "Rendez-Vu" e "Red Alert" no Reino Unido e "Bingo Bango" nas paradas dance americanas – mas é sem dúvida a Música Deles, aquela que irá defini-los muito depois que eles pararem de fazer música. Antes dela, a discografia de singles do Jaxx raramente era tão direta ou tão agressiva. "Jump N Shout" era a que chegava mais perto de uma festa incontrolável, mas "Where's Your Head At?" é bem mais poderosa. Buxton e Ratcliffe raramente apresentaram sua fórmula repleta-de-elementos em um pacote tão perfeito quanto este: sampledélica excêntrica cross-gênero (dessa vez duas músicas glam aceleradas de Gary Numan), uma montagem caótica de vocais e barulhos, aquela inconstância paranóica do tempo de "Red Alert", além de um pulso duro de house para marcar sua autenticidade… Não deveria ser supresa que o grupo sabe empacotar muita coisa em uma música, mas eles nunca tinham chegado lá com tanto sucesso quanto fizeram aqui. Faixa monstruosa.

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MELHOR PARTE

00:37 – Uma voz ordena ao Jaxx: "DROP IT". Então, aqueles tambores grandiosos se chocam com você. Você está agora sob o controle deles.

PIOR PARTE

03:40 – Um dos quatro vocalistas creditados – incluindo Erick Morillo e Junior Sanchez – faz uma impressão de pitch perfeito do rapper Noreaga, e eu estou puto de ter levado tanto tempo para perceber que isso estava aqui.

2. "Rendez Vu" (XL Recordings, 1999)

Lá em agosto de 1999, um eu de 11 anos de idade foi ao Woolworths e comprou dois singles em cassete. O primeiro era "Bills Bills Bills" da Destiny's Child; o segundo era "Rendez-Vu" do Basement Jaxx. Enquanto "Bills Bills Bills" era bastante imersiva – uma bem construída resposta aos idiotas que eu esperava nunca me tornar – "Rendez-Vu" invadiu a minha imaginação. Ela parecia de outro mundo, misturando violão tradicional de flamenco e vocais filtrados por um vocoder. Eu havia aprendido em aulas de música que o violão de flamenco era uma ferramenta narrativa, usada para fazer de trilha sonora a danças ferozes e romances mais ferozes ainda. O que eu conseguia entender dos vocais falava de questões práticas: eu aprendi que 'rendez-vu' [sic] era um termo abreviado para 'encontro'.

Inicialmente ela me intrigou: porque eu deveria me emocionar tanto com uma música sobre simplesmente encontrar alguém? Lá pelo fim da semana eu percebi que a música pretendia evocar aquela excitação vertiginosa de tudo-pode-acontecer que vem quanto você encontra alguém excitante. O drama do flamenco, os vocais futuristas, aquele vídeo sobre pedra-papel-tesoura e um cão que sonha – cada fator me ajudou a transformar a realidade do dia-a-dia em algo excitante. E ao contrário de muitas músicas que me lembro de gostar quando eu tinha 11 anos, essa se mantém: o dia-a-dia ainda soa excitante quando essa música está tocando.

MELHOR PARTE

03:14 – A última rodada de pedidos robotizados por um encontro desenbocam em uma enxurrada de batidas de violão. Bem dramático.

PIOR PARTE

02:05 – Vou dizer que os tambores de metralhadora falhando que aparecem por um momento são a pior parte, mas é como dizer que é o último biscoito do pacote. Vai ser gostoso mesmo assim.

1. "Hush Boy" (XL Recordings, 2006)

"Hush Boy" é impecável. Sobre um par de samples em duelo da finada banda de funk  9th Creation, a graduada Vulu Malinga de "Oh My Gosh" retorna para nos guiar através de um encontro supercompensador, com a mesma mistura de névoa e timing cômico que fez aquele hit anterior tão bom. Aqui o tom é mais leve e a situação mais engraçada, com drinks voando por todo lado, frases fracassadas de um Don Quixote e um coro grego maravilhoso uivando o subtexto no refrão: "YOU WAN' ME FOR YOUR GIRLFRIEND?!". É um sitcom-pop, tão confortável e indutor de risos quanto um episódio clássico de Only Fools and Horses, mas que nunca se torna excessivo ou artificial. Tudo se encaixa: desde Malinga até a seção de sopros, e o 9th. Nunca se torna algo menos do que totalmente alegre, e isso antes mesmo de chegarmos ao interlúdio spinning-plates de R&B e ao verso de rap. É o melhor single do Jaxx e um amálgama indutor de gargalhadas daquilo que faz deles um grupo de singles tão fantástico.

MELHOR PARTE

00:55 – Malinga transforma a palavra "intoxicado" em um êxtase melismático; no background, ela vai direto ao ponto: "You look a bit drunk, love".

PIOR PARTE

Se você for ver, "Oh My Gosh" e "Hush Boy" são os dois primeiros episódios de uma trilogia inacabada de Vulu Malinga. Quem devemos culpar por transformar eles nos equivalentes Basement Jaxx dos filmes do Hellboy? (Quero dizer, os filmes são ótimos, mas poderíamos finalizar com um episódio mais).

Daniel está à procura de uma mina pra casar só para poder tocar "Sweetest Taboo". Curtiu? Adiciona ele no Twitter - @danielmondon

Tradução: Stan Molina