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O Fernando Ulrich está preparado para ser mendigo

Resta saber como é que conseguirá ver a Gabriela.

Neste momento, as dificuldades são para quase todos. Se sobra alguém que ainda tolera a intolerância alheia é apenas por desgaste. Já nem interessa tanto o que somos. Podemos ser anarquistas ou capitalistas, moderados ou extremistas. Uma coisa é certa: ninguém está satisfeito com esta confusão.

Só que, nestas coisas, há sempre optimistas. Aqueles que acham que os outros podem ir sempre um pouco mais fundo e que gostam de nos dar lições de humildade. São eles que nos lembram de um comparativo melhor para nós, para que possamos pensar que, no fundo, somos uns sortudos. É graças a um desses optimistas que o eco “Aguenta, Aguenta” ainda me acompanha.

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Ulrich é o culpado optimista e já tem um novo clip a rodar no Facebook. A propósito do PIB, o director do BPI explica ao país. “Se os gregos aguentam uma queda de 25 por centro, os portugueses não aguentam porquê?” Ulrich não tem limites pessoais.

O sem-abrigo do futuro.

Parece que ele conhece a miséria. Se um mendigo pode pedir na rua, por que não um país? É tudo lógico para o banqueiro. Se o

banco que ele preside

precisar de uma fatia de seis mil milhões, não há problema, os mendigos dão. É ele quem faz as comunicações económicas ao país “para que não entremos em depressão”. Para ele, o “ajuste” financeiro do país é quatro vezes “notável”. Optimismo é isto. É compararmo-nos aos irlandeses, mas fazer os esforços dos gregos. É dizer que não está bom, mas que pode ser merda.

"Gosto de ver a

Gabriela

."

Mas parece que Ulrich está preparado para o acaso de vir a ser mendigo. Ouvi dizer que transferir o nosso dinheiro do banco dele para outro pode dar resultado. Façamos-lhe a vontade então: vamos torná-lo mais pobre.